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Inverno deve ter dias de chuva e temperaturas mais altas em MS

Nova estação climática tem início no dia 21 de junho e vai até o dia 23 de setembro; especialistas indicam que temporada será diferente dos anos anteriores no Estado

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Na quarta-feira, às 10h58min, começará o inverno, que terminará no dia 23 de setembro. A estação é considerada a mais fria, no entanto, a previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) para este ano é de uma temporada com temperaturas acima da média histórica. 

O Cemtec-MS ressalta que haverá quedas na temperatura, porém, entre nos meses de julho, agosto e setembro, as mínimas devem ficar acima do esperado. Segundo dados estatísticos dos últimos 30 anos, as médias esperadas para a maior parte de Mato Grosso do Sul variam entre 20°C e 22°C graus, ou seja, em um dia pode haver mínima de 10°C e máxima de 30°C. A região do Pantanal tem uma variação diferente e deve alternar entre 26°C e 28°C. 

Além da indicação de um inverno mais quente, o Cemtec-MS aponta que a estação também deve ser mais chuvosa.

As médias históricas de chuva variam de acordo com as regiões do Estado. Na maior parte de MS, a média para o inverno é de chuvas entre 100 mm e 200 mm; na região sul, a variação é de 200 mm a 300 mm; enquanto na região norte, historicamente, os registros ficam entre 50 mm e 100 mm. 

O inverno é um período de estiagem no Estado, mas, neste ano, o Cemtec avalia que as precipitações “ficarão dentro ou ligeiramente acima da média histórica em Mato Grosso do Sul”. 

O inverno é uma estação marcada por queda das temperaturas, noites mais longas e dias mais curtos, os menores índices pluviométricos do ano e formações de geadas, nevoeiro e neblina, favorecidos pelas temperaturas baixas e umidade do ar abaixo de 20%. 

O meteorologista Natálio Abrahão alertou para dias de temperaturas intensamente baixas entre 15 e 20 de julho em todo o Estado. Já no início de agosto, o estudioso aponta que as temperaturas devem ficar moderadamente baixas no centro, oeste e sudoeste de Mato Grosso do Sul, abrangendo cidades como Corumbá, Bela Vista, Bodoquena, Bonito e Jardim.

Abrahão aponta também que as geadas devem ocorrer principalmente de 12 a 18 de julho, em razão do avanço de massa de ar polar que aponta para queda de temperatura e ventos acima de 40 km/h nas regiões centro, sul, sudoeste e leste do Estado. 

EL NIÑO 

O Cemtec-MS informa que há 94% de probabilidade de ocorrência do fenômeno El Niño durante os três meses de inverno, ou seja, a tendência geral é de aumento das chuvas e padrões de temperaturas mais elevados, principalmente no inverno. 

O El Niño faz parte do fenômeno Enos, que se refere às mudanças na temperatura do Oceano Pacífico Equatorial. É considerado um fenômeno de aquecimento das águas superficiais do Pacífico, enquanto o La Niña deixa as águas do oceano mais frias do que a média histórica. 

De acordo com o Cemtec-MS, o El Niño deve permanecer em atuação até março do ano que vem.

O meteorologista Natálio Abrahão comenta que o fenômeno deve elevar as temperaturas no Estado a partir de outubro, seguindo até o verão. 

O fenômeno ocorre, em média, a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de 9 a 12 meses. 

ALERTA 

O El Niño é um dos responsáveis pelo alerta emitido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), entidade especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, em maio deste ano. 

A publicação prevê 66% de chances de ultrapassar o limite de aquecimento de 1,5°C nos próximos cinco anos. 

Segundo a OMM, isso não significa que o aumento seja permanente, mas essa é a primeira vez na história em que há grandes chances de ultrapassar o teto de aumento da temperatura previsto no Acordo de Paris, de 2015. 

O alerta indica que o El Niño geralmente eleva as temperaturas globais, enquanto o La Niña, que estava em atuação nos últimos anos, ajudou a frear temporariamente a elevação da temperatura em todo o mundo. 

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, comenta que o fenômeno climático também está normalmente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da América do Sul, do sul dos Estados Unidos, do Chifre da África e da Ásia Central. 

