Cidades

APÓS A TRAGÉDIA

Manolo apaga vídeo sobre alvará e se cala sobre morte em autódromo

Apesar de não comentar o caso ocorrido e apagar as publicações feitas, o influenciador segue usando os stories, por onde compartilha fotos com crianças e mensagens com tom sentimental

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Influenciador digital local, de 39 anos, Rodolfo Manolo - que já acumula cerca de 104 mil seguidores no Instagram - apagou o vídeo postado em que comentava sobre o alvará para o evento do último sábado (1º), além de ainda não ter se pronunciado sobre a morte de Nicholas Yann Santos de Jesus, de 20 anos

No vídeo em questão, o influenciador de Mato Grosso do Sul convocava seus seguidores para a ação que ocorreria no dia 1º e frisava que não seria possível prorrogar o alvará e remarcar a ação batizada de "motor sound Brasil". 

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, que agora interditou temporariamente o autódromo de Campo Grande, já que o espaço estaria notificado por pendências, sendo que o alvará do local também foi caçado de forma temporária. 

"O autódromo estava com um certificado de vistoria válido, com declarações de conformidade do responsável. [Dia 03] foi realizada nova vistoria no local e constatado a irregularidade de algumas exigências para concessão de certificado".

Mais recente o Correio do Estado entrou em contato com Rodolfo, para que pudesse dar sua versão sobre os fatos e se pronunciar a respeito da morte ocorrida em seu evento, porém, até o fechamento dessa matéria não houve retorno, sendo que o espaço segue aberto para posicionamento. 

Ainda, como bem apontou o Correio do Estado, a estimativa é que pelo menos duas mil pessoas compareceram ao autódromo de Campo Grande no última sábado, sendo que, como mostram ainda os vídeos de divulgação, o influenciador rifava para esse evento desde um kit completo com capacete e capa de chuva até R$ 300 no pix.

Apesar de não comentar o caso ocorrido e apagar as publicações feitas, o influenciador segue usando os stories, por onde compartilha fotos com crianças e mensagens com tom sentimental.

Capivara

Conforme registros, Manolo responde por pelo menos dois processos na Justiça de Mato Grosso do Sul, sendo que no mais recente (de 2021), as vítimas seriam os próprios filhos. 

Além disso, os dados apontam que Rodolfo Manolo acumula registros por crimes que vão desde estelionato até lesão corporal, sendo que pela morte no último sábado (1º) ele deverá responder agora por homicídio simples.

Vale lembrar também que, ainda em fevereiro desse ano, o nome de Manolo esteve envolvido como organizador do evento realizado nos altos da Avenida Afonso Pena - na Capital, no dia 22 daquele mês -, que terminou com um policial militar atropelado

À época, o influenciador afirmou que a confusão que gerou o atropelamento aconteceu após o fim do evento, além de que a fuga em massa ocorrida "não tinha relação com o sorteio de prêmios" que fez nas imediações do Bioparque Pantanal.  

Também, em captura feita na manhã desta segunda-feira (03), da publicação de Manolo convidando para o evento do fim de semana, é possível notar que os próprios seguidores começavam a cobrar uma posição do influenciador. 

"O maior evento de irresponsabilidade, com uma morte, irregularidade e sem conhecimento da polícia, parabéns", ironiza um primeiro comentário. 

Enquanto outros nomes cobravam um pronunciamento, há quem aponta que o evento já era divulgado há tempos "e se não poderia estar acontecendo por que a polícia não fez algo", questiona um perfil. 

Também, havia comentários que torciam pela prisão do influenciador e outros que questionavam o motivo pelo qual Manolo fugiu na ocasião, levantando a possibilidade que tal atitude poderia "piorar a situação". 

**(Colaborou Neri Kaspary)

 

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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