Cidades

CAMPO GRANDE

Justiça absolve ex-delegado-geral que parou garota a tiros após briga de trânsito

Adriano Geraldo já havia sido inocentado pela Corregedoria e, mais recente, Judiciário reconheceu que ele agiu no exercício de dever legal

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Assinada pelo Juiz de direito, Marcio Alexandre Wust, em documento que data deste último 15 de dezembro, a absolvição do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, é publicada quase dois anos e 10 meses após o comissário parar a tiros uma garota após uma briga de trânsito. 

Nesse caso que se arrasta por dois anos, nove meses e 27 dias, o ex-chefe da Polícia Civil respondia à Justiça pela perseguição que começou na avenida Mato Grosso, em Campo Grande. 

Conforme os fatos narrados sobre a dinâmica  dia 16 de fevereiro de 2022, Adriano Garcia conduzia um Cruze, branco, que era viatura oficial descaracterizada, sem símbolos ou insígnias oficiais, quando  a condutora de Kwid vermelho teria mostrado o dedo do meio após ouvir as buzinas, o que teria sido os estopim de uma verdadeira perseguição pelas ruas da cidade morena. 

Como bem apontam os advogados de Adriano,  Lucas Rosa e Ronaldo Franco, a conclusão do relatório final do inquérito policial seguiu o que já era apontado pela defesa. 

"A conduta de Adriano foi uma abordagem policial bem executada tecnicamente, de modo proporcional e sem excessos, diante de uma atividade suspeita que colocava em risco a segurança de terceiros", expõem. 

Com isso, as denúncias feitas contra ele, pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, foram julgadas improcedentes, com Adriano sendo absolvido das seguintes pretensões punitivas: 

  • Disparar arma de fogo em lugar habitado, em via pública ou em direção a ela, por três vezes.
  • Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
  • Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem sabe inocente.
  • Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência ou grave ameaça.

Relembre 

Toda a perseguição teria começado após a jovem, Iasmin Teruya Oshiro, afogar o carro que conduzia pela avenida Mato Grosso e ficar parada no trânsito. 

Conforme denúncia do Ministério Público, após as contínuas buzinas e de Iasmin retrucar mostrando o dedo do meio - ambas as condutas sem qualquer tipo de prova documental ou testemunhal, segundo relatório final - a jovem passou a ser perseguida assim que conseguiu religar seu carro. 

Após fechar a jovem na rua Nortelândia, o delegado teria descido com arma em punho e dado a ordem para que ela saísse do veículo. 

Conforme a denúncia, ela não sabia que se tratava de abordagem e seguiu o trajeto, quando dois disparos de Adriano atingiram os pneus traseiros do caso de Iasmin. 

Houve ainda um terceiro disparo, que também atingiu o pneu enquanto ela seguia pela rua Antônio Maria Coelho, com a jovem sendo novamente fechada por fim na Av. Mato Grosso. 

Imagens de câmeras de segurança divulgadas à época mostram que a jovem permaneceu dentro do carro, enquanto o delegado, com arma em punho, batia no vidro da janela mandando que ela saísse, gritando que era policial.

Inocentado pela Corregedoria

Vale lembrar, como abordado à época em reportagem do Correio do Estado, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul inocentou o ex-delegado Adriano Garcia Geraldo pela perseguição e briga no trânsito.

Conforme o relatório da investigação da briga no trânsito, datado em 17 de maio deste ano, assinado pelo delegado Wilton Vilas Boas de Paula, a motorista que teve os pneus furados foi considerada culpada. 

“A desobediência à ordem legal de parada, emanada por agentes públicos em contexto de policiamento ostensivo, para prevenção e repressão de crimes, constitui conduta penalmente típica”, informa o texto. 

A conclusão do inquérito aponta que é “evidente que a abordagem realizada se tratava realmente de uma abordagem policial, um tanto questionável no início, mas muito evidente em seu desfecho”.

Desse modo, a alegação do ex-delegado, dizendo que a perseguiu por uma suspeita, foi aceita como um ato de proteção à população. 

No relatório, é destacado que a jovem deveria ter parado imediatamente ao primeiro sinal de Adriano, mesmo ele estando descaracterizado. Entretanto, ela alega ter ficado assustada com a abordagem do carro descaracterizado.

Por fim, foi concluído que ela dirigia de forma irregular, já que ela teria invadido a faixa de rolagem, “fechando” o carro em que estava Adriano. 

