Cidades

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Jamil Name Filho vai a júri pela morte de Playboy da Mansão em setembro

Empresário foi assassinado em 2018; Jamilzinho é acusado de ser o mandante, motivado por vingança por ter levado um soco no nariz anteriormente

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Pouco mais de um ano após o júri do século, em que foi condenado a 23 anos de prisão, Jamil Name Filho voltará ao banco dos réus, desta vez acusado de participação no assassinato do empresário Marcel Hernandes Colombo, 31, conhecido como playboy da mansão, morto em 2018 em Campo Grande.

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, marcou para os dias 16 a 19 de setembro de setembro o julgamento, em despacho publicado nessa segunda-feira (3).

Além de Jamilzinho, também são réus o ex-guarda Municipal Marcelo Rios e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro de Assis.

Eles vão responder por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe, além de tentativa de homicídio contra outro rapaz que foi baleado.

Jamil Name e José Moreira Freires também eram réus, mas morreram no decorrer do processo, enquanto outro ex-guarda, Rafael Antunes Vieira, responde por porte ilegal de arma de fogo.

O júri era esperado para ser realizado no ano passado, mas ficou para 2024 devido a questão de logística, tendo em vista que irá ocorrer com a presença do réu, que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública será responsável pela transferência dos acusados durante o período de júri.

Jamil Name Filho e Marcelo Rios já foram condenados pelo assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier, no chamado júri do século, realizado durante três dias em julho do ano passado.

Playboy da Mansão

Marcel Hernandes Colombo foi assassinado em um bar situado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018.

Ele e mais dois amigos estavam sentados à mesa na cachaçaria, quando por volta da 0h, um suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.  

A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.

A motivação do crime, conforme o processo, seria vingança por um desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Jamilzinho.

José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram os intermediários, sendo encarregados de levantar informações sobre a vítima, e Juanil Miranda foi o executor.

O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por ocultar a arma usada no crime.

Júri do século

Em julho deste ano, Jamilzinho foi condenado a 23,6 anos de prisão por ter sido apontado como o mandante da execução do estudante de Direito, Matheus Xavier, então com 20 anos de idade, em abril de 2019, também em Campo Grande.  

O ex-guarda municipal Marcelo Rios, também foi condenado pela execução do garoto, a 23 anos de prisão. Os jurados aceitaram a tese do Ministério Público de Mato Grosso do Sul que ele teve papel de intermediário no fuzilamento do rapaz no portão de casa. 

Vladenilson Daniel Olmedo também está condenado pelo Tribunal do Júri: ele foi submetido a uma pena de pena de 21 anos e 6 meses pelo corpo de jurados.

O julgamento teve início no dia 17 de julho de 2023 pela manhã, e foi encerrado no dia 19, pouco depois das 23h. 

Pelo apurado por investigadores do caso, a ordem determinada por Jamilzinho, passada a dois pistoleiros, quem deveria morrer seria um ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Xavier, o PX, pai da vítima, que seria desafeto do réu. Os matadores, para os denunciantes, erraram a missão e atiraram no filho, ao invés do pai. 

Saúde

Paralisadas desde fevereiro, volta de cirurgias na Santa Casa deve demorar

Hospital filantrópico aguarda recurso prometido pelo governo do Estado para retomar a normalidade de atendimentos

09/04/2025 09h30

Unidade de pronto-socorro da Santa Casa da Capital segue cheia

Unidade de pronto-socorro da Santa Casa da Capital segue cheia Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A realização de cirurgias eletivas na Santa Casa de Campo Grande ainda deve demorar para ser retomada, segundo o hospital. Isso porque a verba repassada na semana passada pelo governo do Estado só deve chegar à conta do centro médico no dia 20, e para a retomada dos procedimentos são necessários medicamentos que dependem desse recurso para serem adquiridos.

Conforme o hospital, por conta da escassez de abastecimento de equipamentos, a Santa Casa priorizou o atendimento no pronto-socorro e chegou a mencionar para reportagem do Correio do Estado que poderia fechar o setor e não receber novos pacientes, tendo em vista a superlotação que se deu início no fim de março.

