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Greve dos motoristas de ônibus pode começar na segunda-feira

Consórcio Guaicurus divulgou na semana passada que não tem dinheiro para efetuar o pagamento do salário, que já está vencido, e do 13º dos funcionários

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Os motoristas de ônibus de Campo Grande podem entrar em greve a partir de segunda-feira, caso não recebem o salário e não tenham a confirmação do recebimento do 13º. A decisão deve ser tomada ainda esta semana, durante assembleia sindical dos motoristas.

Na semana passada, o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo da Capital, afirmou que não pagou os vencimentos de dezembro dos funcionários por não ter dinheiro.

Ontem ocorreu uma reunião entre a empresa responsável pelo transporte coletivo campo-grandense e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG).

Em conversa com o Correio do Estado após o término do encontro, Demétrios Freitas, presidente do STTCU-CG, disse que o diálogo com o Consórcio Guaicurus “acabou” e que uma assembleia com a categoria deve ser convocada para esta semana, a fim de decidir os detalhes da greve.

“Não tem dinheiro e não tem previsão para pagar. Segundo eles, tem débito, a prefeitura não paga e não tem dinheiro para pagar. Com essa informação, a gente vai soltar o edital de greve para quinta-feira e aí vamos deliberando sobre a paralisação. A gente vai parar, não tem mais diálogo com o consórcio, não tem previsão de pagamento”, afirma.

Freitas ainda disse que, a partir do momento em que a paralisação for iniciada, os motoristas só vão voltar após pagamento dos três vencimentos: salário, vale e 13º. Sobre a data de início da greve, o presidente do sindicato disse que o desejo da entidade é começar na segunda-feira, justamente para que haja pressão popular sob as autoridades.

Ônibus

“Agora, só com o pagamento dos três vencimentos, porque não adianta a gente aceitar receber agora o salário e daqui poucos dias não ter dinheiro para o 13º. Eu não quero parar no sábado ou no domingo, porque não tem efeito e pouca gente usa o ônibus no fim de semana. Então, tem que ser em dia útil, para que o impacto seja bem maior. Enquanto não pagarem a gente, vai continuar parado”, conclui Demétrios Freitas.

CONTEXTO

Na sexta-feira, o Consórcio Guaicurus anunciou que está em crise financeira, motivada pelo atraso no repasse do subsídio às gratuidades por parte do poder público, “que engloba vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários”.

“A entidade esclarece que a falta de regularização imediata destes pagamentos críticos está ameaçando a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços de transporte na Capital. A ausência dos repasses não permite o cumprimento de obrigações financeiras essenciais para a manutenção do sistema, que opera no limite de suas capacidades”, diz trecho da nota.

“Sem o fluxo de caixa necessário para honrar estas obrigações imediatas, o consórcio não terá condições de realizar os pagamentos vitais para a operação, cujo vencimento é iminente, como a folha salarial e o 13º salário dos colaboradores”, completa o Consórcio Guaicurus.

A empresa afirma que, além das obrigações com os funcionários, custos operacionais também estão sendo “deixados de lado” com a falta de recursos, como combustíveis, manutenção da frota e encargos.

No fim do comunicado, o consórcio ainda pediu que o poder público se mobilize e “que as autoridades competentes tomem as providências imediatas necessárias para a regularização dos repasses”.

O Correio do Estado entrou em contato com o governo do Estado e com a Prefeitura de Campo Grande para que ambos prestassem esclarecimentos sobre a acusação de inadimplência dos repasses.

Enquanto o Executivo estadual disse que não mantém relação contratual direta com a empresa e que os repasses acordados “estão em dia”, o Executivo municipal, que é quem faz os repasses para a concessionária, tanto do valor pago por ele quanto o do governo, nada declarou sobre a questão.

Importante ressaltar que o Município paga cerca de R$ 22,8 milhões por ano para a concessionária, enquanto o Estado repassa outros R$ 13 milhões.

Caso a greve aconteça, essa será a quinta paralisação em seis anos. A última ocorreu em outubro deste ano, por causa da falta de pagamento do adiantamento dos motoristas. Na ocasião, os funcionários deixaram os ônibus parados na garagem durante uma hora e meia e evidenciaram a crise do consórcio, ao deixarem inúmeros usuários de transporte de “mãos atadas”.

