Cidades

Antigos problemas

Mães de crianças PCD denunciam falta de fraldas e medicação em Campo Grande

Cerca de 80 dias após a Secretaria Municipal de Saúde anunciar insumos para um ano, mães reclamam da falta de produtos essenciais

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Mães de crianças com baixa mobilidade iniciaram o ano reivindicando alimentação especial, fraldas e medicação. Situação que, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foi resolvida emergencialmente em outubro de 2024. O ano novo, entretanto começou com "problemas velhos".

Muito embora no dia 18 de outubro, como bem acompanhou o Correio do Estado, a Sesau tenha afirmado que havia adquirido um lote de alimentação para pelo menos um ano, algumas crianças não têm tido acesso às respectivas fórmulas, que estão em falta no Centro de Especialidades Médicas (CEM).

Em conversa com a reportagem, quatro mães relataram preocupação, já que passaram cerca de 80 dias, e alguns itens essenciais para a vida das crianças continuam em falta.

Entre elas está Joelma Belo, 44, mãe da pequena Maria Valentina dos Santos Belo, 9, portadora da síndrome Cornélia de Lange, que tem deficiência intelectual, física e mental, necessitando de cuidados constantes.

Maria Valentina é alimentada por sonda de gastrostomia de três em três horas. A mãe relatou que, muito embora os insumos relacionados à gastrostomia tenham sido ofertados normalmente, as fraldas e a medicação para refluxo estão em falta.

A mãe conseguiu na Justiça que o município de Campo Grande forneça fraldas, a dieta e a medicação para refluxo (Losec mups), assim como 300 unidades por mês de uma marca específica, por sofrer de alergia. Conforme explicou, a filha usa aproximadamente 9 fraldas por dia.

No entanto, informou que, ao ir retirar no CEM, recebe como resposta que está em falta e não existe prazo para resolver a situação.

“Queríamos nós, mães típicas, que nossos filhos comessem o que fosse fornecido nas prateleiras dos mercados, porém isso não acontece. Minha filha, por exemplo, tem intolerância à lactose e à proteína do leite. Ela faz cocô com sangue e chega até ao risco de morte se não for levada à risca a dieta dela, conforme laudo médico e exames já apresentados no processo anexado na Defensoria. Infelizmente, eles tratam nossos filhos como animaizinhos. E nós, mães, como apenas mais um barraco que vamos aprontar”, desabafou Joelma.

Por conta de não terem sido judicializados, precisa comprar Montelair Montelucaste (para os pulmões), Becan LF (imunidade), Vitamina D, Mylicon (para gases), Floripa (que ajuda na flora intestinal), Peg 4000 (para o funcionamento do intestino) e Zinco.
 

Falta de insumos

Outra mãe que relatou dificuldade em retirar fraldas foi Thais Alves Lopes, 31, mãe de Emilly Maria Alves, 10. Segundo relatou à reportagem, a última vez que conseguiu acesso foi em outubro do ano passado, no dia 17 de outubro.

Foi determinado pela Justiça que o município forneça 120 unidades. Além disso, Thais tem mais uma filha de 3 anos. Por conta de Emilly ser totalmente dependente, não consegue sair para trabalhar, nem possui ajuda nos cuidados com a filha.

“A gente fica à flor da pele com essa injustiça, preocupada, estressada, porque sempre temos que ir atrás, entrar de novo na Justiça. Estou cansada e não tenho nenhum apoio”, contou Thais.

Camila com Isadora

Ansiedade

A mesma situação é enfrentada por Camila Latre Dias, 39, mãe de Isadora Latre Araújo, 11, que retirou 180 unidades de fraldas no ano passado. O cenário foi relatado pela mãe como de “crises de ansiedade constantes” pela falta de acesso ao insumo.

A menina sofre de mielomeningocele, hidrocefalia, bexiga e intestino neurogênico. Ela não tem controle da perda urinária e tem incontinência urinária severa.

