Cidades

EDUCAÇÃO INFANTIL

Mesmo com redução na fila, mais de 6 mil ainda aguardam vaga em creche

Educadora diz que queda do deficit demonstra a ação de investimentos, mas que ainda é preciso avançar; no ano passado, o Estado abriu novas vagas na Rede Estadual de Ensino (REE) para ajudar prefeituras

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Na Rede Municipal de Ensino (Reme) da Capital, o ano letivo começou já com queda no deficit de vagas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis).

Enquanto em 2023 o montante era de 9 mil alunos na fila de espera de creches, neste ano o número diminuiu para 6.919 crianças, segundo documento da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed).

A especialista, professora e doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Myrna Wolff relata que essa queda demonstra que têm ocorrido investimentos públicos na Educação Infantil, no entanto, conforme aponta a educadora, “eles precisam continuar avançando”.

No ano passado, a Secretaria de Estado de Educação (SED) abriu 38 mil novas vagas em escolas públicas em todo o território sul-mato-grossense, tanto para o Ensino Médio quanto principalmente para o Ensino Fundamental (25,4 mil vagas), visando colaborar para que os municípios conseguissem dar uma maior atenção à Educação Infantil.

Desse total, 6 mil vagas foram abertas pelo Estado em Campo Grande. Ainda assim, o deficit na Educação Infantil só registrou 23% de queda. Por meio de nota, a Semed comunica que neste ano foram disponibilizadas 6.369 vagas nas Emeis e que, ao todo, a Reme atende cerca de 105 mil alunos. Em 2023, esse total era de 108 mil estudantes.

Além da iniciativa estadual, a Prefeitura de Campo Grande anunciou no ano passado uma série de investimentos na educação, como a abertura de mais de 6.600 vagas (5 mil delas somente para a Educação Infantil), a criação de 166 novas salas modulares nas escolas da Capital, a contratação de 300 professores, a aquisição de equipamentos e a entrega de novas unidades.

*Saiba
Judicializações

Por conta da fila de espera nas Emeis, alguns responsáveis procuram a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul (DPGE-MS) para solicitar a vaga.
O órgão informa que, no ano passado, registrou 1.725 casos e que 1.902 ações foram ajuizadas na Capital. Neste ano, são aproximadamente 700 casos.
A DPGE-MS também relata que tenta resolver os casos de forma extrajudicial, comunicando o município antes de entrar com ação na Justiça.

No entanto, mesmo com o ano letivo já tendo iniciado, o Executivo municipal não conseguiu entregar o pacote de ações no prazo. De acordo com a assessoria da prefeitura, o planejamento das iniciativas foi dividido em etapas que se estenderão ao longo deste ano.

As salas modulares, por exemplo, devem ser entregues de forma parcial ainda neste primeiro semestre. Do total, apenas 10 salas foram construídas na Escola Municipal José Mauro Messias da Silva, nas Moreninhas.

A prefeitura também confirma que mais investimentos estão por vir, no valor de R$ 40 milhões, por meio do programa Juntos Pela Escola, voltados para a reforma de 106 Emeis e 99 escolas municipais.

Educação Infantil

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n° 9.394/1996) estabelece a obrigatoriedade do ensino para indivíduos de quatro a 17 anos. Porém, essa mesma legislação não abrange o ensino infantil – o que, para alguns especialistas, é um dos problemas educacionais do País.

Para Myrna, o ensino infantil, mesmo que não seja obrigatória por lei, é muito importante para o desenvolvimento da criança, pois favorece diversos aspectos que são trabalhados durante essa fase.

“Favorece o desenvolvimento motor, cognitivo e da linguagem, além do desenvolvimento social e cultural. A autonomia da criança também vai sendo aprendida na interação com o outro. A família também é favorecida quanto tem a sua criança educada, acompanhada, alimentada e cuidada. Deve, em contrapartida, colaborar com o processo”, aponta a professora.

Já a professora doutora Maria Lima indica que o ensino infantil propicia o contato das crianças com o conhecimento sistematizado e também permite o desenvolvimento integral desse indivíduo.

“Frequentar a Educação Infantil é muito importante, porque é nesse período que a criança pode passar por processos de socialização que vão propiciar o desenvolvimento intelectual, social, motor e emocional”, esclarece.

Em seu Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024, o Ministério da Educação (MEC) tem como objetivo chegar à marca de 50% da população de até três anos matriculada na Educação Infantil.

Entretanto, de acordo com o Censo Escolar 2023, publicado no mês passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para que o País atinja esse propósito, “precisa sair das atuais 4,1 milhões e atingir algo em torno de 5 milhões de matrículas” nessa etapa de ensino.

Myrna acredita que essa meta é possível de ser concretizada no Brasil, porém, segundo a especialista, vai depender fundamentalmente do investimento que será feito na área.