“Por outro lado, o El Niño também pode causar secas severas na Austrália, na Indonésia e em partes do sul da Ásia”, diz a ONU. 

Até janeiro

Greve: dentistas suspendem atendimentos em 44 postos de saúde da Capital

Categoria manterá apenas serviços de urgência e emergência durante paralisação grevista

15/12/2025 16h45

Assembleia realizada na sede do sindicato em novembro deste ano

Assembleia realizada na sede do sindicato em novembro deste ano Foto: Sioms / Divulgação

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Por unanimidade, os dentistas que trabalham na Prefeitura de Campo Grande suspenderam por 30 dias os atendimentos em 44 postos de saúde da Capital, paralisação que se inicia já nesta quarta-feira (17). 

A decisão da categoria acontece após a Prefeitura de Campo Grande descumprir as decisões judiciais referentes ao reposicionamento do Plano de Cargos, Carreira, além de reivindicações sobre a falta de condições de trabalho nas unidades de saúde da capital.

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, os profissionais buscam reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

Presidente do Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) David Chadid destacou que várias foram as tentativas de acordo com o município.

"As propostas apresentadas (pela prefeitura) não atendem os interesses da categoria, que além de exigir o cumprimento das decisões judiciais, também precisam de melhores condições de trabalho para o atendimento da população", declarou.

Cabe destacar que, nas últimas semanas, sindicalistas e membros do Comitê de Saúde da Capital sentaram-se para discutir os ajustes já previstos por lei, entretanto, a administração municipal não apresentou propostas aprovadas pelos sindicalistas. 

Com isso, 71 dos 168 profissionais seguem trabalhando. Atendimentos ambulatoriais eletivos serão mantidos.

"Esse movimento paredista visa garantir o cumprimento dos direitos legalmente reafirmados por processos judiciais e que não estão sendo cumpridos", declarou o presidente em ofício encaminhado ao Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira (15). 

Paralisação

Apesar da suspensão em grande parte dos pontos de atendimento, os profissionais garantiram mais de 50% de funcionamento do setor odontologico da Capital, de forma que a população não fique desassistida.

"Legalmente seria necessário manter 30% do atendimento, mas optamos por 50% em consideração à população, que já está sofrendo com a falta de insumos e equipamentos para os atendimentos odontológicos, que não estão sendo fornecidos pela gestão", pontuou o presidente.

David Chadid também garantiu que todos os casos de urgência e emergência serão atendidos. "Todo o processo de paralisação cumpre rigorosamente o que está preconizado por lei. Estaremos atendendo esses casos e remanejando os demais". E acrescentou: "Pedindo a compreensão da população neste momento, pois nos falta o básico para trabalhar, como é o caso dos compressores, que há muito tempo estamos denunciando."

O presidente reforçou que para que não haja greve será necessário o imediato cumprimento das decisões judiciais.

Imbróglio

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a paralisação, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Recentemente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

Pontos que seguem em funcionamento

DISTRITO ANHANDUIZINHO

  • CF Dr. Mauro Rogério de Barros Wanderley - Iracy Coelho
  • USF Paulo Coelho Machado
  • USF Dr. Wagner Jorge Bortotto Garcia - Mário Covas
  • USF Dr. Jorge David Nasser-Jockey Club
  • USF Nova Esperança
  • USF Dr. Olimpio Cavalheiro - COHAB
  • USF Dom Antônio Barbosa
  • USF Los Angeles
  • USF Macaúbas

Subtotal: 9 unidades - 20 profissionais

DISTRITO BANDEIRA

  • USF Dr. Germano Barros de Souza - Universitário
  • USF Dra. Maria José de Pauli - Três Barras
  • USF Maria Aparecida Pedrossian - MAPE
  • USF Edson Quintino Mendes - Jardim Itamaracá
  • USF Moreninha

Subtotal: 5 unidades-13 profissionais

DISTRITO CENTRO

  • USF Vila Carvalho - Dr. Pedro Nango Dobashi

Subtotal: 1 unidade - 1 profissional

DISTRITO SEGREDO

  • CF Dra. Márcia Guedes de Sá Earp - Nova Lima
  • USF Dr. Fernando de Arruda Torres - José Tavares
  • USF Mestre José Alberto Veronese - Jardim Seminário (Policlín
  • USF Vida Nova

