Cidades

SOLIDARIEDADE

Hemosul funcionará em tempo integral no primeiro e terceiro sábado deste mês

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos e ter 55 kg ou mais

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Com o objetivo de receber mais doadores, o Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul) estará aberto das 7h às 17h neste sábado (7) em Campo Grande. 

O novo horário de atendimento atende a solicitação de voluntários que só podem doar sangue aos finais de semana. 

A unidade também funcionará em tempo integram no dia 21 de agosto. 

Últimas notícias

Desde agosto do ano passado, o Hemosul Coordenador abre em período integral todos os primeiros sábados de cada mês para atender a população que só pode doar nos finais de semana.

De acordo com a Coordenadora Geral do Hemosul Marli Vavas, o horário estendido deve vigorar até o final do ano. 

“Muitas pessoas só podem vir ao Hemosul aos sábados e conseguimos atender a essa demanda e a partir deste mês de agosto. Até pelo menos dezembro, nós abriremos no primeiro e terceiro sábado de cada mês, das 7h às 17h. Esperamos que a população compareça e nos ajude a manter os estoques de sangue cheios para atendermos aqueles que precisam”, ressalta. 

O Hemosul está localizado na avenida Fernando Corrêa da Costa nº 1304, em Campo Grande.

Também é possível doar sangue no Banco de Sangue da Santa Casa, localizado na rua Rui Barbosa, 3.633, centro.

Seu horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h.

O Hemosul e Banco de Sangue da Santa Casa seguem todos os protocolos de biossegurança impostos pela pandemia da Covid-19.

Critérios para doação 

  • Ter entre 16 e 69 anos
  • Ter 55kg ou mais
  • Não ter tomado vacinas recentemente
  • Estar bem alimentado
  • Não tomar certos medicamentos (consultar um médico)
  • Não possuir determinadas doenças, como autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis e etc.
  • Homens podem doar até 4 vezes por ano; já mulheres, até 3 vezes por ano.

Doadores que contraíram a Covid-19 precisam aguardar 30 dias após o fim da doença para doarem sangue. 

Quem recebeu a vacina CoronaVac contra o coronavírus precisa aguardar 48 horas para realizar a doação de sangue. O intervalo da Janssen é de 7 dias. 

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DIREITOS HUMANOS

Aliança Global contra a Fome já pode beneficiar 500 milhões de pessoas

Iniciativa tem compromisso firmado com pelo menos 41 países

15/11/2024 23h00

Foto: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL

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A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma das prioridades do Brasil como presidente temporário do G20, já tem capacidade de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda e sistemas de proteção social em países de baixa e média baixa renda até 2030. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15), durante o G20 Social, no Rio de Janeiro.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comentou os chamados Sprints 2030, medidas iniciais anunciadas pela Aliança Global, ao participar de uma sessão plenária sobre insegurança alimentar. Dias explicou que o conjunto de ações é emergencial, por isso, o nome sprint, que significa corrida em inglês. “Precisamos correr”, disse o ministro. Segundo o ministro, além de “dar o anzol e ensinar a pescar”, é preciso dar o alimento para quem está em situação de insegurança alimentar. “Com fome não se aprende, não se  tem o resultado adequado em educação, não se vai buscar o emprego.”

A referência ao ano 2030 é por causa da data máxima prevista pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 2 das Nações Unidas, que consiste em um apelo global para “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” no mundo. 

Dias informou que, na próxima segunda-feira (18), durante a reunião de cúpula do G20 (grupo das maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana), chefes de estado reunidos no Rio de Janeiro devem aprovar os termos da Aliança Global, quando é esperado que mais nações se comprometam com a iniciativa internacional de combate à fome.  

No entanto, 41 países, 13 organizações internacionais públicas e instituições financeiras e 19 grandes entidades filantrópicas já anunciaram uma série de medidas, o que permitiu elaborar o Sprint 2030 e medir o alcance inicial da aliança. 

