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Investigado, empresário recebeu R$ 164 milhões em Corumbá e desmatou bioma

André Patrola tem 4 contratos vigentes com a prefeitura da Capital do Pantanal, além de realizar obras na Estrada Parque

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Na mira do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) sob suspeita de crimes como peculato, corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, o empresário André Luiz dos Santos, proprietário da AL dos Santos, sediada em Campo Grande, tem contratos milionários no Pantanal há 10 anos.

Ele também possui uma propriedade rural no bioma, na qual houve identificação de desmatamento não autorizado.
A empresa de Santos foi contratada para realizar estrada não pavimentada que não atendeu a exigências ambientais. Essa obra, inclusive, leva à fazenda da qual ele é dono.

A participação do empresário em licitações da prefeitura de Corumbá está documentada desde 2013, com obras que já foram encerradas, bem como com contratos em vigência. Nesse período, foram sete contratações da empresa Andre L. dos Santos Ltda, e já foram realizados mais de R$ 164,1 milhões em pagamentos, dos R$ 170 milhões em contratos da empresa (entre ativos e inativos).

A investigação a que o empresário responde atualmente está direcionada aos contratos firmados com a Prefeitura de Campo Grande e é conduzida pela 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital.

O caso recebeu um novo capítulo depois que houve cumprimento de mandados de busca e apreensão, no dia 15, para reunir novas provas envolvendo o empresário e suas conexões com políticos e secretários municipais. Em 2018, ele já havia sido alvo da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, por suspeita de fraude em licitação.

Em Corumbá, a reportagem do Correio do Estado requisitou ao governo municipal retorno se, diante das suspeitas em outras cidades, haveria algum procedimento de apuração local nos contratos com a empresa de André Patrola, como é conhecido o empresário.

"A Prefeitura de Corumbá mantém quatro contratos vigentes com a mencionada empresa. Todos estão em plena execução e os valores estão à disposição no Portal da Transparência. Sobre o assunto, a Município reitera que não foi alvo de nenhuma ação das instituições competentes e que preza pela lisura, transparência e responsabilidade na aplicação dos recursos públicos", informou o governo municipal por meio de nota.

A assessoria do Executivo informou que poderia precisar de mais de um dia para retornar com resposta oficial. No município pantaneiro, a empresa de André Patrola vem realizando diferentes ações. Em 2014, por exemplo, venceu licitação para realizar manutenção, restauração e conservação de vias rurais. 

Esse contrato era para terminar em novembro de 2015, mas acabou aditado em mais de R$ 29,1 milhões e só foi finalizado em novembro de 2019. 

Um aditamento maior ainda foi fechado com a Andre L. dos Santos Ltda em 2017-2018. Nesse contrato, o objeto foi a realização de serviços de limpeza pública. Em vez de terminar em 2018, houve extensão até abril de 2023, com aditamento de R$ 45,5 milhões.

O empresário segue com vínculos fortes com a prefeitura de Corumbá, pois tem quatro contratos vigentes. A empresa é responsável pelos serviços de limpeza pública até julho de 2024, em um contrato com valor de R$ 15.900.595,68. 

Além desse, há a contratação para execução de obras de implantação de revestimento primário em rodovias vicinais nos assentamentos Jacadigo e Taquaral (R$ 15.164.409,82), cujo vínculo só termina em novembro. 
Também na zona rural, há a manutenção de vias nos assentamentos Tamarineiro I, II, Paiolzinho, Taquaral, São Gabriel, Mato Grande e Urucum, além do Distrito de Albuquerque (R$ 9.776.512,70).

Outro contrato vigente é para locação de horas de máquinas e de caminhões destinados à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos. Essa contratação começou em 2018 e era para ser encerrada em dezembro de 2019, mas sofreu aditamentos que totalizam R$ 17.694.656,64.

ATUAÇÃO NO PANTANAL

A ramificação da empresa está espalhada em diferentes esferas do poder público de Mato Grosso do Sul dentro do Pantanal. Além da prefeitura de Corumbá, a empresa Andre L. dos Santos Ltda tem contratos com o governo do Estado por meio da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), para implantação de revestimento primário na Estrada Parque (MS-228). 

