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Imasul classifica três barragens como 'alto risco' em Campo Grande

O comunicado de classificação de barragem foi publicado na sexta-feira (30) no Diário Oficial

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Após o rompimento da barragem do Nasa Park, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) publicou na sexta-feira (30) no Diário Oficial um comunicado indicando três barragens classificadas como de alto risco em Campo Grande.

O órgão avaliou as barragens de acordo com as leis (art. 7º da Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010) e a Resolução Semagro nº 757, de 3 de agosto de 2021.

Com base nessas leis e nas informações fornecidas pelos responsáveis, o Imasul classificou as barragens em dois fatores, conforme a categoria de risco que indica a possibilidade do rompimento, assim como aspectos que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente ou desastre. Neste quesito, apenas uma barragem está na categoria de baixo risco.

A classificação do Dano Potencial Associado é trata do potencial de perda de vidas e nos impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes de uma possível ruptura da barragem.

Entenda 

A classificação está dividida em três níveis, sendo alto, médio ou baixo para duas categorias.

  • Categoria de Risco: refere-se a possibilidade de um eventual rompimento da barragem;
  • Dano Potencial Associado: Referente ao estrago que o possível rompimento da barragem pode causar.

Barragens

Entre as barragens apontadas com "Dano Potencial Associado", ou seja, aquelas que têm potencial para causar perdas de vidas humanas, constam:

  • Córrego Bandeira
  • Córrego Pontal
  • Córrego Lageado


O Córrego Bandeira, especificamente a barragem do Lago do Amor, que é de responsabilidade da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, é destacada tanto na classificação de categoria de risco associado quanto de dano potencial, ambos como altos.

A Barragem Atlântico, do Córrego Pontal, localizada na saída de Três Lagoas, é gerida pela Incorporadora Atlântico S/S LTDA - ME, e apresenta uma situação similar (categoria de risco associaso e dano potencial: alto).

A terceira barragem é a do Córrego Lageado, de responsabilidade da empresa Águas Guariroba. Diferentemente das outras duas, a categoria de risco associado desta barragem é indicada como baixa, enquanto o dano potencial associado está classificado como alto.

A Águas Guariroba por meio de nota informou que suas barragens passam por constante vistorias. 

E que embora a do Lageado tenha recebido a classificação de alto risco para dano potencial, isto é, o tamanho do impacto que ela pode desempenhar, a outra categoria que imputa risco de rompimento foi apontada como baixo. 

Leia a nota na íntegra:

 "Águas Guariroba informa que suas barragens de captação de água, localizadas nos córregos Guariroba e Lageado, são vistoriadas diariamente, por meio de um controle rigoroso.

A concessionária possui um Plano de Segurança de Barragem, que estabelece um monitoramento e ações específicas para as construções, além de uma empresa contratada para conservação dos locais com visitas diárias.

É importante ressaltar que o comunicado emitido pelo Imasul, nesta sexta-feira (30), classifica como alto o “Dano Potencial Associado à barragem”, ou seja, os danos que ela poderia causar na ocorrência de um rompimento.

Porém, o mesmo relatório mostra que a barragem tem categoria de risco BAIXO, ou seja, está em condições seguras.

A Águas Guariroba reforça ainda o compromisso por meio de um Comitê Interno de Segurança das Barragens, que se reúne mensalmente entre colaboradores de diversos setores da concessionária. Todas as informações são constantemente compartilhadas com o poder público."

Responsabilidade e classificação

Na publicação do Diário Oficial, o Imasul informou que pode reavaliar a classificação das barragens, seja por iniciativa própria ou a pedido do proprietário, sempre com a devida justificativa.

"Mesmo que a barragem não esteja submetida à Lei Nacional de Segurança de Barragens, o empreendedor é responsável por sua segurança, devendo zelar pela manutenção e operação para reduzir a possibilidade de acidentes e suas consequências”, afirma o comunicado do Imasul.

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Golpe

Venda de bolsas de luxo vira caso de polícia em MS

Loja que trabalha com a revenda de artigos usados não pagou por uma compra de cinco bolsas, que totalizava R$ 57 mil, e também é alvo de denúncias por não entregar os produtos aos clientes

16/09/2024 12h40

Loja promete peças autenticadas e curadoria especializada, mas não cumpre nem com o pagamento e entrega dos artigos

Loja promete peças autenticadas e curadoria especializada, mas não cumpre nem com o pagamento e entrega dos artigos Reprodução: WhatsApp

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A venda de artigos de luxo "second hand", uma forma mais refinada de se referir a itens usados, vem se tornando uma prática comum em todo o mundo. Seguindo a tendência da moda sustentável, muitas pessoas se interessam na compra desses produtos, que algumas vezes chegam a ser exclusivos por já estarem fora do mercado comum.

Uma das lojas que oferece esse tipo de serviço em Campo Grande está sofrendo uma série de denúncias por aplicar golpes em vendedoras e compradoras de bolsas. Com mais de 28 mil seguidores no Instagram, a empresa diz fazer serviço de intermediação de vendas, promete peças autenticadas e uma curadoria especializada, mas na prática não cumpre nem com o pagamento e entrega dos artigos.

Em Boletim de Ocorrência, registrado no dia 1º de abril deste ano, uma das vítimas - uma mulher que reside em Dourados, município distante 230,8 quilômetros de Campo Grande -  relata que em janeiro deste ano vendeu três bolsas de luxo, duas da marca Gucci e uma Chanel, para a proprietária da loja, que será identificada neste material como S.C..