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023 – uma em cada 11 pessoas no mundo, e uma em cada cinco na África.

Alcance

Há a expectativa de aumento das merendas escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com fome e pobreza infantil presente; de realização de iniciativas de saúde materna e primeira infância para mais 200 milhões de mulheres e crianças de até 6 anos, além de programas de inclusão socioeconômica que visam atingir 100 milhões de pessoas adicionais. 

O ministro disse que ainda não é possível estimar o volume total de recursos financeiros canalizados para a Aliança Global, mas lembrou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou financiamento adicional de US$ 25 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 140 bilhões.  

Além disso, acrescentou Dias, o Banco Mundial será parceiro da aliança, contribuindo com dinheiro não reembolsável e empréstimos com juros baixos e prazos adequados.  

Entre os países que já anunciaram reforço de iniciativas contra a fome, grande parte é do Sul Global, ou seja, nações pobres ou em desenvolvimento, notadamente na África e na América do Sul. Há anúncio também de países europeus, como Alemanha, França e Reino Unido. 

Questionado se o fato de não terem sido citadas medidas dos Estados Unidos e da Argentina poderia ser um indicativo de não apoio à aliança, Dias afirmou que tem havido negociações com delegações desses países e que podem ocorrer adesões ao acordo internacional.  

Os Estados Unidos elegeram Donald Trump para voltar à presidência em 2025. No primeiro governo do republicano, houve guinada contrária a iniciativas multilaterais. Na Argentina, o presidente Javier Milei tem caminhado para políticas de menos participação do Estado na sociedade. 

“Posso afirmar que os Estados Unidos [ainda sob a presidência de Joe Biden] já anunciaram a posição favorável. Já adiantaram a participação. A China tem participado de todos os debates com posição favorável. Com a Argentina, tivemos diálogos. Estamos otimistas com a participação de todos os países da América do Sul”, disse o ministro, ressaltando que a proposta de adesão vale para países de fora do G20.

Cooperação

A Aliança Global não é meramente uma articulação para doação de recursos para países mais pobres. É um conjunto de iniciativas que passam também pelo comprometimento de combater a fome internamente e pela troca de conhecimentos, de forma que iniciativas que deram certo possam ser compartilhadas pelo mundo. 

“O ponto principal é que cada país tenha soberanamente o seu plano nacional, que se tenha a definição de países que podem, a partir do plano, cumprir suas metas de combate à fome e à pobreza, e outros que, além de cumprir o seu plano, vão poder colaborar com o conhecimento e financeiramente, com outros países em desenvolvimento”, descreveu. 

Na avaliação do ministro, dos 193 países que fazem parte da ONU, cerca de 70 são desenvolvidos o suficiente para poder ajudar os demais.  

O representante do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas no Brasil, Daniel Balaban, classificou o momento atual como chave para a diminuição da pobreza no mundo. “É um momento histórico, não podemos perder essa oportunidade. Não terá outra se nós falharmos de novo. A fome tem solução. É inacreditável que não tenhamos conseguido resolver esse problema."

Balaban reforçou a ideia de que a Aliança Global não trata de levar comida para os países. “Estamos falando em levar políticas públicas de desenvolvimento para que esses países saiam da situação em que se encontram e possam desenvolver sua sociedade, fazendo com que as pessoas abaixo da linha da miséria retornem à cidadania e participem do desenvolvimento dos países.” 

Ele enfatizou que formas de financiamento fazem parte da trilha de combate à fome. “A gente fala de combate à fome e à pobreza, mas sem recursos financeiros, sem financiamento, é completamente impossível”, observou. 

“Vocês verão bancos de desenvolvimento se colocando à disposição e fazendo o levantamento de recursos para financiar essas políticas nos países em desenvolvimento”, assinalou. 

G20 Social 

O G20 Social começou nesta quinta-feira (14) no Boulevard Olímpico, zona portuária do Rio de Janeiro, e vai até o sábado (16), permitindo a articulação da sociedade civil organizada e aproximando-a de autoridades.  