 

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Cidades

UEMS lança edital com bolsas de R$ 5,2 mil para pesquisadores com doutorado

As inscrições estarão abertas entre os dias 2 de fevereiro e 2 de março de 2026

11/12/2025 17h00

Fachada da UEMS

Fachada da UEMS Divulgação / UEMS

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A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI), lançou nova chamada para a seleção de pesquisadores interessados em bolsas de Pós-Doutorado vinculadas aos Programas de Pós-Graduação stricto sensu e aos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) da instituição.

As inscrições estarão abertas entre os dias 2 de fevereiro e 2 de março de 2026.

A chamada prevê a concessão de até 31 bolsas institucionais de pós-doutorado, com vigência de 12 meses e valor mensal de R$ 5.200,00, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

A distribuição será feita entre os programas e os INCTs conforme critérios definidos no edital:

  • programas de mestrado poderão receber até uma bolsa;
  • programas com mestrado e doutorado, até duas;
  • e os INCTs coordenados ou vice-coordenados pela UEMS poderão receber até seis bolsas.

As bolsas são destinadas exclusivamente a pesquisadores(as) com título de doutor(a), sob supervisão de docentes permanentes dos Programas de Pós-Graduação da UEMS. 

A divulgação dos resultados previstos no cronograma será realizada no site  da UEMS e no Diário Eletrônico Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul.
 
A chamada contempla temas alinhados ao Plano Nacional de Pós-Graduação e à Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível, abrangendo campos como:

  • Produção e consumo sustentáveis;
  • Inovação, biotecnologia e agroindústria;
  • Saúde única e tecnologias assistivas;
  • Educação, práticas sociais e políticas públicas;
  • Estudos sobre clima, biomas, biodiversidade e bioeconomia;
  • Desenvolvimento regional, turismo, fronteiras, logística e comércio exterior;
  • Cidades inteligentes, planejamento urbano e cenários futuros;
  • Agrárias, produção animal e vegetal, conhecimento tradicional;
  • Gestão, estratégia e tecnologia para desenvolvimento sustentável.

Dezembro Laranja

Campanha contra o câncer de pele leva atendimento gratuito em Mato Grosso do Sul

A ação faz parte de uma campanha nacional promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e fará atendimentos em Campo Grande e Dourados

11/12/2025 16h45

Câncer de pele é o câncer mais comum entre os brasileiros

Câncer de pele é o câncer mais comum entre os brasileiros Divulgação

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia promove no próximo sábado (13) o Dia do Atendimento Gratuito, uma das ações realizadas durante o Dezembro Laranja voltado ao combate ao câncer de pele. 

Em parceria com o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP) e o Hospital Adventista do Pênfigo (HAP), o mutirão tem o objetivo de identificar de forma precoce lesões suspeitas de câncer de pele e orientar a população sobre prevenção e cuidados essenciais. 

Os atendimentos serão feitos de forma gratuita das 9h às 15h, no Hospital Adventista do Pênfigo em Campo Grande, localizado na Rua Barão do Rio Branco, 2590 e na cidade de Dourados, no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados, na Rua Ivo Alves da Rocha, 558.

“Todas as pessoas que tiverem algum problema na pele que surgiu a pouco tempo, uma lesão que esteja sangrando facilmente, um caroço, uma mancha que mudou muito de comportamento nos últimos meses, poderão ter atendimento de forma gratuita pelos médicos e voluntários durante todo o período da ação”, afirmou o médico dermatologista, Dr. Günter Hans Filho. 

A ação faz parte de uma iniciativa nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com a participação de 2 mil dermatologistas voluntários em mais de 100 pontos espalhados por todo o país. 

Qualquer pessoa poderá fazer uma avaliação de saúde da pele. Em Campo Grande, para ser atendido, basta comparecer ao posto de atendimento portando um documento de identificação. 

A triagem será por ordem de chegada, com distribuição de fichas a partir das 7h. O atendimento incluirá avaliação clínica, crioterapia, biópsias e pequenas retiradas cirúrgicas, quando necessárias.

Dezembro Laranja

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, representando 33% de todos os tumores malignos no País, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Estatísticas de 2024 revelaram que 62,51% das pessoas que procuraram atendimento através da campanha da SBD afirmaram que se expõem ao sol sem proteção, e apenas 31,63% usam protetor solar regularmente. 

Além disso, uma pesquisa do Instituto Datafolha, cerca de 90 milhões de brasileiros nunca consultaram um dermatologista, o que representa uma parcela de 54% da população. 

A campanha voltada ao atendimento gratuito da população, que acontece desde 1999, já atendeu 600 mil pacientes e identificou mais de 75 mil casos de cânceres cutâneos. 

São fatores de risco que podem elevar os riscos de câncer de pele: 

  • Ter alguém na família que tem ou já teve câncer de pele;
  • Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo;
  • Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo;
  • Ter a pele muito clara, daquelas que não se bronzeia e só fica vermelha quando exposta ao sol;
  • Já ter tido câncer de pele;
  • Ter mais de 65 anos de idade. 

O câncer de pele pode levar à morte, mas tem cura se for diagnosticado precocemente. 

 


 

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