Segundo a vítima, a mulher tinha interesse em comprar as bolsas, e ficou de fazer o pagamento de uma delas no dia 23 daquele mesmo mês, mas até a data do registro policial não havia pagado por nenhuma delas.

Acreditando na boa fé de S.C., a vítima vendeu outras duas bolsas, das marcas Gucci e Chanel, que também não foram pagas. Somados, os produtos tinham valor de R$ 57.600,00.

A vítima tentou cobrar o pagamento várias vezes, e chegou a receber comprovante de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) falsa, no valor de R$ 6.500,00.

No boletim policial consta ainda que a vítima ficou desconfiada da demora em receber o pagamento, e foi pesquisar sobre S.C., momento em que descobriu que havia uma série de processos contra ela, muitos deles ação civil por falta de pagamento e pix falso.

Em conversa exclusiva com o Correio do Estado, uma segunda vítima, que não quis se identificar, contou que comprou uma bolsa no valor de R$ 6 mil em junho deste ano, e que até agora não recebeu o produto ou a devolução do pagamento.

Segundo ela, as compras na loja são feitas através das redes sociais, tanto no Instagram quanto no WhatsApp. No aplicativo de mensagens, existe um grupo que serve como "catálogo" dos artigos de luxo disponíveis.

O pagamento dos produtos pode ser feito à vista ou em parcelas, mas ele só é enviado após o pagamento.

Segundo a vítima, que pretende registrar boletim de ocorrência, S.C. alega que a bolsa vem para Mato Grosso do Sul de outro estado, por isso demora a ser entregue, e "sempre dá uma desculpa".

No "Reclame Aqui" também há denúncia semelhante contra a loja. Essa, feita no dia 15 de fevereiro, por uma cliente que reside em Jaraguá, no estado de Goiás.

Ela relata que comprou duas bolsas no início do ano passado, que nunca foram entregues. Diz ainda que tentou contatar S.C. diversas vezes, mas que a empresária "nunca cumpre" as promessas de pagamento e entrega dos produtos.

Além disso, contou que havia feito uma reclamação anterior no portal Reclame Aqui, e que após a dnúncia, S.C. disse que devolveria o dinheiro e pediu que ela retirasse a reclamação.

"Mesmo fazendo uma confissão de dívida assinado por ela, vencendo em 21/12/2023, ela não cumpriu o pagamento. Sendo assim, tive que fazer uma nova reclamação e entrar na justiça", escreveu a vítima.

Diversos processos

Conforme consta no JusBrasil, S.C. responde diversos processos semelhantes aos casos citados acima. Em um deles, deve R$ 96,1 mil pela compra e não pagamento de bolsas de grife e uma pulseira.

A acusada de estelionato foi procurada pela reportagem, e respondeu apenas que o advogado entraria em contato - o que não aconteceu até o momento de publicação deste material. O espaço segue aberto para posicionamentos.

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OPERAÇÃO PANTANAL

Chuvas trazem alívio temporário para as queimadas no Pantanal

Pancadas de chuva do fim de semana trouxeram um respiro para o bioma, que sofria com a pior estiagem de sua história

16/09/2024 12h05

Incêndio em coxim se alastrou rapidamente devido ao tempo seco no norte do Estado

Incêndio em coxim se alastrou rapidamente devido ao tempo seco no norte do Estado Foto: reprodução

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Em meio à seca histórica, uma frente fria com grandes pancadas de chuva trouxe um alívio temporário para as queimadas no Pantanal sul-grossense neste último domingo (15). 

De acordo com o informativo do Governo do Estado sobre a ‘Operação Pantanal’, diversas regiões de Mato Grosso do Sul, incluindo a parte pantaneira, registraram uma diminuição significativa dos focos de fogo devido à intensa precipitação do fim de semana. 

As chuvas elevaram a umidade relativa do ar do bioma em 10%, aliviando os efeitos da pior estiagem dos últimos 70 anos.

Em Corumbá , cidade que há dois dias foi 'engolida' por fumaça tóxica de queimadas no Pantanal, as chuvas atingiram um acumulado de 10mm. Apesar de fraca, as precipitações foram constantes e auxiliaram no combate aos incêndios que cercam a capital pantaneira. No entanto, a situação é mais complexa no norte do estado, onde o clima seco e as altas temperaturas ainda predominam.

Em Coxim, um incêndio em vegetação tomou grande proporção devido às rajadas de vento e tempo seco, condições que fizeram com que o fogo se alastrasse rapidamente. 


Confira:

 

 


Novos incêndios 

Apesar do alívio proporcionado pelas chuvas recentes, a previsão meteorológica indica um aumento gradual das temperaturas nos próximos dias, o que pode reavivar o risco de novas queimadas.

Segundo o Governo do Estado, um efetivo  efetivo de 162 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, divididos em diferentes cidades ainda trabalham no combate às queimadas 

Além destes, a operação ainda conta com o apoio de 27 bombeiros do Rio Grande do Sul e Sergipe, 76 militares da Força Nacional de Segurança Pública e representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Durante a semana, a meteorologia ainda prevê um aumento gradativo nas temperaturas. Segundo a previsão, os próximos dias devem ser marcados por mais calor em Mato Grosso do Sul.

Depois de um amanhecer mais fresco, os termômetros vão subindo durante a manhã e à tarde, principalmente entre esta segunda-feira e terça-feira (16 e 17).

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