Cidades

CASO SOPHIA

Investigação sobre atendimento dado à Sophia chega na reta final, mas envolvidos não serão punidos

Secretaria de Saúde informou que sindicância tem o objetivo de identificar falhas no atendimento, mas não identificar culpados

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Quase três meses após a morte da menina Sophia de Jesus Ocampo, espancada pela mãe e pelo padrasto até a morte, aos dois anos de idade, a Secretária Municipal de Saúde de Campo Grande afirmou que a sindicância aberta para apurar falhas no atendimento dado à criança nas mais de 30 vezes em que ela foi levada à unidades de saúde da Capital está em fase de conclusão. 

Ao Correio do Estado, a pasta informou que o resultado das investigações podem ser publicadas até o final de abril, mas este prazo ainda não é definitivo, já que as apurações podem se prolongar por mais algum tempo. 

Ainda de acordo com a secretaria, todas as informações recolhidas são sigilosas, mas adiantou que não o fato está sendo apurado com o objetivo de entender onde houve falhas durante os atendimentos e aperfeiçoar o que for preciso para que casos como o de Sophia não se repitam. 

A pasta também destacou que a sindicância é administrativa e não tem o objetivo de apontar os profissionais que foram negligentes com o atendimento da menina, que em novembro do ano passado, quando foi levada pela mãe â Unidade de Pronto Atendimento do Coronel Antonino, já apresentava diversos sinais de maus-tratos, como arranhões e hematomas pelo corpo. 

Por outro lado, a possibilidade de aplicar punições aos funcionários responsáveis não é descartada, mas essa decisão será tomada apenas depois que a sindicância administrativa for concluída.

Para isso, será preciso que a investigação dos fatos mostre evidências de que determinado funcionário ou médico agiu com negligência durante o atendimento de Sophia, já que é obrigação do profissional reportar à polícia casos de violência física contra crianças, mulheres, idosos ou qualquer outra pessoa que esteja em uma posição de vulnerabilidade. 

“O objetivo [da sindicância] é identificar possíveis falhas no fluxo de atendimento como um todo e estabelecer melhorias para que estes mesmos erros não se repitam.”, disse a Sesau. 

As investigações foram motivadas pelo fato de que, além dos sinais físicos de maus-tratos, a menina foi levada mais de 30 vezes às unidades de urgência e emergência, o que é uma quantidade bem elevada para uma criança saudável, e isso não ter sido observado por nenhum profissional envolvido no atendimento da criança. 

De acordo com o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, ainda há o fato de que sua filha quebrou a tíbia e precisou ficar com a perna engessada, mas a mãe, Stephanie de Jesus da Silva, não foi questionada sobre as causas do trauma.

Por sua vez, a advogada que representa o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, Janice Andrade, afirmou que não acredita na punição dos profissionais da saúde que atenderam a menina e questiona o motivo de abrir uma sindicância que não irá responsabilizar os responsáveis 

“Por que fizeram a sindicância e não é para apurar e punir administrativamente os agentes que falharam no caso?”, pontuou, completando que acredita que ninguém será punido mesmo se uma segunda sindicância for aberta. 

Andrade ainda reforça que não observou qualquer melhoria no atendimento às crianças vítimas de maus-tratos e afirma que o estudo feito pela Sesau sobre quais os pontos precisam ser melhorados no atendimento não surtirá efeito positivo.

RELEMBRE O CASO

Sophia de Jesus Ocampo, de dois anos, chegou morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, em Campo Grande, no dia 26 de janeiro, após ser espancada pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos, e pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva.

O laudo necroscópico indicou que a pequena Sophia morreu por um traumatismo na coluna causado por agressão física. 

A criança apresentava, ainda, sinais de estupro, crime comprovado após análise feita pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). 

Conforme Janice Andrade, a audiência de instrução e julgamento de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Leitheim deve acontecer no dia 17 de abril.

ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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