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Governo federal investe quase R$ 200 milhões na segurança pública de MS

Ministros da Justiça e do Planejamento anunciaram novos presídios e entregaram 77 viaturas e equipamentos para o Estado

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, vieram a Campo Grande para anunciar uma série de investimentos na segurança pública do Estado. O montante é de quase R$ 200 milhões, injetados pelo governo federal. 

O lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), do governo federal, em Mato Grosso do Sul englobou diversas ações de segurança pública, como integração das forças de segurança, combate ao tráfico e apreensão de drogas. 

Dessa verba, R$ 121 milhões são provenientes do PAS e da segunda edição do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), somados investimentos do atual governo Lula.

Cerca de R$ 70 milhões são do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), que o Estado tem direito e estavam represados pelo antigo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“De recursos pretéritos, Mato Grosso do Sul tem aproximadamente R$ 70 milhões, nós estamos acrescentando R$ 35 milhões, então dá R$105 milhões, mais as viaturas, as penitenciárias, nós estamos falando neste ano de aproximadamente R$ 200 milhões, somando os exercícios anteriores, esses exercícios e emendas parlamentares, para ajudar o sistema de segurança pública de MS”, pontuou Dino.

Entre os investimentos anunciados, Mato Grosso do Sul também receberá R$ 60 milhões para a construção de quatro novas penitenciarias, que ajudarão a diminuir a superlotação dos presídios do Estado, abrindo mais de 1.600 vagas. Dos novos complexos, dois serão na Capital e dois no interior, provavelmente em Jardim e em Nova Andradina. 

Outra parte do montante, de R$ 10,7 milhões, foi destinada para 77 novas viaturas para o sistema de segurança pública do Estado.

Entre as unidades que receberão os novos carros estão as delegacias da mulher e a Patrulha Maria da Penha, que visam reforçar a segurança da mulher e o combate ao feminicídio. 

Equipamentos, como 163 mil munições, 103 pistolas, 230 adaptadores para coldre, 200 chapéus de selva, 35 fardas de combate, raio X e detectores de metal, para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) também foram anunciados na ocasião, com um investimento de R$ 6,2 milhões. 

O anúncio foi feito pelo ministro Flávio Dino, que teve ao seu lado, além de Tebet, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e alguns prefeitos contemplados, como o de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB). Porém, prefeitos do partido de Bolsonaro e aliados não participaram do evento.

OUTROS INVESTIMENTOS

A educação também recebeu recursos, que são para o Programa Nacional Segurança nas Escolas, que vai destinar R$ 5,8 milhões para o Estado e para três municípios que inscreveram projetos de fortalecimento e aprimoramento da segurança nas escolas. 

Campo Grande ficará com um repasse de R$ 840 mil, Dourados com R$ 1 milhão, Corumbá com R$ 975 mil e o governo do Estado com R$ 2,9 milhões. Sobre o montante para MS, o ministro Flávio Dino informou que, dos R$ 35,3 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública, metade já está depositada nas contas do Estado, cerca de R$ 17,5 milhões. 

“Hoje nós estamos aqui não para dizer que vamos fazer, hoje o governo do presidente Lula está aqui para assinar convênio, e quando ele assina convênio, o nosso ministério só permite fazer isso se tiver dinheiro em caixa. Ou seja, o dinheiro já está em caixa e já é de Mato Grosso do Sul”, disse a ministra Simone Tebet. 

Além da assinatura dos convênios, foram anunciados futuros investimentos em Mato Grosso do Sul, como a nova Casa da Mulher, em Dourados, que receberá R$ 16 milhões para a sua construção, também provenientes do FNSP. Para isso, a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que é de Campo Grande, virá ao Estado para fazer a oficialização da obra. 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também frisou que o ministério está aberto para novos investimentos no Estado e acrescentou que novas viaturas virão para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar e para Guardas Municipais de MS. 

“Governador, quando o senhor tiver outras demandas, antes de passar na ministra Simone, você passa comigo que a gente vai junto lá buscar os recursos necessários para atender Mato Grosso do Sul”, comprometeu-se o ministro. 

Os novos recursos foram comemorados por profissionais da segurança pública do Estado. O coronel da Polícia Militar e diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Everson Antônio Rozeni, relatou que desde o ano passado tinha a expectativa de receber os recursos do ministério. 

“Esse complemento dos investimentos no Departamento de Operações de Fronteira é de viaturas descaracterizadas, para o trabalho de inteligência policial, e também de viaturas caracterizadas, para suprimir as nossas viaturas que já existem e que estão ficando obsoletas”, comentou o coronel. 

