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Roteiro do Governo

Maria do Rosário diz que MS está no radar do governo federal

Durante divulgação do benefício para crianças que perderam a mãe vitimadas pelo feminicídio, deputada federal destaca que o presidente enxerga o potencial de Mato Grosso do Sul

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O Mato Grosso do Sul está no "radar" do governo federal, conforme explicou a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), durante coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira (6) no Plenarinho da Assembleia Legislativa (ALEMS). 

Crédito: Gerson Oliveira / deputada federal Maria do Rosário ao lado do deputado estadual Pedro Kemp (PT) na ALEMS

Maria do Rosário cumpriu agenda a convite do deputado estadual, Pedro Kemp (PT), para divulgar o benefício para crianças que perderam a mãe vitimadas pelo feminicídio. A deputada federal destacou que o presidente enxerga o potencial de Mato Grosso do Sul.  No estado já foram investidos mais de R$ 29,1 bilhões em programas que deram andamento a várias obras. 

 

“Mato Grosso do Sul e Campo Grande estão no nosso roteiro nacional, nós queremos mostrar e fortalecer a ideia de que o discurso de ódio não vai continuar existindo no Brasil. A reconstrução do Brasil será por meio de políticas públicas”, disse Maria do Rosário.

 

Investimentos em MS

No dia 21 de setembro, ministro da Casa Civil, Rui Costa e a ministra de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) estiveram em Campo Grande, para o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, Desenvolvimento e Sustentabilidade) que prevê R$ 44,7 bilhões em obras e serviços.

Obras contempladas

A conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, é um dos projetos contemplados pelo Novo PAC. Também foi incluído o contorno em volta do município que sediará a fábrica de fertilizantes. 

O abastecimento de água para os municípios sul-mato-grossenses receberá o investimento de R$ 200 milhões. Na matriz energética, estão previstos investimentos de R$ 15,7 bilhões, dentre elas a usina de etanol de segunda geração, em Caarapó.

Outro investimento do Novo Pac é no setor de Inclusão Digital e Conectividade, com R$ 2,8 bilhões para a implantação de internet de alta velocidade (5G) em 1.354 escolas públicas, unidades de saúde e 2.643 km de rodovias conectadas.

Para a Saúde, serão destinados R$ 500 milhões para obras de melhorias no Hospital Regional em Campo Grande, a ampliação e equipamento dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) na Capital, Corumbá e Ponta Porã, e ainda a construção de uma unidade básica de saúde em Paranhos.

No setor de Educação, Ciência e Tecnologia, serão investidos R$ 4,5 bilhões para a retomada e conclusão de creches, escolas, instalações esportivas, expansão de institutos, universidades e hospitais universitários da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

No campo da Cultura, estão previstos R$ 300 milhões para obras e restaurações de patrimônios culturais, incluindo projetos no Centro de Artes em Campo Grande e no antigo presídio da Casa do Artesão em Corumbá. 

Além disso, a área de Defesa Nacional receberá o investimento de R$ 15,7 bilhões para as compras de equipamentos e distribuição nas áreas de fronteira.


Auxílio para vítimas do feminicídio

A deputada Maria do Rosário foi autora da (Lei 14.717, de 2023)  que prevê Auxílio aos Órfãos das Vítimas de Feminicídio, sancionada pelo presidente Lula, no dia 31 de setembro. Estão aptos para receber o auxílio menores de 0 a 18 anos, filhos de mulheres vítimas de feminicídio que possuam renda mensal igual ou inferior a um salário mínimo.

“O que buscamos com essa lei foi amparar dos órfãos do feminicídio foi amparar economicamente às famílias mais empobrecidas. Não é a título de reparação. Vejam que não há reparação para perda da mãe de forma violenta. Não poderia ser uma reparação. Então, não é a título de reparação. Ou seja, toda criança vítima porque perdeu sua mãe morta pelo feminicídio deve receber apoio em todos os sentidos, mas essa parte financeira ela é para aquelas crianças que perderam suas mães como vítimas do feminicídio e são pobres”, explicou Maria do Rosário.