O ponto derradeiro da presidência brasileira temporária no G20 será a reunião de cúpula de chefes de Estado e de governo, nos dias 18 e 19 deste mês, também no Rio de Janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a levar aos líderes mundiais o documento final do G20 Social, que refletirá necessidades e prioridades elencadas por instituições como movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais.  

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana. 

 Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Conferência

Atraso na divulgação do ajuste fiscal gera apreensão entre empresários

Demora piora percepção sobre quadro fiscal e pode impactar planejamento, dizem representantes do setor privado

15/11/2024 22h00

Lide Brasil Conferência Lisboa

Lide Brasil Conferência Lisboa Foto: Reprodução/ Lide

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A demora do governo em anunciar o pacote de corte de gastos é vista com preocupação no empresariado. A avaliação é a de que a expectativa é grande e positiva, mas cada dia de espera eleva o senso de urgência, segundo empresários e executivos que participaram da Lide Brasil Conferência Lisboa, realizada pelo Lide, Folha e UOL, na capital portuguesa, na sexta-feira (15).

Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que em seu discurso na conferência cobrou redução das despesas orçamentárias, já há no Brasil uma constatação de que a trajetória fiscal da dívida pública não é mais sustentável.

"A direção do Brasil está correta, mas precisaremos imprimir um ritmo bem mais forte na contenção do gasto público, porque a demora [do corte] amplifica a percepção de piora do quadro fiscal, e o fator tempo é chave na interrupção da trajetória da dívida pública", disse Sidney à Folha.

Ele afirma que é preciso colocar mais despesas dentro das regras do arcabouço fiscal, fazer mais cortes nos gastos obrigatórios e reduzir as vinculações e as indexações do orçamento. "Se fizermos isso, e rápido, a resposta será muito positiva e igualmente rápida", afirma.

O presidente do conselho de administração da Light, Helio Costa, estima que o anúncio virá em breve e que pode gerar reflexos sobre o planejamento que as companhias estão fazendo para 2025.

"Evidentemente, não vou dizer [que tem de ser anunciado] nos próximos dias, mas nas próximas semanas tem de haver uma solução, porque o planejamento das empresas já começou em setembro", diz Costa, que foi ministro da Comunicação do presidente Lula entre 2005 e 2010.

Ele pondera que é importante "saber qual será o nível do corte, se vai ser suficiente para atender as necessidades do próprio governo".
"Agora tem uma disputa interna do próprio governo com o nosso ministro da Fazenda [Fernando Haddad]", afirma.

Costa acredita que será difícil fazer um ajuste grande sem que o Legislativo participe. "Se o Congresso não contribuir não tem jeito".

A ansiedade do empresariado pela divulgação do plano de ajuste nas contas públicas cresceu no início do mês, quando Haddad cancelou uma viagem à Europa para cuidar do assunto. No dia 4, ele afirmou a jornalistas que o governo estava preparado para anunciar as medidas ainda naquela semana.

Em novas falas na quarta-feira (13), o ministro disse que o trabalho já está pronto e que o anúncio depende de Lula.

Marco Stefanini, fundador da Stefanini, uma das maiores empresas de tecnologia do país, também lamenta o atraso no lançamento do pacote. Ele acredita que o corte de gastos vai trazer ganhos de eficiência, favorecendo a redução dos juros.

"O governo e a sociedade acabam perdendo, porque na economia você vive de expectativa. Com juros altos, se gasta mais dinheiro com os juros e, consequentemente, se gasta menos no social, no investimento", diz o empresário.

Para Roberto Vilela, CEO da RV Ímola, empresa de logística de produtos de saúde, como insumos hospitalares e medicamentos, a espera prejudica a economia e provoca oscilações no dólar. "É uma insegurança para todo mundo, principalmente para o mercado. Não se sabe o que vai ocorrer. Por enquanto, não cortaram nada", afirma.
 

*Informações da Folhapress 

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