No fim do mês passado, o vale dos funcionários atrasou novamente e a classe ameaçou parar mais uma vez. Contudo, o Consórcio Guaicurus efetuou o pagamento antes que a ação fosse tomada e evitou nova paralisação.

*SAIBA

Após a curta paralisação em outubro, a Câmara Municipal idealizou a criação do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (FMMUT), que visa assegurar estabilidade financeira ao transporte coletivo da Capital e proteger os usuários, porém, o projeto ainda não foi votado.

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TRÂNSITO

Campo Grande fecha o ano com mais de 140 faixas aptas a multar motoristas

Contrato com consórcio assinado neste ano prevê que radares e lombadas sejam implantados em 380 faixas da Capital

09/12/2025 08h40

Alguns trechos já contam com radares aplicando multas e outros ainda estão em período educativo

Alguns trechos já contam com radares aplicando multas e outros ainda estão em período educativo Marcelo Victor

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Até o dia 20, mais de 140 faixas de ruas em Campo Grande contarão com o monitoramento eletrônico de radares e lombadas eletrônicas. A partir desta data, inclusive, todos os equipamentos instalados já estarão funcionando efetivamente para aplicar multas.

De acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), nesta semana será concluída a terceira fase de implantação do conjunto de radares em 44 faixas, que estão no período de fiscalização educativa. Esses equipamentos começam a multar a partir de sábado.

Além desta terceira fase, já foram implantados radares em 96 faixas, equipamentos que já tiveram seu período de testes concluídos.

Na sexta-feira teve início a instalação do quarto lote de radares em Campo Grande. “O período educativo para esses novos equipamentos seguirá até o dia 19 de dezembro de 2025”, informou a Agetran, em nota, com isso, a partir do dia 20 esses equipamentos estarão multando os motoristas infratores.

“Durante esse período, o objetivo é conscientizar os condutores sobre a importância do respeito aos limites de velocidade e demais normas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro [CTB], reforçando a prevenção de acidentes e a preservação de vidas”, completou a Agetran.

Esta será a última etapa deste ano, que significará mais de 140 faixas monitoradas na Capital, das 380 totais que estavam previstas no edital da licitação.

“Os equipamentos estão sendo instalados em pontos estratégicos da cidade, locais com grande fluxo de veículos e necessidade de reforço na segurança viária. A iniciativa tem como principal objetivo preservar vidas e promover um trânsito mais seguro para todos”, informou a Agetran, ao Correio do Estado.

Para o próximo ano, ainda segundo a nota, está prevista a possibilidade de que mais 69 radares entrem em operação na Capital, “reforçando ainda mais para a redução de sinistros de trânsito”.

CONTRATO

O novo contrato para a instalação e manutenção dos radares em Campo Grande, assinado em setembro deste ano com o Consórcio CG Segura (formado pelas empresas Serget Mobilidade Viária, Mobilis Tecnologia, Meng Engenharia Comércio e Indústria e Energy Tecnologia de Automação), prevê, além dos equipamentos redutores de velocidade, a instalação de 85 câmeras de videomonitoramento.

Segundo matéria do Correio do Estado publicada em maio, essas câmeras serão no modelo Pan-Tilt-Zoom (PTZ), equipamento robótico que permite o operador controlar remotamente a panorâmica, inclinação e zoom da imagem, nos moldes a serem definidos pela Agetran.

O edital ainda especifica que as câmeras deverão funcionar 24 horas por dia, ter movimentação horizontal de 360 graus e vertical de 180 graus, além de terem resolução high-definition television (do inglês, televisão de alta definição).

Para ajudar na identificação da infração e do infrator, o equipamento deve ser capaz de produzir um zoom óptico de 32 vezes, tendo a capacidade de obter imagens nítidas com ajuste automático de brilho e contraste adaptando-se à iluminação do ambiente, sem a necessidade de iluminação auxiliar.

Entre as outras especificações, uma delas consta que a gravação deverá conter endereço, data e hora do momento da captura da imagem, isso tudo armazenado no cartão de memória do equipamento, mesmo que a comunicação com a central seja perdida.

Para controlar esses câmeras ainda deverá ser criado uma central de monitoramento pela empresa.