“Sobre o retorno do atendimento normal na Santa Casa, esclarecemos que o recurso financeiro prometido pelo governo do Estado será disponibilizado no dia 20/4. Até que esse recurso seja efetivamente recebido, não será possível retomar integralmente os atendimentos, uma vez que dependemos da aquisição de insumos e do pagamento das folhas salariais dos médicos”, informou a Santa Casa, em nota.

Em relação aos atendimentos no pronto-socorro, o hospital reiterou que ainda faltam insumos e, por esse motivo, o atendimento também segue restrito.

“No momento, os atendimentos continuam restritos a casos de urgência e emergência, garantindo a segurança dos pacientes. A retomada dos atendimentos em outras áreas, como cirurgias programadas e procedimentos não emergenciais, ocorrerá assim que os insumos necessários forem adquiridos”, completou o hospital filantrópico.

Por conta da sobrecarga nos atendimentos prestados no pronto-socorro, a Santa Casa enviou um ofício no mês passado para a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), pedindo que a responsável pelo envio de pacientes até o hospital suspendesse o encaminhamento de novos atendimentos que não fossem de emergência, alegando incapacidade de tratar novos pacientes, em razão da superlotação e do desabastecimento de insumos, principalmente no setor ortopédico.

Naquela semana, o setor que deveria atender 13 pacientes tinha mais de 80 internados. No começo desta semana, porém, o número já havia caído para 63 internações.

REPASSE

Os recursos que serão destinados para a Santa Casa são oriundos de emendas parlamentares da bancada federal de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 25 milhões.

Esse valor, antes de chegar na conta bancária do hospital, vai passar pelo Fundo Estadual de Saúde, sendo transferido para a Santa Casa em parcelas mensais, conforme informou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, durante reunião com o hospital, na semana passada.

“É um compromisso de transferências de recursos, em torno de R$ 25 milhões, em três parcelas de R$ 8,3 milhões, a fim de dar a oportunidade de suprir, principalmente, os estoques de material e medicamento, que nesse momento estão impedindo que a Santa Casa execute a assistência hospitalar, que é a sua função”, explicou o secretário.

A Santa Casa também se pronunciou sobre a reunião que formalizou esse repasse e discutiu a situação do hospital, na qual o governador Eduardo Riedel cobrou uma mudança estrutural e no modelo de gestão da unidade de saúde.

“Sobre o novo modelo de gestão anunciado pelo governador, destacamos que ele trará benefícios significativos para a Santa Casa. Com essa medida, apenas pacientes de alta complexidade, cuja assistência é característica da Santa Casa, serão encaminhados para a instituição. Essa mudança permitirá um atendimento de maior qualidade, reduzindo a sobrecarga da Santa Casa”, declarou.

Na fala, o governador afirmou que “é necessário que haja uma mudança no modelo de gestão, uma mudança estrutural”, explicou Riedel, sem dar mais detalhes sobre como seria essa mudança.

LEITOS

Para suportar a alta demanda por atendimentos nos hospitais de Campo Grande, a prefeitura da Capital pretende ampliar o número de leitos, que atualmente se encontram todos ocupados. 

Conforme informou a Sesau, para resolver esse problema, 50 leitos devem ser disponibilizados para unidades filantrópicas.

“Nós temos deficit de leitos, nós estamos em uma emergência de vírus respiratórios e continuamos com o problema. Hoje, nós temos aproximadamente 1,3 mil leitos, e eles estão todos ocupados, por conta de cirurgias eletivas e do alto registro de acidentes”, declarou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite Melo, em reportagem do Correio do Estado.

A falta de leitos vem resultando em uma fila de espera cada vez maior na Capital. Quem enfrenta a mesma situação são os hospitais particulares, conforme informou o Hospital Cassems de Campo Grande. A instituição está trabalhando acima da sua capacidade operacional, com 100% dos leitos ocupados.
“A alta demanda é reflexo do atual surto de doenças respiratórias que atinge nossa cidade. Diante desse cenário, estamos empenhados em ampliar nossas equipes para melhor atender a todos os pacientes”, afirmou a Cassems, em nota.

