Em mais um avanço, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh) realizou o primeiro procedimento em uma paciente com fissura labiopalatina.
O procedimento consistiu em uma cirurgia de enxerto ósseo alveolar, que em pacientes com lábio leporino pode ser utilizado para corrigir defeitos ósseos tanto na região do lábio quanto do palato (céu da boca).

A operação foi feita em parceria entre o hospital e a organização não-governamental Smile Train, que trabalha com o tratamento desses pacientes ao redor do mundo.
Com isso, o Humap-UFMS/Ebserh passa a ser o primeiro hospital a oferecer o procedimento em Mato Grosso do Sul pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme a divulgação, o enxerto ósseo alveolar é uma etapa fundamental no tratamento da fissura labiopalatina, que é uma condição congênita.
O tratamento médico é contínuo desde o nascimento. Para se ter uma ideia, pode envolver até 12 cirurgias ao longo da vida do paciente.
Atendimento
O hospital está oferecendo cirurgias de lábio e palato há seis meses, tendo sido realizadas em pacientes de três meses a um ano de idade.
O procedimento de enxerto ósseo alveolar é recomendado para crianças com idades entre 8 e 12 anos e consiste na reposição óssea na região da fissura, quando ela atinge o alvéolo dentário.
Além do benefício estético, o procedimento auxilia na qualidade de vida do paciente, pois permite que a ortodontia mova os dentes para o local onde existe a abertura, promovendo melhor alinhamento e desenvolvimento da arcada dentária.
Paciente
A primeira paciente a passar pelo procedimento foi uma adolescente de 14 anos. O material utilizado para a realização do enxerto foi retirado do osso da bacia da paciente.
Segundo o hospital, o pós-operatório é similar ao de outras cirurgias orais (na boca) e requer que o paciente fique em repouso, evitando exercícios. Além disso, os cuidados com a higiene bucal são fundamentais para evitar infecções.
Participaram do procedimento cirúrgico:
- Cirurgião crânio-maxilo-facial Bruno Ayub
- Cirurgiões buco-maxilo-faciais Ana Candeia e Gustavo Marques Tondin
- Residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFMS.
- Tratamento
Os pacientes que necessitam do tratamento oferecido pelo Hospital Universitário devem procurar uma unidade básica de saúde.
Com isso, o assistido será inserido no Sistema de Regulação de Vagas, com a Classificação Internacional de Doenças (CID) referente à fissura labiopalatina.
Posteriormente, será encaminhado para o ambulatório de cirurgia plástica geral do Hospital Universitário (Humap-UFMS/Ebserh). Outra opção é entrar em contato com a unidade da Funcraf em Campo Grande para obter mais informações.