Cidades

PLACAS 1, 2 E 3

Atraso no licenciamento de veículos chega a 55% neste ano

São mais de 293 mil carros, motos e caminhões com a taxa em atraso somente no que se refere a 2024. Juntos, devem R$ 83,5 milhões ao Detran

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Este ano, os prazos para os proprietários dos veículos com placas terminadas em 1, 2 e 3 pagarem a taxa de licenciamento já se encerrou. Porém, menos da metade dos proprietarios pagaram a taxa em dia, conforme o próprio Detran. 

Segundo o Departamento Estadual de Trânsito, um total de 107.109 não pagaram o licenciamento na capital e  outros186.434 deixaram de pagar nas cidades do interior. 

Inadimplentes e adimplentes totais de 2024 no Mato Grosso do Sul - Fonte: Detran-MS

Em suma, 293.543 mil veículos com placas terminadas em 1, 2 e 3 estão com o licenciamento irregular, de um total de 540.441 mil. Ou seja, há aproximadamente 55% inadimplentes. Juntos, eles devem R$ 83,5 milhões ao Detran

Importante ressaltar que, nesses dados divulgados, também foram apresentados que alguns proprietários de placas terminadas em números com licenciamento ainda não aberto, já adiantaram o serviço.

Cerca de 90.105 mil já realizaram o pagamento de forma adiantada, sendo 29.056 mil em Campo Grande e 61.049 mil no interior, como placas terminadas em 0, 6, 7, 8 e 9, que devem abrir para licenciamento nos próximos meses. 

Nesta segunda-feira (03), foi anunciado a abertura para o licenciamento de veículos com placas terminadas em 4 e 5, ou seja, cerca de 123 mil automóveis no Estado. Neste mês, a taxa de licenciamento é de R$ 219,34. Mas, para quem paga com atraso o valor aumenta para R$ 284,70.

Outras Notificações

Em janeiro, uma notificação inicial já tinha sido enviada pelo órgão, referentes aos anos de 2018 a 2022, que soma uma dívida de R$ 416 milhões, sem considerar as inadimplências do ano passado.

Nesta primeira carta enviada aos proprietários de área urbana com três ou mais anos de atraso, 205,2 mil foram notificados e orientados para o pagamento da dívida até dia 29 de fevereiro. Porém, apenas 3% desses milhares regularizaram total ou parcialmente.

Em março, antes de começar novamente o processo anual de licenciamento, o Detran-MS notificou novamente os proprietários com atraso no pagamento, cerca de 216 mil donos de veículos, desta vez incluindo os proprietários localizados em endereço de área rural. Cada dívida chegou ao valor de R$ 854,10 reais.

Os notificados tinham até dia 5 de abril para realizar o pagamento do débito, podendo até parcelar o valor em 12 vezes no cartão. Quem não pagou até esse prazo, teria seu caso enviado à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), sendo incluído na dívida ativa.

No ano passado, a Controladoria Geral do Estado (CGE) realizou uma auditoria que revelou que há cerca de 1,8 milhão de veículos no Estado, sendo que 50% destes estão com algum tipo de atraso no licenciamento nos últimos cinco anos.

Novidade para 2024

Para este ano, foi anunciado um novo procedimento para o pagamento dos débitos. Agora, todas as situações com licenciamento irregular serão enviadas à PGE, a fim da inclusão na dívida ativa.

Alerta

Segundo o art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), reforça que circular em via pública com veículo não licenciado configura infração gravíssima, sendo passível de 7 pontos na carteira, multa no valor de R$ 293,47 e medida administrativa de remoção do veículo ao pátio. Além disso, a venda do automóvel também é impedida até a realização do pagamento.

**Colaborou Alanis Netto e Neri Kaspary

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Economia

Inflação dos EUA e Temores Fiscais Fazem Dólar e Bolsa Fecharem em Baixa

No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 2,2%, após marcar 2,5% no mês anterior

27/09/2024 20h00

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20)

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20) Arquivo/ Agência Brasil

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O dólar fechou em queda de 0,15% nesta sexta-feira (27), a R$ 5,436, com dados de inflação dos Estados Unidos e medidas de estímulo econômico anunciadas na China como pano de fundo.

A moeda enfrentou uma sessão de desvalorização global, com queda em relação a uma série de divisas de mercados emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras moedas fortes, a queda foi de 0,13%, a 100,39.

No Brasil, no entanto, dados internos e temores com a estabilidade das contas públicas impediram que as perdas em relação ao real fossem maiores.

Já a Bolsa, que passou boa parte do pregão oscilando entre os sinais, teve queda de 0,21%, a 132.730 pontos, com pressão das curvas de juros futuros.
Indicador de inflação mais monitorado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), o PCE teve alta de 0,1% em agosto -uma desaceleração em relação ao resultado de julho, de 0,2%.

No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 2,2%, após marcar 2,5% no mês anterior. Já no núcleo do PCE, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, a alta foi de 0,1%, ante projeção de 0,2%.

O BC americano trabalha com um mandato duplo, isto é, olha de perto os dados de inflação e do mercado de trabalho para decidir sobre juros. Enquanto os índices inflacionários têm mostrado uma convergência gradual à meta anual de 2%, os números de emprego têm desacelerado a cada nova leitura e chegaram até a instalar temores de que a economia estaria a caminho de uma recessão.

Na quarta-feira da semana passada, a autoridade americana fez o primeiro corte nos juros em mais de quatro anos, com uma redução de 0,50 ponto percentual. A taxa agora está na faixa de 4,75% e 5% -e a expectativa do mercado é que o ciclo de alívio se sustente pelas próximas reuniões.