 

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Seleção 2025

Com 1,7 mil vagas, IFMS divulga resultado de processo seletivo nesta terça-feira

São 11 opções de cursos distribuídos em todos os campi do Estado

16/12/2024 14h34

Arquivo

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) divulga nesta terça-feira (17), o resultado final do Exame de Seleção 2025, prova para ingresso nos cursos técnicos integrados ao ensino médio.

Ao todo são oferecidas 1.760 vagas em 11 opções de cursos, nas cidades de Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. Os aprovados começam a estudar em março de 2025.

Cursos ofertados nas áreas de Edificação; Informática; Eletrotécnica; Administração; Mecânica; Metalurgia; Agropecuária; Desenvolvimento de Sistemas; Informática para Internet; Agricultura e Alimentos.

Realizado em outubro último, o exame contou com 30 questões de múltipla escolha, sendo 10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e outras 10 de conhecimentos gerais.

Cabe destacar que metade das vagas é reservada a estudantes que cursaram todas as séries do ensino fundamental em escola pública, sendo que parte irá para quem tem renda per capita menor que um salário mínimo e a outra parte para quem tem qualquer renda.

Há vagas reservadas para negros e pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Neste tipo de curso, o estudante faz os três anos do ensino médio e, ao mesmo tempo, cursa disciplinas específicas de um curso técnico. Ao final, é possível ingressar no mundo do trabalho e/ou em um curso superior.

Os resultados preliminares puderam sem acompanhados pelos inscritos nos últimos dias 12 e 13 aqui

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concorrência

Por que Campo Grande tem a gasolina e etanol mais baratos entre as capitais?

Custo do etanol já era o menor, mas pesquisa da ANP aponta que agora o preço médio da gasolina também é o melhor entre as capitais

16/12/2024 13h20

Preço médio do etanol em Campo Grande, segundo a ANP, subiu quatro centavos na última semana e está em R$ 3,78

Preço médio do etanol em Campo Grande, segundo a ANP, subiu quatro centavos na última semana e está em R$ 3,78

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Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) feita durante a semana passada e divulgada no sábado (14) revela que Campo Grande tem o etanol e a gasolina comum mais baratos entre as capitais brasileiras. 

O preço médio do etanol, pesquisado em 15 postos, está em R$ 3,78, o que é quatro centavos a mais que na semana imediatamente anterior. Porém, o combustível pode ser encontrado mais em conta, por até R$ 3,49. 

Na mesma pesquisa, São Paulo aparece em segundo lugar, com preço médio de R$ 3,91, o que é quase 3,5% maior. Na capital paulista a tendência do combustível renovável também é de alta, mas a diferença com relação à semana anterior foi de apenas um centavo. 

E não é somente em Campo Grande que o etanol tem o menor preço médio. Na pesquisa da ANP o estado inteiro apare com o menor custo médio, de R$ 3,87. A pesquisa, segundo a agência, foi feita em apenas 30 postos e o valor máximo foi de R$ 498. Em segundo lugar neste ranking aparece o estado de São Paulo, maios produtor nacional de Etanol, com valor médio de R$ 3,93. No Brasil, o preço médio do etanol é de R$ 4,12.

GASOLINA

Campo Grande e Mato Grosso do Sul aparecem como primeiros colocados no preço do etanol há várias semanas. Desta vez, porém, Campo Grande apareceu também com o melhor preço da gasolina comum, título que pertencia a São Luís do Maranhão.

Nos postos daqui o combustível tem custo médio de R$ 5,73, mantendo o valor da semana anterior. Nos 23 postos pesquisados, o menor valor foi de R$ 5,53 e o máximo, R$ 5,97, o que representa diferença de 7,9% entre o menor e o maior preço. 

Em São Luís, por sua vez, o preço médio da gasolina comum subiu quase 1,6% e passou de R$ 5,66 para R$ 5,75, ficando atrás de Campo Grande. 

EXPLICAÇÃO

Segundo Edson Lazarotto, do sindicato que congrega os proprietários de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul, a explicação para que Campo Grande tenha os melhores preços entre as capitais é a grande competitividade entre os revendedores. 

“Há muito tempo nossa capital se destaca com os menores preços de combustíveis comparados a outras capitais. Como não temos e não podemos ter informações de margens de revendedores, entendemos que pela forte competição que existe entre os postos na Capital, pois são 145 postos em atividades”,  afirma Edson Lazarotto. 

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