Cidades

INVESTIGAÇÃO

Ministério Público apura se Patrola é laranja de ex-prefeito

Operação Cascalho de Areia, desencadeada na quinta-feira na Capital, teve início com denúncia anônima que indicava que empresa de André Patrola venceu licitação para favorecer Marquinhos Trad

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Uma denúncia anônima, que acusa o dono de empreiteira André Luiz dos Santos, conhecido no meio político por André Patrola, de ser o laranja do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) para a aquisição de imóveis e lavagem de dinheiro de corrupção, deu origem ao procedimento investigatório criminal aberto pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) que resultou na Operação Cascalho de Areia, desencadeada nesta quinta-feira e que teve Patrola e suas empresas como o alvo principal. 

“André Luiz dos Santos venceu essa licitação em processo fraudado para beneficiar sua empresa, que é empresa de fachada do prefeito Marquinhos Trad. O assunto da licitação foi sobre via não pavimentada, para evitar fiscalização na execução dos trabalhos”, diz o denunciante do inquérito criminal que tramita na 31ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande. 

“Contrataram apenas uma pá-carregadeira por uma semana, para que o fiscal tirasse fotos dos serviços. O valor milionário foi utilizado para a aquisição de imóveis em Campo Grande, para uso família Trad, em nome de André Luiz dos Santos”, complementa o denunciante, afirmando que Patrola seria um laranja de Marquinhos Trad. 

“Estamos cansados de nos submeter a esse sujeito na prefeitura municipal, pois nos obrigam a fraudar licitação, já que a ordem vem de cima”, conclui a denúncia, que partiu de servidores do município que integram a Comissão de Licitação. 

Os crimes investigados pelo MPMS são: fraude em licitação; corrupção (ativa e passiva); peculato; lavagem de dinheiro; e organização criminosa. 

Além das duas empresas de Patrola, a AL dos Santos e a ALS Transportes, também foram alvos outras empresas supostamente envolvidas no esquema de corrupção: a Engenex Construções e Serviços, a MS Brasil Comércio e Serviços e a JR Comércio e Serviços.

A JR Comércio e Serviços pertence a Adir Paulo Fernandes, que também foi alvo da operação. Os donos da Engenex, Edcarlos Jesus da Silva e Paulo

Henrique da Silva Maciel, também foram submetidos a mandados de busca e apreensão. Edcarlos ainda é dono da MS Brasil Comércio e Serviços. 

Marquinhos Trad, embora citado no inquérito, não foi alvo de nenhum mandado de busca e apreensão. 

Servidores, como o ex-titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) Rudi Fioresi e o chefe de projetos da Sisep Medhi Talayeh, também foram visitados pelos investigadores.

A ordem para o cumprimento dos mandados partiu da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O relator, Zaloar Murat Martins de Souza, foi acompanhado por seus pares Jairo Roberto de Quadros e Luiz Claudio Bonassini da Silva ao atender ao recurso de apelação do Ministério Público de

Mato Grosso do Sul contra decisão da 5ª Vara Criminal, que havia indeferido a expedição dos mandados de busca e apreensão. 

A interpretação do juiz de primeira instância era que a denúncia merecia ser descartada em função do anonimato do denunciante, no entanto, o desembargador relator discordou da conclusão. 

“Neste contexto, a existência de pessoas dispostas a se identificarem é rara, sobretudo diante do medo de represálias. Tal temos não infundado, posto que, geralmente, pessoas envolvidas neste tipo de crime são aquelas que possuem influência política e poderio econômico”, destacou o desembargador. 

“Além disso, o deferimento pede urgência, pois os envolvidos podem desaparecer com as provas, a fim de ocultar ilícitos e proteger os implicados, tornando inócuas as providências pedidas ante o seu procedimento”, complementou Zaloar Murat. 

Procurado, o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, disse que, em primeiro lugar, o caso investigado pelo MPMS não se trata de uma licitação. “Foi um pregão eletrônico”, diz. 

Marquinhos Trad ainda ressaltou que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) aprovou todos os serviços prestados pela empreiteira investigada. 

“Terceiro, que a empresa citada, aí desse rapaz, desse André, em cinco anos de gestão, ela foi vencedora apenas de um lote, em uma região da cidade, e nunca mais recebeu nenhum serviço da prefeitura”, afirma. 