Subtotal: 4 unidades - 9 profissionais

DISTRITO LAGOA

  • USF Or. Alberto Neder - Calçara
  • USF Dr. Hirose Adania - Bonança
  • USF Alfredo Neder-Coophavila II
  • USF Portal Calobá
  • USF Santa Emilia
  • USF Dr. Hélio Martins Coelho-Jardim Batistão

Subtotal: 6 unidades-14 profissionais

DISTRITO IMBIRUSSU

  • USF Dr. Sumie Ikeda Rodrigues - Serradinho

  • USF Albino Coimbra Filho - Santa Carmélia

Subtotal: 3 unidades - 9 profissionais

DISTRITO PROSA

  • USF JD Marabá
  • USF JD Noroeste

Subtotal: 2 unidades - 6 profissionais

UNIDADE COM PARALISAÇÃO PARCIAL

  • USF Aero Itália-1 profissional

Saiba* 

Nas 44 unidades de saúde em que as atividades serão suspensas, contratados e residentes seguirão trabalhando. 

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Destaque

Dourados atinge universalização do saneamento básico com mais de R$ 191 mihões em investimentos

Repasses contemplam 90,07% de área de cobertura de esgoto no município do interior

15/12/2025 15h00

Foto: Divulgação

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Às vésperas de completar 90 anos, Dourados alcança um marco histórico quanto a universalização do saneamento básico, avanço que é reflexo da ampliação da rede de água tratada, aceleração de obras de esgotamento sanitário e ajustamento das metas do Marco Legal do Saneamento oito anos antes do prazo estabelecido para 2033.

Desde janeiro de 2023, o executivo estadual investiu R$ 191,8 milhões no setor, repasses que contemplaram 90,07% de área de cobertura de esgoto no município do interior. Com a ação, Dourados passa a figurar entre as cidades brasileiras com maior índice de atendimento, fatores que elevam a sua posição em rankings de saneamento do País. 

Quanto ao volume de obras executadas em tratamento de água, os dados da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) mostraram aplicações de R$ 63.937.253,48 em recursos próprios, R$ 34.450.299,83 por meio de financiamentos e R$ 2.498.450,25 em outros investimentos. 

No esgotamento sanitário, o aporte total inclui R$ 29.337.572,93 em recursos próprios, R$ 16.641.625,00 financiados e R$ 45.028.347,86 provenientes do Governo Federal.

Do montante geral, R$ 37.378.321,58 já foram concluídos, R$ 107.089.498,13 estão em andamento e R$ 47.425.729,64 encontram-se programados para execução, completando R$ 191.893.549,35 investidos na atual gestão.

Para o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, os efeitos da expansão são estruturantes.

“Saneamento é futuro. É a base que garante saúde, valoriza os imóveis, atrai investimentos e protege o meio ambiente. Esses mais de R$ 191 milhões aplicados agora, todos dentro da gestão do governador Eduardo Riedel, entregam um legado que beneficia gerações futuras. Dourados entra para a lista das cidades que tratam seu esgoto, cuidam da água e asseguram um desenvolvimento que não destrói, mas preserva”, afirma.

O resultado está alinhado ao planejamento estratégico da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), responsável pela execução das obras.

“Cada real investido em saneamento é uma entrega direta na vida das pessoas. É menos criança doente, é mais dignidade dentro de casa, é valorização de bairro e é uma cidade preparada para os próximos 50 anos. Fizemos aqui uma decisão de governo: antecipar metas do Marco Legal e transformar Dourados em referência nacional”, afirmou o governador Eduardo Riedel (PP). 

O líder do executivo estadual destacou que a política municipalista adotada pelo Estado tem sido determinante para acelerar a infraestrutura urbana de grandes municípios.

Na prática, a universalização traz reflexos diretos na qualidade de vida da população. Entre eles estão a redução do uso de fossas, a proteção dos córregos urbanos, a diminuição do risco de contaminação do solo e a ampliação da segurança hídrica. 

O ciclo de investimentos também impulsiona a economia douradense, fortalece o comércio, amplia a competitividade regional, incentiva a instalação de novas empresas e melhora os indicadores sociais, fatores que reforçam a importância do saneamento como motor de desenvolvimento socioeconômico.

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