Saiba

O encaminhamento das emendas parlamentares foi revelado pelo titular da SES durante audiência pública em Campo Grande, que ocorreu no dia 19 de março, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

*Colaborou Daiany Albuquerque

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Investimento bilionário

Campanha contra leilão não deve prosperar, diz deputado

Parlamentares de MS querem ingressar no MPF com um pedido para paralisar a concorrência da BR-163, seis anos após o processo de relicitação ter começado

09/04/2025 09h00

Projeto que está na Bolsa de Valores prevê que 203 km da rodovia receberão pista dupla a partir da vitória no leilão marcado para maio

Projeto que está na Bolsa de Valores prevê que 203 km da rodovia receberão pista dupla a partir da vitória no leilão marcado para maio Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A única voz contrária à ideia de paralisar o leilão da BR-163, que está marcado para ocorrer no dia 22 de maio, foi a do deputado federal Geraldo Rezende (PSDB), durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira, na Câmara Municipal de Campo Grande, pelos deputados estaduais.

Para Rezende, a ideia de parar o processo licitatório – o qual demorou seis anos para ter um fim – não deve prosperar no Ministério Público Federal (MPF), uma vez que os parlamentares prometem entregar um documento em que lista as supostas irregularidades cometidas pela CCR MSVia na gestão da BR-163, que começou em 2014.

No pedido encabeçado pelos deputados estaduais e apoiado pela Câmara Municipal e por alguns deputados federais, os parlamentares pedem – além da paralisação do certame – que o pedágio não seja mais cobrado nas praças e que haja uma investigação sobre os números da concessionária.

A CCR MSVia é uma empresa de capital aberto e que tem as contas analisadas também pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de órgãos federais de fiscalização.

“Eu acredito que esse pedido dos deputados não deve prosperar. Não deve ter nenhum procurador do MPF que dê guarida a um pedido tão extemporâneo quanto esse. Isso é um desserviço e impacta vidas em Mato Grosso do Sul”, opinou Rezende.

A avaliação de extemporaneidade do parlamentar se dá porque a CCR MSVia está desde 2017 sem fazer novos investimentos na BR-163 – quando pediu o reequilíbrio do contrato – e por ela ter entregue a concessão para o governo federal em 2019, como mostrou o Correio do Estado em reportagem publicada na edição de ontem.

Além disso, desde que o contrato original deixou de ter valor, a empresa segue como responsável pela rodovia por meio de aditivos feitos pela ANTT. Durante todo esse tempo, nenhum pedido de investigação sobre a não realização das obras previstas no contrato inicial teve tanto afinco dos deputados estaduais como o de agora.

Inclusive, durante todo esse tempo citado de entrega da concessão, alguns dos parlamentares que hoje apoiam a paralisação do leilão já estavam no Legislativo, como é o caso do deputado estadual Junior Mochi (MDB) e do atual presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP).

“Essa manifestação pode atrasar ainda mais o processo de obras na rodovia, que já ficou parado por seis anos. Por mais que a BR-163 não seja toda duplicada, vai ter algumas partes que serão – mais do que temos agora. Então, retardar o leilão, suspender, vai ocasionar mais seis anos de espera, e aí sim vai continuar perdendo vidas na rodovia”, alegou Rezende.

Sobre a perda de vidas citada pelo parlamentar, isso é referente à reclamação do vereador Professor Riverton (PP), feita durante a audiência pública, sobre a quantidade de mortes registradas no Anel Viário de Campo Grande. Segundo ele, foram sete ao longo do ano passado.

O pedido do parlamentar é de que o anel viário fosse refeito fora do perímetro urbano da Capital, projeto já descartado pela CCR MSVia. 

No entanto, segundo a proposta, todo o trecho da rodovia que passa por Campo Grande deverá ter pista duplicada, o que também deve melhorar o fluxo de veículos e pode resultar na queda de acidentes.

“Esse modelo de leilão da BR-163 é o mesmo que foi aplicado no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e deve ser o mesmo que vai ser usado para a reativação da Malha Oeste”, ressaltou Rezende.

O leilão atual foi costurada pelo governo federal com a CCR MSVia e o governo do Estado, uma forma de solução amigável para que os investimentos retornassem na rodovia. O certame, porém, poderá receber propostas de outras empresas que não sejam ligadas à CCR. Vence aquela que apresentar números mais vantajosos para a rodovia do que o projeto já acordado contra a atual concessionária.

Entretanto, no caso de não haver nenhum outro grupo interessado, a CCR MSVia permanece com a rodovia e com a obrigação de investir quase R$ 17 bilhões ao longo de 30 anos na BR-163.

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