 

 

 

Enquanto isso, Enzo de Souza Rodi, 8, filho de Elisangela Silva de Souza, 42, sofre de cardiopatia congênita complexa, paralisia cerebral e hipertensão pulmonar. O menino faz uso de marcapasso e, como tem alergia à lactose, precisa de dieta especial, assim como a irmã.

A última vez que conseguiu retirar as fraldas, segundo a mãe, foi no dia 18 de outubro de 2024. Com a falta, recebeu como justificativa que o Executivo Municipal estava aguardando a licitação.

“Desde o começo do ano estamos recebendo a mesma resposta, que tinha que sair a licitação e, depois que ela fosse publicada no Diário Oficial, seria feita a compra para um ano. A última vez que chegou a fralda foi antes das eleições do segundo turno, e estou há dois meses sem pegar fralda”, contou Elisangela.

O único auxílio que as mães têm para manter os filhos é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo. Com relação ao apoio psicológico por parte da Prefeitura, nenhuma delas recebe auxílio nesse sentido.

Outro lado

 

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) negou que estejam faltando fraldas e medicamentos, afirmando que esses continuam sendo fornecidos normalmente, de acordo com a demanda de cada situação apresentada pelas crianças.

Leia na íntegra:

"A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) informa que mantém todos os esforços para garantir que os insumos e medicamentos fornecidos por via judicial sejam entregues às crianças no prazo e com a qualidade exigida. A Sesau informa que não há falta de fraldas e medicamentos em estoque, com o fornecimento ocorrendo de acordo com cada caso, e que os atrasos pontuais de alguma medicação ou dieta ocorrem principalmente por falhas na entrega por parte do fornecedor responsável, mas que a secretaria está acompanhando caso a caso, inclusive notificando essas empresas, visando assegurar o atendimento das necessidades dos pacientes. A Secretaria reforça seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população, agradecendo a compreensão de todos enquanto continua a atuar de forma diligente para manter a regularidade no fornecimento dos insumos essenciais".

**Matéria atualizada às 18h08 para acréscimo de informações

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Ano Letivo 2025

Prazo de pré-matrícula na rede estadual termina na quarta-feira (08) em MS

A primeira etapa pode ser feita online, por telefone ou presencialmente; confira o passo a passo

05/01/2025 18h30

Bruno Rezende/Secom

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O prazo destinado à primeira etapa da pré-matrícula da Rede Estadual de Ensino (REE) termina na próxima quarta-feira (08). Os responsáveis precisam ficar atentos, pois são os últimos dias para garantir vagas.

São 348 unidades escolares da Rede para o ano letivo de 2025. É importante ressaltar que o processo de matrícula é válido tanto para os alunos que estudam em escolas da rede estadual quanto para os que desejam ingressar.

Saiba como se inscrever

A inscrição pode ser feita de três formas:

  • On-line;
  • Por telefone;
  •  Na sede da Central de Matrículas.

Os que optarem pela inscrição online devem acessar o site por meio do link (www.matriculadigital.ms.gov.br). Já quem preferir fazer a matrícula por telefone tem dois números disponíveis: 0800-647-0028 (fixo) e 3314-1212 (celular).

Caso opte por matricular o estudante presencialmente, basta ir até a sede da Central de Matrículas, localizada na rua Joaquim Murtinho, nº 2.612, no bairro Itanhangá Park.

Divulgação

Quando encerrar a primeira etapa da pré-matrícula, os responsáveis poderão consultar no site Matrícula Digital, no dia 12 de janeiro, a lista de designação, que terá os nomes dos estudantes conforme as unidades escolares e os cursos desejados.

O período para efetivação da matrícula, válido para os estudantes presentes na lista de designação, será entre os dias 13 e 17 de janeiro.

Estrutura

  •  318 unidades escolares em todo o Estado;
  •  120 extensões;
  •  210 mil vagas disponíveis.

Neste ano, a novidade está por conta da ampliação no número de vagas nas escolas de Ensino em Tempo Integral. Em todo o Estado, serão 12 mil novas vagas, com foco no Ensino Fundamental, assim como nos anos iniciais.