Essa contratação começou em julho do ano passado e tem previsão para ser encerrada em dezembro deste ano, com valor de R$ 37.788.580,25.Além desse contrato, há outros quatro em vigência, totalizando R$ 126.535.427,76 que vão sair dos cofres públicos em pagamentos a André Patrola. 

Entre as obras que ele conduz está a intervenção no Pantanal da Nhecolândia, em que foi feito aterro que chega a ter 3 metros de altura e não tem passagens que permitam que a fauna silvestre circule de um lado para o outro, bem como que garantam que o fluxo das águas possa seguir com o ciclo de cheia no bioma.

A identificação da irregularidade foi apontada pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e por produtores rurais no fim de maio. Depois de notificado, o governo do Estado determinou a suspensão das obras para reavaliar os critérios ambientais. 

A ordem de paralisação foi dada após reunião do governador Eduardo Riedel (PSDB) com os titulares da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), Hélio Peluffo.

Essa vicinal em construção leva a uma propriedade que André Patrola adquiriu na região da Nhecolândia. Em maio, houve a identificação de que ele realizou desmatamento além do que tinha sido autorizado.

SAIBA

A Operação Cascalhos de Areia, deflagrada pela 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, mirou quatro empresas da Capital que têm contratos com o município para manutenção de vias sem asfalto e aluguel de maquinário.

Ao todo, os contratos com as empreiteiras, a partir de 2017, ultrapassam os R$ 300 milhões. Entre os principais alvos está o empresário André Luiz dos Santos, conhecido como André Patrola.

VIAGEM

MS: 790 mil veículos devem trafegar na BR-163 no Natal e Ano Novo

No Natal, 343 mil veículos vão passar pela rodovia e 446 mil no Ano Novo

23/12/2025 12h00

BR-163, em MS

BR-163, em MS Gerson Oliveira

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O movimento será intenso neste fim de ano nas estradas que cortam Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade e oportunidade, não perde a chance de curtir o Natal e Ano Novo em outra cidade.

De acordo com a Motiva Pantanal, e estimativa é que 790.279 veículos trafeguem pela BR-163/MS entre 23 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026.

No Natal, entre 23 e 28 de dezembro, 343.326 veículos vão passar pela rodovia. Os dias com maior pico no movimento serão 23, 26 e 27 de dezembro.

No Ano Novo, entre 29 de dezembro até 5 de janeiro, o tráfego será de 446.953 veículos. Os dias mais movimentados serão 2, 3 e 4 de janeiro.

Operação Fim de Ano, da Motiva Pantanal - antiga CCR MSVia - iniciou às 00h desta terça-feira (23) e vai até 5 de janeiro.

BR-163

A BR-163 é a rodovia que corta o sul-norte de Mato Grosso do Sul. Possui 845,4 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, sendo elas:

  • Mundo Novo
  • Eldorado
  • Itaquiraí
  • Naviraí
  • Juti
  • Caarapó
  • Dourados
  • Douradina
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Campo Grande
  • Jaraguari
  • Bandeirantes
  • Camapuã
  • São Gabriel do Oeste
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Coxim
  • Sonora
  • Pedro Gomes

A BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) possui nove praças de pedágio, nos municípios de Sonora, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Campo Grande, Rio Brilhante, Dourados, Naviraí e Mundo Novo.

A rodovia é 100% monitorada por 477 câmeras de monitoramento, distribuídas ao longo da BR-163/MS, permitindo acompanhamento em tempo real das condições de tráfego e apoio às ações integradas com a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul (PRF/MS).

ORIENTAÇÕES

Se for pegar estrada neste fim de ano, é necessário que o condutor:

  • Não dirija caso consuma bebida alcoólica
  • Não dirija cansado ou com sono
  • Use cinto de segurança
  • Respeite a sinalização
  • Respeite o limite de velocidade da via
  • Porte documentos oficiais com fotos, os quais devem estar quitados
  • Realize revisão do carro: pneus, limpadores de para-brisa, freios, nível de óleo, bateria, lâmpadas, lanterna e extintor

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

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