“Quarto: nunca adquiri nenhum tipo de imóvel, basta ver nos cartórios e na minha declaração de imposto”, explica. E, por último, Marquinhos disse que o Ministério Público se “debruçou o tempo todo” para investigá-lo, mas ele “sequer foi citado” nos pedidos de busca e apreensão. 

Marquinhos Trad também lembrou que em primeira instância o juiz entendeu haver o que ele chamou de “carência de elementos”. 

“Negou tudo, dizendo que é uma denúncia anônima, acéfala, desprovida de fundamentação e que, mesmo com a produção de prova, não era suficiente para se fazer cumprir as medidas solicitadas pelo Ministério Público”, conclui.

CONTRATO 

O contrato n° 217, assinado em 27 de julho de 2018, que foi o motivo da denúncia, prevê a contratação da empresa para a “manutenção de vias não pavimentadas, com revestimento primário, em vias urbanas, na região Prosa”. 

O valor do contrato foi de R$ 4.150.988,28, mas, de acordo com o Portal da Transparência da Prefeitura de Campo Grande, houve R$ 20.554.403,07 em aditivos, totalizando R$ 24.705.391,35 para as obras, sendo empenhados R$ 20.996.258,54 até o momento. 

Os documentos disponibilizados no Portal da Transparência dizem respeito aos cinco aditivos ao contrato. O primeiro aditivo foi emitido quase um ano depois, em 15 de julho de 2019, e visava a readequação “dos quantitativos anteriormente estabelecidos para execução do ajuste em epígrafe, consoante à planilha de readequação física”. 

Sem dar mais informações a respeito desse reajuste, o primeiro termo aditivo não altera o valor de R$ 4 milhões acordado no contrato. 

O segundo aditivo, assinado em setembro de 2019, prevê a prorrogação do prazo de vigência do contrato por mais um ano, valendo de 12 de setembro de 2019 a 10 de setembro de 2020. 

O terceiro aditivo também visa a readequação dos quantitativos, sem alterar o valor inicial do contrato e sem estabelecer quais adequações. 

O quarto aditivo foi uma segunda prorrogação de prazo de vigência do contrato por mais um ano, de 13 de janeiro de 2021 a 12 de janeiro de 2022. 

O quinto e último aditivo disponível no Portal da Transparência, de 12 de maio de 2021, visa uma nova readequação de quantitativos. 
Atualmente, o Portal de Transparência da prefeitura informa que as intervenções iniciaram em setembro de 2018 e têm prazo de encerramento em janeiro de 2024. 

ANTICORRUPÇÃO

O contrato e os termos aditivos contêm todos uma cláusula anticorrupção, prevista no Decreto n° 13.159, de 18 de maio de 2017, assinado pelo ex-prefeito Marcos Marcello Trad. 

A cláusula prevê que, para a execução dos contratos, “nenhuma das partes poderá oferecer, dar ou se comprometer a dar a quem quer que seja, tanto por conta própria quanto por intermédio de outrem, qualquer pagamento, doação, compensação, vantagens financeiras ou não financeiras ou benefícios de qualquer espécie que constituam prática ilegal ou de corrupção”.

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ACUSOU RÉU

Mãe de suposta vítima dos Name é presa após interromper julgamento

Mulher interrompeu depoimento do ex-guarda municipal Marcelo Rios, o chamando de mentiroso e acusando de atirar em seu filho; Ela foi presa por perturbação da ordem

17/09/2024 17h42

Terezinha interrompeu júri para acusar Marcelo Rios pelo assassinato de seu filho

Terezinha interrompeu júri para acusar Marcelo Rios pelo assassinato de seu filho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Terezinha Brandão Reis, mãe do guarda municipal Fred Brandão Reis, 38 anos, morto em 2019 e que teve o caso arquivado, foi detida e encaminhada à Delegacia de Polícia após interromper o depoimento do ex-guarda municipal Marcelo Rios, em processo sobre a morte do empresário Marcel Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, na tarde desta terça-feira (17), em Campo Grande.

A mulher faz parte de um grupo de pais que alegam que os filhos foram assassinados pela milícia comandanda pela família Name.

No caso do filho dela, Fred foi encontrado morto com um tiro na boca em abril de 2019. Inicialmente o caso foi investigado como suicídio, mas depois passou a ser investigado pela força-tarefa da operação Omertà, pois houve informações de que a vítima tinha ligações com a mílicia, além de laudos apontarem que não havia resíduos nas mãos do guarda, o que indica que ele não atirou contra si. 