O departamento tem uma parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para a realização da Operação Hórus, e os recursos são provenientes dos convênios com o MJSP, que também contribui com parte da diária dos servidores da operação. 

A senadora Soraya Thronicke esteve no evento e comemorou os recursos. A parlamentar apontou que, em 2019, havia pedido ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, financiamento para melhorar a segurança pública do Estado, e recebeu como resposta que o Paraná era o principal local de escoamento do tráfico. 

“Os números realmente indicam que é Mato Grosso do Sul, infelizmente, a porta de entrada para cerca de 60% das drogas e 40% das armas que chegam no País. Nossa fronteira seca é muito permeável, isso é um fato. Então, o que eu vejo agora é uma boa vontade e um olhar diferenciado para Mato Grosso do Sul”, comentou a senadora. 

Soraya ainda pontuou que é necessário deixar as divergências políticas de lado para visar o melhor para o Estado. Enquanto isso, políticos como o prefeito de Dourados, Alan Guedes, que é do PP, não foram ao evento, que contemplou o município com recursos destinados para a segurança nas escolas. 

Deportação

Juíza determina que governo Trump tome medidas para retorno de homem deportado por engano

O cidadão salvadorenho tinha uma ordem do tribunal de imigração impedindo sua deportação ao país de origem

11/04/2025 22h00

Reprodução redes sociais

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Uma juíza federal ordenou ao governo Trump que "tome todas as medidas disponíveis para facilitar o retorno" de um homem de Maryland, nos Estados Unidos, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador, e marcou uma audiência de acompanhamento para sexta-feira, 11.

A ordem da juíza distrital dos EUA Paula Xinis foi emitida após a Suprema Corte dos EUA afirmar, na quinta-feira, 10, que o governo Trump deve trabalhar para trazer Kilmar Abrego Garcia de volta, rejeitando o apelo emergencial do governo contra a ordem da juíza emitida em 4 de abril determinando seu retorno.

O cidadão salvadorenho tinha uma ordem do tribunal de imigração impedindo sua deportação ao país de origem, por temores de que enfrentaria perseguição por gangues locais. Após a decisão da Suprema Corte, Xinis determinou que o governo apresentasse, até a manhã de sexta-feira, uma declaração informando a localização e o status de custódia de Abrego Garcia, além das ações tomadas e a serem tomadas para facilitar seu retorno. A audiência presencial foi marcada para a tarde desta sexta, horário local.

A Suprema Corte emitiu uma série de decisões em sua pauta emergencial, nas quais a maioria conservadora tem, ao menos parcialmente, apoiado Trump em meio a uma onda de decisões de tribunais inferiores que dificultam sua agenda.

No caso de quinta-feira, o tribunal afirmou que a ordem de Xinis precisa ser esclarecida para garantir que não interfira no poder do Executivo sobre assuntos externos, já que Abrego Garcia está detido fora do país.

"A ordem exige adequadamente que o governo facilite a libertação de Abrego Garcia da custódia em El Salvador e assegure que seu caso seja tratado como teria sido caso ele não tivesse sido enviado indevidamente para El Salvador", afirmou o tribunal em uma decisão não assinada e sem dissidências registradas.

O governo afirma que Abrego Garcia é membro da gangue MS-13, embora ele nunca tenha sido acusado ou condenado por nenhum crime. Seus advogados dizem que não há nenhuma evidência de que ele tenha pertencido à MS-13.

O próprio governo admitiu que cometeu um erro ao enviá-lo para El Salvador, mas alegou que não poderia mais fazer nada a respeito. Os ministros liberais da Corte disseram que o governo deveria ter se apressado para corrigir "seu erro gritante" e que estava "claramente errado" ao sugerir que não poderia trazê-lo de volta.

"Montanha-russa emocional"

A esposa de Abrego Garcia, Jennifer Vasquez Sura, afirmou que a situação tem sido uma "montanha-russa emocional" para sua família e para toda a comunidade. "Estou ansiosa esperando por Kilmar aqui em meus braços, em nossa casa, colocando nossos filhos para dormir, sabendo que esse pesadelo está quase no fim. Continuarei lutando até meu marido estar em casa", disse ela.

A ordem de Xinis, de 4 de abril, afirmou que a decisão do governo de prender e deportar Abrego Garcia para El Salvador parecia ser "totalmente ilegal". "Há pouca ou nenhuma evidência que sustente uma acusação vaga e não corroborada de que Abrego Garcia tenha feito parte da gangue de rua MS-13", escreveu a juíza.