"O comitê ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a [meta de] 2% e julga que os riscos para alcançar metas de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados", disseram os diretores do Fed no comunicado da decisão.
O ritmo dos próximos cortes, porém, está dependente dos números da economia americana. "Não há nada que sugira pressa", disse em entrevista coletiva Jerome Powell, presidente do Fed, em referência à velocidade e a intensidade das reduções.

Com o PCE de agosto, as apostas de um afrouxamento maior, de 0,50 ponto, passaram a reunir 52,1% dos operadores na ferramenta CME Fed Watch. As de um corte menor, de 0,25 ponto, concentram os 47,9% restantes.

O dólar costuma se depreciar à medida que os juros nos Estados Unidos caem, conforme o rendimento dos ativos ligados à renda fixa americana se depreciam. Isso leva operadores a investimentos de maior risco, como moedas emergentes e mercados acionários, pela possibilidade de rentabilidade maior.

O pacote de estímulos anunciado pela China nesta semana ainda impulsionou a desvalorização do dólar globalmente.

Nesta sexta, o Banco Central chinês a reduziu a taxa de compulsório de bancos em 0,50 ponto percentual, o que deve liberar 1 trilhão de iuanes (R$ 775,94 bilhões) em liquidez para o sistema bancário.

A medida segue a esteira de outros anúncios feitos pelo governo e pela autoridade monetária nos últimos dias. Na quinta, o Partido Comunista chinês prometeu "gastar o necessário" para que o país cumpra a promessa de terminar o ano com um PIB (Produto Interno Bruto) em 5%.

Na terça, foi divulgado o pacote de estímulos à economia mais agressivo desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, divulgado na terça-feira.

Desde que os anúncios começaram, os mercados globais têm experimentado ganhos devido à expectativa de uma demanda maior por commodities da China, o país que mais importa matérias-primas do mundo.

O efeito do estímulo chinês foi mais evidente em mercados emergentes, cujas moedas dependem diretamente do desempenho dos preços das matérias-primas. Com isso, o dólar recuou ante o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.

O real, porém, teve dificuldades de acompanhar a força das outras moedas no exterior. Aqui, o mercado voltou a elevar os prêmios de risco para o país, em meio a indícios de aceleração da inflação e preocupações com as contas públicas.

O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), conhecido como a "inflação do aluguel", acelerou a 0,62% em setembro, depois de ter avançado 0,29% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas).

A expectativa de analistas era de que a alta fosse de 0,47%. Com o resultado, o acumulado de 12 meses bateu 4,53%.
Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego brasileira continuou em trajetória de baixa e recuou a 6,6% no trimestre encerrado em agosto, mostrou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam o dado em 6,7%.

"Os dados mostram que a economia brasileira está aquecida e, ao mesmo tempo, que teremos mais pressão na inflação. Será inevitável o Banco Central subir os juros", avalia João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

A bateria de divulgações chegou em um momento de preocupações renovadas do mercado em relação ao compromisso do governo com o ajuste das contas públicas.

A agência de classificação de risco, Fitch Ratings, afirmou na quinta-feira que a política fiscal atual do Brasil e seus efeitos não estão acompanhando o forte desempenho da economia nacional e que os desafios para o governo federal devem persistir e crescer no próximo ano.

"Vejo muita cautela ainda com o cenário fiscal, e isso está nitidamente limitando a recuperação de nossos ativos locais", afirma Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Em evento nesta sexta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, condicionou uma taxa de juros mais baixa à política fiscal.

"Em todos os momentos na história recente brasileira, você ser capaz de cair os juros e conviver com os juros mais baixos está associado a um choque positivo no fiscal. Não existe harmonia monetária sem ter harmonia fiscal. Isso é importante", disse, durante o 1618 Spring Investment Meeting, em São Paulo.

Em resposta, as curvas de juros futuros aceleraram alta e limitaram os ganhos do Ibovespa.
 

*Informações da Folhapress 

Portas Abertas

Comércio poderá abrir no domingo das eleições em Campo Grande

Conforme nota divulgada nesta sexta-feira (27), lojistas poderão abrir, desde que reservem horário para os funcionários votarem

27/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) informou que o comércio poderá funcionar no domingo (6) das eleições na Capital.

No entanto, o comerciante precisa reservar um horário para que os funcionários deixem o estabelecimento para votar.

“Quem tiver a oportunidade e quiser abrir, não existe restrição. Mas é importante que todos os funcionários tenham tempo hábil para ir votar e conseguir voltar para o trabalho, além de ter o horário de almoço já reservado. Tudo deve ser conversado entre patrão e funcionário”, pontuou a presidente em exercício da CDL Campo Grande, dra. Inês Santiago.

Funcionamento

Segundo o gerente de relações sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo, não há nada que impeça a abertura do comércio no domingo das eleições municipais.

“Não existe proibição nenhuma, apenas o empresário precisa dar oportunidade para o funcionário votar, fazendo o escalonamento. Ele tem que coordenar o horário”, explicou Camilo.

No entanto, ainda não existe definição sobre a abertura de estabelecimentos que trabalham com a venda de bebidas alcoólicas, uma vez que a portaria que trata da Lei Seca ainda não foi publicada para as eleições de 2024.

Horário das Eleições

É importante reforçar que, neste ano, a votação seguirá o horário de Brasília. A mudança é decorrente de uma decisão do Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dezembro de 2021 e incluída na Resolução TSE nº 23.669.

Deste modo, os eleitores de Mato Grosso do Sul precisam ajustar os horários para o exercício da democracia. A abertura das urnas ocorre das 7h às 16h.

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