Cidades

LDO

Governo prevê salário mínimo de R$ 719,48 para 2014

Governo prevê salário mínimo de R$ 719,48 para 2014

TERRA

15/04/2013 - 14h25
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O governo prevê um salário mínimo de R$ 719,48 para o ano que vem, segundo consta no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que o Executivo envia nesta segunda-feira para o Congresso Nacional. 

Se a LDO for aprovada pelos parlamentares, a presidente Dilma Rousseff pode "arredondar" esse valor por meio de decreto. O reajuste do salário mínimo é calculado levando em consideração o crescimento da economia de 2012 e a inflação deste ano.

Por isso, o valor ainda pode ser alterado.

Para 2015, a previsão é que o mínimo seja de R$ 778,16 e de R$ 849,78 em 2016.

CRISE HÍDRICA

Rio Paraguai chega à sua terceira pior seca em 100 anos

Sala de Situação do Imasul indicou que o nível do rio atingiu a menor marca da história, com -61 centímetros em Ladário, na medição realizada ontem

10/10/2024 09h00

Rio Paraguai está seco e até carro anda onde deveria ter água

Rio Paraguai está seco e até carro anda onde deveria ter água Foto: Rodolfo César

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Em guarani, Rio Paraguai significa “Rio Grande”. Trata-se da principal veia para formar o Pantanal, estendendo-se por 2.695 quilômetros. Porém, esse grande rio está atravessando neste mês sua terceira pior estiagem em 120 anos. 

A medição do Rio Paraguai, feita diariamente pela Marinha do Brasil, dentro do 6º Comando do Distrito Naval, em Ladário, indicou que o nível do rio ontem chegou a – 60 centímetros. 

Medida menor que essa só ocorreu em 1964, então a pior seca registrada, com – 61 cm. Em 2021, o nível também foi de -60 cm, porém, ocorreu no dia 16 de novembro daquele ano.

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) também mede o nível do Rio Paraguai e, em seu boletim da Sala de Situação, sugeriu que o nível de -61 cm chegou ontem. A régua da Marinha é utilizada para análise de dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e utilizada como principal referência para a navegação.

Esse índice serve como ferramenta para que pesquisadores, serviços públicos e sociedade possam entender dados sobre o comportamento do Rio Paraguai. 

A Marinha, além da régua em Ladário, também faz medições em Cáceres, Cuiabá e Bela Vista do Norte (todas em Mato Grosso), bem como em Forte Coimbra (município de Corumbá) e Porto Murtinho. Desta forma, há réguas que avaliam o nível do rio em diferentes trechos.

Rio Paraguai está seco e até carro anda onde deveria ter água

Todos esses dados são computados pelo SGB e ajudam a compor informações que vão ranquear o tipo de estiagem que uma bacia está enfrentando. No caso da Bacia do Rio Paraguai, que caracteriza as condições do Pantanal, a classificação é de seca extrema, o mesmo indicativo que está ocorrendo nas bacias do Rio Amazonas, do Rio Acre, do Rio Madeira e do Rio Xingu. 

No relatório mais recente do monitoramento hidrológico da Bacia do Rio Paraguai elaborado pelo SGB, foi identificado que os recordes históricos mínimos não estão só restritos à régua de Ladário. 

“Os rios da região apresentam níveis abaixo do normal para este período do ano, com exceção dos rios Cuiabá, Miranda e Aquidauana, que apresentam níveis dentro do esperado. A situação do Rio Cuiabá, porém, deve-se à regularização das vazões ocasionada pela operação da UHE [Usina Hidrelétrica] Manso. Em Ladário e Forte Coimbra, o Rio Paraguai apresenta o nível mais baixo do histórico para este período do ano. Em Barra do Bugres [MT] e Porto Murtinho, o Rio Paraguai alcançou o nível mais baixo do histórico de toda a série de monitoramento das estações”, analisou o órgão federal.

Um dos principais pesquisadores do Pantanal e ligado à Embrapa Pantanal, Carlos Padovani observou que os níveis mínimos do rio aparentam estar chegando a um valor definido. 

Essa condição foi identificada após as marcas anteriores a -59 cm serem identificadas por mais de um dia, dando sinais de ficarem estacionadas. 

“Não tenho como confirmar como seria o nível mínimo a ser registrado. O que vem sendo demonstrado, aparentemente, é que a marca não vai ficar muito longe da marca histórica [de 1964]. O que está identificado é que há muita carência de água em todo o sistema [do Rio Paraguai], muita escassez hídrica, e a consequência mais grave disso tudo estão sendo os incêndios florestais, que estão muito noticiados”, analisou o pesquisador.

QUANDO SOBE?

