Cidades

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"Jamais me preparei para que um cliente preso morresse nas mãos do Estado", diz advogado de Jamil Name

Advogado afirma que Name foi negligenciado no presídio, o que corresponde a "uma pena de morte"

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O advogado de Jamil Name, Tiago Bunning, se mostrou indignado com a morte do cliente na penitenciária de Mossoró (RN), no domingo (27).

Jamil Name morreu aos 82 anos, por complicações da Covid-19.

Segundo o advogado, o Estado negligenciou auxílio médico para o Name, o que foi interpretado pela defesa como uma "pena de morte".

"Jamais me preparei para que um cliente preso morresse nas mãos do Estado. Não ensino isso aos meus alunos e não aprendi isso com os meus professores, porque no nosso país a pena de morte não existe", disse.

Últimas Notícias

Name estava preso desde 2019, quando foi detido durante a Operação Omertá e acusado de chefiar milícia armada responsável por diversas execuções no Estado.

Ele já havia tomado às duas doses de vacina contra a Covid-19 e foi diagnosticado com a doença em 31 de maio, mesmo dia que foi internado.

Bunning afirma que Jamil Name, além de se enquadrar no grupo de risco por ser idoso, com 82 anos, também sofria com diabetes, hipertensão, dificuldade de locomoção, audição, visão e várias outras doenças crônicas.

O advogado alega ainda que Name começou a apresentar sintomas desde 27 de março deste ano, como diarreias contínuas, que provocaram desnutrição, mas que foi mantido na prisão por alguns dias antes de receber atendimento adequado.

Ele foi internado na enfermaria da Unidade Penal, em Mossoró, e no dia 26 maio foi transferido as pressas para uma UTI.

Além disso, antes da contaminação de Jamil já haviam sido confirmados 70 casos positivos de Covid-19 na Penitenciária Federal de Mossoró, sendo 69 agentes e 1 interno, conforme o advogado.

"Todas essas informações foram cerceadas da defesa que mesmo solicitando não recebia os prontuários médicos atualizados há mais de um ano, desde março de 2020", completou Bunning.

A defesa tentava a transferência de Name para um hospital no Distrito Federal, para o tratamento da Covid-19.

No início deste mês, no dia 6, ele teve sete prisões preventivas suspensas pelo juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, após pedido de prisão domiciliar requerido pelos advogados, com a justificativa que Jamil estava intubado e não apresentava riscos.

Ele recebeu autorização para transferência para um hospital particular em Brasília, mas a instabilidade no quadro de saúde o impediu de deixar Rio Grande do Norte.

"O Estado pode tirar a liberdade de qualquer pessoa, mas não deve tirar a vida de ninguém. A morte de Jamil Name foi uma tragédia anunciada", completou Bunning.

Chefe da mílicia

Jamil Name foi preso nas primeiras fases da Operação Omertá, deflagrada em setembro de 2019. 

Na época, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil prenderam policiais, empresários e guardas municipais investigados por serem membros de grupo de extermínio.

Conforme informações do Ministério Público, a suspeita é que grupo chefiado por Jamil Name e o filho Jamil Name Filho, teria executado ao menos três pessoas em junho de 2018, na Capital.  

Duas das mortes interligada aos Name, foram a do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson de Figueiredo e do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, morto a tiros de fuzil em abril de 2019, enquanto manobrava o carro do pai.

Um mês após a morte de Matheus, policias do Garras e do Batalhão de Choque desmantelaram um arsenal de armas que estava em posse de um guarda municipal. Conforme o Gaeco, as armas pertenciam aos grupo de extermínio e investiga se eram utilizadas nas execuções.

Histórico

A vida de luxo de Jamil Name começou em 1957, quando morava em São Paulo. Em 1958 foi morar sozinho em Campo Grande, onde fez sociedade com um conhecido e passaram a fazer anotações de jogo de bicho e pif-paf.

Depois de algum tempo desfez a sociedade e passou a fazer a anotação do jogo sozinho. Após isso, fez sociedade em negócio imobiliário, fundando a imobiliária Fena, fazendo muitas transações em terras em Mato Grosso (antes da divisão), São Paulo e Paraná.  

Abriu também diversos loteamentos de condomínios na Capital de Mato Grosso do Sul. Name era dono de diversas empresas, inclusive do Jóquei Club, já foi presidente do Operário Futebol Clube e teve seu nome envolvido em negócios ilícitos.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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