Todos esses termos são sob o custo de R$ 47.994.235,00, valor prevista para 24 meses de contrato, esse valor renderá mensalmente R$ 2.093.989,29, o que representa uma redução de mais de 16% em relação ao acordo anterior. 

No contrato Campo Grande contava com 93 radares e lombadas, entre os modelos fixos e mistos.

*SAIBA

O Consórcio CG Segura venceu a licitação em agosto deste ano, porém, a Capital mantinha ativo radares do Consórcio Cidade Morena, apesar de o contrato com as empresas terem terminado desde setembro do ano passado.

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2026

Aulas da Rede Estadual começarão em 9 de fevereiro

Ano escolar de 2026 terá 223 dias, sendo 200 dias letivos distribuídos em 4 bimestres

09/12/2025 08h25

Saída de alunos em escola estadual

Saída de alunos em escola estadual Foto: Paulo Ribas

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Aulas da Rede Estadual de Ensino (REE-MS) começarão em 9 de fevereiro de 2026 em Mato Grosso do Sul.

A resolução, que define as diretrizes do calendário escolar 2026, foi publicada no Diário Oficial Eletrônico (DOE-MS).

Ao todo, o ano escolar de 2026 terá 223 dias, sendo 200 dias letivos distribuídos em 4 bimestres. Confira:

  • 1º Bimestre: 3/2/2026 a 30/4/2026 – 58 dias
  • 2º Bimestre: 4/5/2026 a 16/7/2026 – 53 dias
  • 3º Bimestre: 3/8/2026 a 1º/10/2026 – 43 dias
  • 4º Bimestre: 2/10/2026 a 9/12/2026 – 46 dias

Confira o calendário 2026 da REE-MS

  • 2 de fevereiro: confirmação de lotação e apresentação dos professores
  • 3 de fevereiro: início do ano letivo
  • 9 de fevereiro: início das aulas
  • 17 a 31 de julho: recesso escolar/férias do meio do ano
  • 10, 11, 14, 15 e 16 de dezembro: exames finais/recuperação
  • 17 de dezembro: Conselho de Classe Final
  • 9 de dezembro: término do ano letivo
  • 18 de dezembro: encerramento do ano escolar
Saída de alunos em escola estadual
Saída de alunos em escola estadual
Saída de alunos em escola estadual
Saída de alunos em escola estadual

De acordo com a Secretaria de Educação (SEC), o calendário ainda prevê datas específicas para avaliações bimestrais, funcionamento do programa Recuperar para Avançar (RAV), realização do Pré-Conselho, encontros da Família & Escola (obrigatoriamente aos sábados) e orientações para reposições em caso de interrupções das aulas.

MATRÍCULA

Período de pré-matrícula da Rede Estadual de Ensino (REE-MS) ocorre de 3 de novembro a 31 de dezembro de 2025. São aproximadamente 200 mil vagas em 79 municípios do Estado.

A pré-matrícula deve ser feita presencialmente (Central de Matrículas - rua Joaquim Murtinho, nº 2612, bairro Itanhangá Park) ou virtualmente (através deste site).

Para garantir uma nova vaga ou permanecer na Rede Estadual, é necessário apresentar os seguintes documentos:

  • Requerimento de Matrícula assinado pelo responsável ou estudante (se maior de 18 anos).
  • Certidão de Nascimento ou Casamento.
  • Cadastro de Pessoa Física (CPF), se houver.
  • Cédula de Identidade (RG) para estudantes maiores de 18 anos.
  • Ementa Curricular, se aplicável.
  • Guia de Transferência original, se for o caso.
  • Histórico Escolar original, se for o caso.
  • Carteira de Vacinação atualizada.
  • Declaração de Vacinação Atualizada (DVA).
  • Comprovante de residência ou declaração, se for o caso.
  • Cartão do SUS, se houver.
  • Documento de identificação do pai/mãe ou responsável para estudantes menores de 18 anos.
  • Comprovante de guarda legal, se aplicável.
  • Laudo médico (para estudantes da educação especial), se necessário.
  • Comprovante das últimas 4 doações de sangue nos últimos 2 anos, caso informado na pré-matrícula.
  • Carteira ou declaração de doador de medula, caso informado na pré-matrícula.

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