Quando pode ocorrer a elevação do nível do rio Paraguai ainda é uma incógnita. “Ainda não foi possível encontrar na literatura científica, produzida por instituições no Brasil e do exterior, uma previsão para apontar indícios de como vai se comportar o cenário no ano que vem. Se haverá mais estiagem ou não”, detalhou Padovani.

“O que sabemos [historicamente] é que, a partir da década de 1960, foram 11 anos de estiagem. Com relatos de que esse período começou em 1960 e foi até 1970 e outros de que foi de 1962 a 1973. Nesses 11 anos em que já ocorreu [a estiagem], se pensarmos no tempo de agora, estaríamos mais ou menos na metade [do período de estiagem]. Estamos de 2019 até hoje, 2024”, completou.

O SGB sinalizou que há indícios de acumulados de chuva de 31 mm concentrados entre os dias 10 e 17 deste mês. “Caso esse prognóstico se concretize, combinado com a tendência observada nos últimos dias, espera-se no curto prazo a continuidade do processo de vazante em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, além da redução dos níveis em outros locais e possível início da recuperação dos níveis do Rio Paraguai ao fim do mês de outubro”, sugeriu o órgão federal.

“Temos sinais de que o período de chuva está sendo retomado no Brasil, com registros em outras partes do País. Para Corumbá, há sinais [de chuva]. As chuvas que influenciam o nível do Rio Paraguai, especialmente em Ladário, são as chuvas que vão acontecer lá em Mato Grosso, no planalto. Se houver muita chuva por lá capaz de umedecer o solo, poderá começar a ter o efeito de subir o nível. Porém, entre chover lá e elevar o nível do rio aqui, vai em torno de quatro meses”, indicou Padovani.

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Estragos

Falta de energia afeta vários bairros de Campo Grande após chuvarada de ontem

Pelo menos cinco bairros estão sem energia elétrica desde a noite de ontem (9). No trânsito, alguns semáforos também desligados

10/10/2024 07h35

A Energisa informou que os mais de 220 mil raios danificaram a rede elétrica de Campo Grande.

A Energisa informou que os mais de 220 mil raios danificaram a rede elétrica de Campo Grande. Foto: Gerson Oliveira

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Na manhã de hoje (10), a falta de energia elétrica, resultado da forte chuva de ontem (9), impactou ao menos 34 bairros de Campo Grande. Os bairros foram parcialmente afetados e a Energisa informou que já atendeu e solucionou 70% das reclamações recebidas.

De acordo com a concessionária, o temporal da noite passada provocou mais de 220 mil descargas atmosféricas (raios), danificando drasticamente a rede elétrica da cidade. Além disso, galhos de árvores e outros objetos foram lançados sobre a rede, resultando em rompimento de cabos e interrupções no fornecimento de energia.

"A empresa acionou imediatamente seu plano de contingência, aumentando o número de equipes para restabelecer a energia o mais rápido possível", diz a nota da Energisa.

Os bairros parcialmente afetados incluem:

Jardim São Lourenço Pioneiros

Parque Residencial Rita Vieira

Alves Pereira
São Francisco Universitário
Chácara Cachoeira Cruzeiro
Tiradentes Jardim Autonomista
Chácara dos Poderes Santo Amaro
Jardim dos Estados Coronel Antonino
Chácara das Mansões Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian
Parque do Lageado Mata do Segredo
Jardim Centro Oeste Vila Sobrinho
Vila Santo Antônio Conjunto Residencial Mata do Jacinto
Monte Castelo Jardim Panamá
Moreninha Jardim Paulista
Núcleo Industrial Nova Lima
Conjunto Aero Rancho Jardim Noroeste
Jardim Seminário Conjunto José Abrão
Vila Taveirópolis  

Além disso, a concessionária alerta que, em situações de tempestades, podem ocorrer curto-circuitos e rompimentos de cabos energizados que caem ao solo. A orientação é para que a população mantenha distância e não se aproxime, acionando a Energisa em caso de incidentes.

Semáforos desligados

O trânsito em Campo Grande também foi afetado pelos estragos causados pelas chuvas de ontem (9). Diversos semáforos ainda estão desligados, e os condutores devem redobrar a atenção devido à falta de sinalização nas ruas. 

Na região sul, próximo à UPA Universitário, todos os semáforos permanecem apagados desde ontem. Nos cruzamentos com as ruas Mário de Andrade e Acalifas, na Vila Polonês, além do semáforo desligado uma caçamba foi deslocada pela força da água.

No cruzamento da Via Parque com a Antônio Maria Coelho, próximo ao Parque das Nações Indígenas, o semáforo de três tempos segue inoperante, assim como o sinal no cruzamento com a Ivan Fernandes.

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