A lei segue o mesmo critério do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, para pessoa com deficiência ou idosa no valor de um salário mínimo mensal (hoje R$ 1.320). “Que mesmo não tendo contribuído com a previdência tem esse direito”. 

Entenda o benefício

Deputada Maria do Rosário, autora da lei que foi sancionada pelo presidente Lula

No momento da denúncia, a criança que perdeu a mãe tem o direito de receber o auxílio, no caso do julgamento não comprovar a morte por feminicídio a família não precisa devolver o recurso para o estado. O objetivo é que a criança permaneça com os familiares e não termine caindo em abrigos.

“A lei está escrita assim ‘havendo indício de feminicídio’ então o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Conselho Tutelar vai poder buscar esse benefício diante de um caso e será automático [a criança] será incluída no cadastro da assistência social e começará a receber esse recurso”, explicou Maria do Rosário.

Como funciona

  • O benefício prevê até um salário mínimo aos órfãos cuja renda familiar mensal seja de até 25% 
  • A pensão será concedida a crianças e adolescentes mesmo que o feminicídio tenha ocorrido antes da publicação da lei
  • A lei prevê que a pensão pode ser paga antes da conclusão do julgamento do crime
  • O texto proíbe que o suspeito do feminicídio ou coautor do crime receba e administre a pensão em nome dos filhos
  • A pensão não pode ser acumulada com outros benefícios da Previdência Social

2024

O Partido dos Trabalhadores considera próximo ano de eleição para prefeitos no Brasil, como uma etapa importante. E Maria do Rosário não deixou de mencionar a pré-candidata a prefeitura da Capital, Camila Jara (PT-MS) a quem o Partido dos Trabalhadores enxerga que tem força para garantir uma boa disputa na Capital.

"Estaremos muito bem representadas na pessoa de Camila Jara que demonstra competência. Já era uma vereadora com um grande trabalho e é uma deputada federal, que no primeiro momento demonstra uma competência muito especial e uma maturidade aliada a juventude que para nós é extremamente importante estar representado", destacou Maria do Rosário.

Além disso, o partido enxerga o próximo ano como crucial para dar continuidade ao projeto de reconstrução do país. "Para nós é uma etapa importante porque nós predentemos que em 2024, seja a consolidação desse projeto de país, do que o presidente Lula está colocando. O presidente Lula olha para todo o Brasil com carinho enorme. Sabe e conhece o país a partir das pessoas que mais precisam do estado brasileiro e por isso que em 11 meses de governo ele reconfigurou e recuperou políticas públicas fundamentais", explicou a deputada.

 

**Colaborou Suelen Morales

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"Acolhe e Protege"

MS aumenta em 50% verba para policiais que 'lutam' contra violência doméstica

Valor pago para servidores das carreiras da Polícia Civil que aderirem ao programa de forma voluntária, bonifica plantões de 12 horas consecutivas, limitada a 60 horas mensais por agente

22/12/2025 10h01

Programa

Programa "MS Acolhe e Protege" busca reforçar plantões de unidades como as delegacias de Atendimento à Mulher de Campo Grande e Dourados (Deam e DAM) Marcelo Victor/Correio do Estado/Arquivo

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Entre seus últimos atos de 2025, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul publicou nesta segunda-feira (22) um aumento do valor da verba indenizatória paga para servidores das carreiras da Polícia Civil que atuam nas demandas ligadas ao enfrentamento da violência doméstica em MS. 

Iniciativa batizada de "Programa MS Acolhe e Protege", como bem apontado pelo Correio do Estado no lançamento, a medida permite que delegados, escrivães e investigadores realizem, aproximadamente, mais 1.250 plantões, além de sua devida jornada mensal. 

Anteriormente, porém, esse valor em verba indenizatória paga era de R$200, cifra essa aumentada em cinquenta por cento pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. 

Em outras palavras, o pagamento da hora extra agora é de R$300 reais para o servidor que aderir às atividades que envolvam os casos de violência doméstica em Mato Grosso do Sul. 

Aqui cabe explicar, conforme descrito no texto do decreto n°. 16.669, que data de 11 de setembro de 2025, a instituição desse programa visa atender com maior eficiência e foco às demandas relativas à violência doméstica ocorrida no território sul-mato-grossense, especificamente, nos Municípios de Campo Grande e de Dourados.