No entanto, por falta de provas, o caso foi arquivado.

Durante o depoimento do ex-guarda municipal, ele falava sobre o que o motivou a escrever a mão em papel e entregá-lo a um advogado, afirmando ter sido agredido, quando a mulher, que estava acompanhando o júri no local, levantou e passou a proferir acusações contra o guarda.

"Larga de ser mentiroso Marcelo, você matou meu filho, você deu um tiro na boca do meu filho", disse a mulher, xingando o réu.

De imediato, o juiz determinou que ela fosse retirada da sala e que o interrogatório seguisse. 

A defesa de Marcelo Rios pediu a anulação do julgamento, alegando que a ação da mulher poderia influenciar na imparcialidade e na decisão dos jurados. O pedido foi indeferido.

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, explicou que a mulher "interviu de forma sorreteira", e que a polícia já estava monitorando-a, por não ser a primeira vez que ela faz interferências.

"Ela foi encaminhada para a delegacia, fazer um BO [boletim de ocorrência] pela perturbação da ordem dos trabalhos", disse o magistrado.

O juiz esclareceu ainda que Terezinha não tem nenhum tipo de relação com o caso em julgamento.

"Ela não é familiar da vítima, não é nada, não está representando ninguém da vítima, no caso, do Marcel Colombo, e por conta do destempero dela, obviamente será apurada a responsabilidade", acrescentou, retomando os depoimentos.

Júri

Começou na segunda-feira (16) o julgamento de Jamil Name Filho e outros acusados de envolvimento no assassinato de Marcel Hernandes Colombo, morto em um bar situado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018.

Ele e mais dois amigos estavam sentados à mesa na cachaçaria, quando por volta da 0h, um suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.  

A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.

A motivação do crime, conforme o processo, seria vingança por um desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Name Filho. Ele já prestou depoimento, por meio de videoconferência, pois se encontra preso em Mossoró (RN) e confirmou o desentendimento, mas negou participação no crime.

José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram são acusados de serem os intermediários, encarregados de levantar informações sobre a vítima, e Juanil Miranda foi o executor.

O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por ocultar a arma usada no crime.

CASO MARCEL COLOMBO

Jamilzinho disse que Playboy da Mansão parecia "drogado e possuído"

No segundo dia do Júri popular, Jamil Name Filho detalhou como ocorreu a briga com Marcel Hernandes Colombo e o pedido de desculpas

17/09/2024 17h17

Preso em Mossoró (RN), Jamil Name Filho prestou depoimento remoto

Preso em Mossoró (RN), Jamil Name Filho prestou depoimento remoto Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Durante o segundo dia de julgamento, nesta terça-feira (17), em depoimento, Jamil Name Filho disse que Marcel Hernandes Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”, aparentava ter usado entorpecentes  pela forma que agia na Valley Pub, onde ocorreu o desentendimento entre as partes.

Ele traçou a versão dele do ocorrido. Segundo Jamilzinho, no dia 5 de dezembro de 2012, estava separado da esposa. Deixou o apartamento em que residia e foi até a casa dos pais para explicar a situação.

“Aí, doutor, 36 anos, por fora de tudo, a gente quer retomar a vida, se divertir, ir à casa dos amigos, frequentar lugares que nunca havia frequentado, e comecei a sair com amigos”, disse Jamilzinho.

Preso em Mossoró (RN), Jamil Name Filho prestou depoimento remotoCrédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Desentendimento (março de 2013)

Com a ideia de “aproveitar a vida” em uma noite em que a Valley Pub estava lotada, uma amiga conseguiu arrumar duas mesinhas para o grupo de amigos que estava com Jamilzinho em frente aos camarotes.

No local, o grupo consumiu energético, cerveja e whisky. Entre 2h e 2h30 da manhã, ele se recordou de ter visto o Playboy da Mansão adentrar com um amigo no camarote que estava vazio.

“Eu não sabia quem era Marcel Colombo. Nada. E aí, doutor, de repente ele começou a mexer com o balde de gelo e jogar nas meninas”, disse Jamilzinho e completou:

“As meninas riam, eu notei que parecia que ele conhecia elas. Inclusive, até ofereci a ele se gostaria de alguma coisa. Ele falou ‘não, não’, só que ele fazia uns gestos que pareciam que ele estava drogado, que estava possuído.”

