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Licitações de obras com dinheiro do BNDES têm deságio mínimo

Governo de MS concluíu nesta semanas as duas primeiras licitações do pacote de obras, e redução sobre o valor máximo estipulado ficou abaixo de 2%

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Com deságio mínimo, o Governo do Estado conseguiu concluir nesta semana as duas primeiras licitações do pacote de obras de pavimentação que pretende realizar com o empréstimo de R$ 2,3 bilhões assinado em novembro do ano passado com o  BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As duas licitações são referentes a 34 dos 570 quilômetros previstos.

Publicação do diário oficial desta sexta-feira (18) concluiu a licitação para a pavimentação de 17 quilômetros da MS-444, em Selvíria. A obra terá preço inicial R$ 39.305.170,97, o que é apenas 1,6% abaixo do máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 39,97 milhões, indicando que, aparentemente, houve interesse mínimo das empreiteiras pela obra.

A empresa vencedora é a Avance Construtora, de Campo Grande, que já tem uma série de contratos milionários com a administração estadual, como cascalhameto de uma estrada no Pantanal e obas de recapeamento na cidade de Paranaíba. 

Os 17 quilômetros cujo resultado da licitação foi oficializado nesta sexta-feira referem-se somente a uma parte (lote 3) da pavimentação da MS-444. A previsão é que sejam lançadas outras duas licitações para concluir outros 30 quilômetros desta rodovia. Por enquanto, sem as duas outras etapas, o asfalto vai acabar “no meio do nada”. 

Uma segunda licitação do pacote de obras bancadas pelo BNDES foi concluída na quarta-feira (16), prevendo a pavimentação de quase 17 quilômetros da MS-380, em Ponta Porã. Apesar de ter praticamente a mesma distância (17 km) que a obra em Selvíria, o custo será 59% maior, chegando a R$ 62,59 milhões. 

A vencedora da disputa é a empresa Nosde Engenharia, de Naviraí, que também tem uma série de contratos do o Govendo do Estado em municípios como da região sul do Estado. Ela ofereceu deságio de apenas 0,99% sobre o valor máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 63.224.386,00. 

A licitação é relativa somente ao primeiro dos dois lotes da rodovia, que tem em torno de 32 quilômetros, nos quais existe a previsão de investimento da ordem de R$ 141 milhões. Ou seja, no segundo lote devem ser investidos outros R$ 78,5 milhões. A licitação para a segunda etapa já está na fase final. 

Este trecho faz parte dos 247 quilômetros de asfalto novo cujos editais de licitação já estão em andamento em que devem ser concluídos antes do final de 2025. A previsão é de que parte destas obras comece ainda neste ano. 

Com os R$ 2,3 bilhões do BNDES, o Governo do Estado pretende melhorar 818  quilômetros de rodovias estaduais. Para isso, terá de entrar com uma contrapartida de R$ 300 milhões. A previsão é de que sejam 570 quilômetros de asfalto novo e outros 250 quilômetros em pistas que serão restauradas.
 

CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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