MS Acolhe e Protege

Colocado em prática há cerca de três meses, através da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), esse Programa nasce em meio à uma média de 1.725 ocorrências de violência doméstica por mês em Mato Grosso do Sul. 

Para o atendimento e apuração desses crimes, seja nas diligências, nos pedidos de medidas protetivas, representações por prisões preventivas, oitivas especializadas ou buscas e apreensões, o "MS Acolhe e Protege" busca justamente reforçar os plantões das seguintes unidades: 

  • Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) - Capital
  • Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Capital, 
  • Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Dourados.

Importante esclarecer que cada plantão precisa ter, no mínimo, 12 horas consecutivas, sendo limitada uma carga de 60 horas mensais por servidor, ou seja, cada agente pode registrar até cinco dessa modalidade de "hora extra" a cada mês. 

Como forma de combate à violência doméstica, o Governo do Estado tenta empregar um maior efetivo para, por exemplo, diminuir a demanda reprimida pela análise de boletins de ocorrência; identificar casos que precisem ser reavaliados ou de novas providências, entre outros pontos. 

 

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IMBRÓGLIO

Agesul reabre licitação para reforma da ponte sobre o Rio Paraguai

Empresa privada cobrou pedágio na ponte por quase duas décadas, mas ela foi devolvida parcialmente detonada e agora necessita de investimento público milionário

22/12/2025 09h26

A ponte na BR-262 já recebeu uma série de reparos emergiais, mas a reforma principal deve ser feita em 2026

A ponte na BR-262 já recebeu uma série de reparos emergiais, mas a reforma principal deve ser feita em 2026

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Onze dias depois de o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinar a suspensão da licitação para contratar uma empresa para reformar a ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, próximo a Corumbá, a Agesul divulgou nesta segunda-feira (22) que retomou o certame e que pretende abrir os envelopes da disputa no dia 16 de janeiro. 

Inicialmente, as propostas seriam analisadas no dia 15 de dezembro, mas o conselheiro Sérgio de Paula entendeu que havia inconsistências no edital e determinou a suspensão do certame, que prevê investimento de até R$ 11,72 milhões na única ponte sobre o Rio Paraguai que liga as cidades de Corumbá e Ladário ao restante do Estado. 

E, na publicação desta segunda-feira, a Agesul justifica a reabertura com base em uma publicação extra do TCE liberando o pregão. Esta liberação, conforme a Agesul, teria sido publicada em edição extra do diário oficial do Tribunal. Porém, até 09:45 horas o TCE não havia feito nenhuma publicação. 

Sérgio de Paula, que assumiu o cargo de conselheiro faz pouco mais de um mês, argumentou que suspendeu o processo licitatório por conta de inconsistências no projeto básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência. Para uma decisão embasada e para mitigar riscos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, alegou o novato conselheiro.

Inicialmente o Governo do Estado previa gastar em em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que durante mais de um ano ficou parcialmente interditada, com sistema de pare-siga, por causa das más condições da pista.

Até setembro de 2022 havia cobrança de pedágio na ponte.  Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, a Porto Morrinho continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

MOVIMENTO EM ALTA

Se a licitação finalmente avançar, as obras de reforma da ponte vão coincidir com o provável aumento no tráfego de caminhões pesados sobre a estrutura. É que em primeiro de dezembro foi desativado o transporte ferroviário de minérios entre o distrito de Antônio Maria Coelho e terminal de embarque hidroviário de Porto Esperança. 

Somente nos nove primeiros meses de 2024 a LHG Mining - MRC- Mineração Corumbaense, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, despachou 4,2 milhões de toneladas de minério a partir deste terminal.

Praticamente todo o material era levado pela ferrovia. Agora, porém, estes minérios terão de passar pela ponte para chegar ao porto. Se for mantida a média de exportações deste ano, serão em torno de 310 caminhões de 50 toneladas cada diariamente. Além disso, todos eles terão de voltar. Ou seja, serão mais de 600 caminhões a mais por dia utilizando a ponte. 

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