A iniciativa foi colocada em prática em 2024 como uma maneira de auxiliar a rede municipal de ensino na distribuição de vagas para a Educação Infantil.

Ano letivo

Segundo a Secretaria de Estado de Educação, o retorno dos professores para a Jornada Formativa será no dia 7 de fevereiro.

Com relação aos estudantes, o início das aulas da Rede Estadual de Ensino será no dia 17 de fevereiro.

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Serviço Voluntário

Alistamento militar feminino tem quase 5 candidatas disputando uma vaga

O alistamento, em caráter voluntário, teve início no dia 1º de janeiro e se encerrará no dia 30 de julho

05/01/2025 17h45

Divulgação Ministério da Defesa

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O Ministério da Defesa divulgou que, somente nos três primeiros dias da abertura das inscrições para o alistamento feminino, mais de 7 mil mulheres se alistaram e estão disputando uma das 1.465 vagas em todo o país.

O número de mulheres que estão se voluntariando para prestar o serviço militar indica que há aproximadamente 4,78 candidatas por vaga, ou quase 5 candidatas disputando uma vaga.

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, em Mato Grosso do Sul, o alistamento feminino está disponível para Campo Grande, Corumbá e Ladário. Até o momento, não foi divulgado o número de militares femininas que serão recrutadas no Estado.

Serviço Militar

A nível nacional, são 1.465 vagas, sendo 1.010 para o Exército, 155 para a Marinha e 300 para a Aeronáutica, com vagas disponibilizadas em Brasília (DF), 13 estados e em 28 municípios.

Para concorrer, a candidata precisa residir no município contemplado no Plano Geral de Convocação e estar completando 18 anos em 2025 (nascidas em 2007).

Ao todo são 28 municípios em 13 estados: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).

Como se alistar

Candidatas podem realizar o alistamento online por meio do link (https://alistamento.eb.mil.br/alistamento) ou presencialmente na Junta de Serviço Militar.

Antes do decreto (Nº 12.454, de 27 de agosto de 2024), publicado no Diário Oficial da União, só era possível o ingresso de mulheres nas Forças Armadas por meio de concurso. Atualmente, são 37 mil mulheres servindo, o que corresponde a cerca de 10% do efetivo.

O papel delas era, em sua maior parte, reservado para áreas de saúde, logística e comunicação (com vagas temporárias). Inicialmente, o acesso era restrito, e a seleção ocorria em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.

Com o decreto que regulamenta o alistamento militar feminino no Brasil, as mulheres poderão seguir nas seguintes forças:

  • Exército: serão incorporadas como soldados;
  • Marinha: seguirão como marinheiros-recrutas;
  •  Aeronáutica: servirão como soldados de segunda classe.

Seleção

O processo seletivo incluirá entrevista, testes de saúde e físicos. Nesse momento, a candidata escolherá a Força que pretende integrar. Cabe ressaltar que será levada em conta a aptidão dela para o cargo e a disponibilidade de vaga.

No serviço militar, não haverá distinção entre homens e mulheres, que terão os mesmos direitos e deveres, assim como passarão por cursos de capacitação profissional em áreas distintas, oferecidos pelo Projeto Soldado Cidadão.

O treinamento físico também será equivalente ao masculino, seguindo a métrica específica para cada Força.

O serviço militar tem duração de 12 meses, podendo ser estendido anualmente, com a possibilidade de chegar a até 8 anos — desde que as duas partes concordem.

Durante o período de serviço à pátria, as militares receberão os mesmos benefícios que os homens, como:

  • remuneração;
  • auxílio-alimentação;
  • licença maternidade;
  • contagem de tempo para aposentadoria.
  • Tempo de serviço.

Concluído o período de serviço, as militares receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço.

No período de reserva, devem se apresentar anualmente por cinco anos após o licenciamento, para que o cadastro no banco de dados dos reservistas permaneça atualizado.

É importante ressaltar que, caso haja necessidade, elas serão convocadas juntamente com os homens, seguindo o que está regulamentado pela Lei do Serviço Militar.

** Colaborou Alicia Miyashiro

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