Abrego Garcia, de 29 anos, foi detido por agentes de imigração e deportado no mês passado. Ele possuía uma permissão do Departamento de Segurança Interna (Homeland Security) para trabalhar legalmente nos EUA e trabalhava como aprendiz de caldeireiro, buscando uma licença de profissional certificado, segundo seu advogado. Sua esposa é cidadã norte-americana.

Cidades

Justiça garante matrícula de aluno superdotado de 4 anos no ensino fundamental

Com QI 132, Miguel Luciano de Souza foi considerado apto para avançar na escola em município de Mato Grosso do Sul

11/04/2025 18h22

Miguel de Souza tem 132 de QI e mora em Guia Lopes da Laguna

Miguel de Souza tem 132 de QI e mora em Guia Lopes da Laguna Crédito: Defensoria Pública

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O pequeno Miguel Luciano de Souza, de 4 anos, considerado um prodígio por ter altas habilidades, conseguiu na Justiça o direito de ser matriculado no 1º ano do ensino fundamental.

Caso seguisse o processo escolar padrão, reservado a estudantes com desenvolvimento regular, conforme determinado pelo Ministério da Educação (MEC), ele ingressaria apenas em 2027.

Miguelzinho, como é chamado pela família, estuda na Escola Municipal Basílio Barbosa, em Guia Lopes da Laguna (MS).

Um atestado neuropsicológico indicou que ele exibe capacidade intelectual significativamente superior à média, com QI (quociente de inteligência) estimado em 132 pontos, além de apresentar indicadores compatíveis com o diagnóstico de superdotação.

Com base nos laudos neuropsicológico e psicológico, a defensora pública Andréa Pereira Nardon, da 2ª Defensoria Pública de Jardim, entendeu que o menino estava apto a avançar no percurso escolar.

Antes de recorrer à Justiça, a defensora tentou resolver a situação administrativamente e enviou um ofício à prefeitura. A resposta foi negativa: a matrícula não foi feita porque Miguel não tinha a idade mínima exigida pelo MEC.

Segundo as regras do Ministério da Educação, a criança deve ter 6 anos para ingressar no 1º ano do ensino fundamental.

Diante da negativa da prefeitura de Guia Lopes da Laguna, a defensora acionou a Justiça com o argumento de que "não se pode excluir da criança seu direito de alcançar níveis mais elevados de ensino, sobretudo quando comprovada maturidade neuropsicológica adequada para avançar de série".

A ação foi fundamentada no artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece: "é dever do Estado assegurar acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um" e não apenas conforme a idade.

Avanço na escola

A mãe do aluno, Walquíria de Souza dos Santos Silva, agradeceu o trabalho da Defensoria Pública e o acolhimento oferecido à família.

"A Defensoria prestou um serviço de excelência, garantindo não apenas os direitos legais do Miguel, mas também respeitando suas necessidades pedagógicas e emocionais. A defensora Andréa Nardon, junto à equipe, sempre nos atendeu com atenção, respeito e sensibilidade. Acreditaram no potencial do nosso filho e lutaram pelo direito que ele tem", afirmou Walquíria.

A mãe de Miguel é professora da rede pública, e o pai, Rogério Luciano da Silva, é bancário.

"O Miguel está plenamente adaptado. Apaixonado pela escola desde a mudança! Ele tem vários amigos e gosta das aulas de matemática, inglês e educação física", relatou a mãe.

Embora seja um desafio para um município com cerca de 10 mil habitantes incluir uma criança de 4 anos no ensino fundamental, Walquíria destaca que os professores têm sido atenciosos e dedicados.

"A aceleração de série foi essencial! Ele está mais motivado, se desenvolvendo bem e se sentindo parte do grupo. Realmente impactou a vida acadêmica dele, e nós, pais, ficamos bastante satisfeitos", completou.

 

Miguel de Souza tem 132 de QI e mora em Guia Lopes da LagunaCrédito: Defensoria Pública

Classificação de QI segundo a Tabela de Terman

  • Acima de 140 pontos Inteligência genial
  • De 120 a 140 pontos Inteligência muito superior
  • De 110 a 120 pontos Inteligência superior
  • De 90 a 110 pontos Inteligência média

Prodígio

"Com eficiência intelectual muito alta e habilidades cognitivas avançadas, que se traduzem em facilidade para aprender e aplicar conhecimentos de maneira inovadora, superando a maioria de seus pares", descreve o laudo neuropsicológico.

Com esse perfil, Miguel foi aceito como membro do Mensa, a mais antiga e renomada sociedade internacional de pessoas com alto QI.

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