Com Jamil Name, de 82 anos, internado há 15 dias com Covid-19, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogerio Schietti Cruz, quer explicações do Presídio Federal de Mossoró de como o acusado de chefiar milícia contraiu o vírus.
Com isso, no Habeas Corpus, Schietti pede, com urgência, ao diretor do Presídio quantos casos de contaminação de coronavírus foram registrados entre agentes e internos até o dia 25 de maio.
Além disso, quais hipóteses da contaminação de Name e quais os cuidados adotados antes e depois da constatação do teste positivo para a Covid-19.
De acordo com o advogado de defesa, Tiago Bunning, é difícil saber como ocorreu a infecção, já que ele não estava isolado.
"Não temos como saber. Mas, ele não estava isolado. O banho de sol é com outros internos, além do contato diário com agentes. Eu sempre alertei para este risco", ressalta.
Internação
Jamil está internado desde o dia 31 de maio, em um hospital particular de Mossoró (RN). Já no dia 2 de junho foi intubado por complicações da doença.
Na semana passada foi extubado, mas ontem (13) precisou ser pronado e intubado novamente.
No dia 7 de junho, a defesa de Jamil Name conseguiu autorização do STJ para transferi-lo à uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Hospital particular em Brasília.
No entanto, devido a essa instabilidade, a transferência não tem data definida.
Prisão
Name foi preso em 27 de setembro de 2019, na Operação Omertà, sendo apontado como chefe de milícia e responsável por uma série de assassinatos no Estado.
No dia 30 de outubro do mesmo ano, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró, onde permanece desde então.
Os advogados já tentaram mais de 20 pedidos de prisão domiciliar para Jamil Name, se for contabilizada todas as instâncias. No entanto, todos foram negados.