O relato prosseguiu em que o Playboy da Mansão mexendo com o balde de gelo molhou Jamil Name Filho, pela primeira vez que apontou. Na terceira o tempo fechou.

Jamil afirmou que xingou Marcel, que revidou com um soco no nariz dele.

“Só que o nariz é altamente vascularizado e eu estava com uma camiseta branca, começou a sair sangue. Nisso os seguranças da Valey entraram e tiraram ele e o outro rapaz que acompanhava ele”. 
 

Do lado de fora

Após retirarem Marcel, quando saiu da casa noturna, um segurança aplicou um mata-leão em Jamilzinho, que só foi solto graças à intervenção de um amigo, que explicou que se tratava de "um empresário e uma pessoa de bem".


“Nisso quando levanto me restabeleço tem uns dez seguranças da Valey. Além de eu estar lá, não estar fazendo nada. Tô na minha, quieto, entendeu? Levo um murro de um cara que já morreu não tá aqui, aí eu peguei e xinguei muito esse segurança”. 
 

Enquanto xingava o segurança, segundo Jamilzinho, ninguém do estabelecimento interviu. Posteriormente, acertou a conta, passou na casa de um amigo para trocar a camiseta, colocou uma bolsa de gelo no nariz e retornou para a casa.

Fase do Café Mostarda

Ao descrever a cidade como “fervendo” e com o intuito de aproveitar a noite em Campo Grande, com “carro novo e roupa nova”, Jamil Filho disse que estava girando com a BMW zero quilômetros, “solto na praça”, quando foi convidado para ir até o Café Mostarda.

O pedido de desculpas ocorreu em torno de 60 a 70 dias depois do episódio na Valley Pub.

“Eu estava sentado, ele chegou e falou: ‘Jamil, sou o Marcel e queria ver contigo sobre aquele problema na Valey, eu não estava muito bem não sabia que era você’”, disse Jamilzinho.
 

Neste ínterim, Name Filho relatou que sabia do histórico de Marcel. O juiz explicou ao júri que o Playboy da Mansão havia sido preso por descaminho – ele trazia mercadorias do Paraguai para revender.

“Eu não vou falar dele porque ele não [tá aqui] para se defender. Ele veio e não estendeu a mão hora nenhuma, entendeu? Ele só veio e falou que queria resolver e que não sabia que era eu, que ele estava alterado”.

E por fim, Jamil Filho garantiu que a conversa teria sido encerrada com ele que teria dito: “Isso se encerra aqui” - com cada um seguindo seu caminho.

Negou ter mandado matar

Embora tenha sido questionado pesquisas no celular de Marcelo Rios, que trabalhava para a família Name, e nas investigações apontaram que realizou várias pesquisas sobre Marcelo Colombo, o réu Jamil Name negou que tenha tido conhecimento.

Reforçou que não iria monitorar o celular do funcionário e isso deveria ser questionado a Marcelo Rios."Eu não posso ser responsabilizado por nada que seja feito nem pelo Marcelo Rios, nem por qualquer outra pessoa que atrua-se a mim", frisou Name.

Ao ser questionado se não causava estranhamento que Marcelo Rios, que trabalhava com ele, tenha pesquisado sobre alguém com quem ele tenha tido um desentendimento, Jamilzinho foi categórico em responder:

"Doutor, quem vai achar é o júri. O senhor Marcelo Colombo eu deixei claro como aconteceu e o desfecho. E até encontrei ele em outro lugar, em uma fila de uma boate; nos cumprimentamos de longe. Essas perguntas têm que ser feitas ao senhor Marcelo Rios. Agora, o motivo, o porquê, quantas pesquisas ele já fez, eu não sei. Como vou monitorar?"

Mesmo deixando claro que era estranho que um funcionário próximo pesquisasse sobre um desafeto, justificou dizendo que isso fazia parte da profissão do réu Marcelo Rios. O juiz foi enfático ao questionar se ele havia mandado executar Marcel Colombo, e a resposta foi negativa.

"Doutor eu não tenho nem participação, nem mandante, nem vontade nada. A única coisa que tenho cem porcento vou falar olhando nos seus olhos. Não tenho nada, absolutamente, em relação a esse homicídio".

Jamilzinho ficou sabendo da execução do Playboy da Mansão durante uma internação hospitalar. 
 

1º dia de Júri

Ainda durante a audiência, o Juiz questionou acerca do bilhete que circulou na penitenciária com ordens expressas para a execução de Marcel Colombo (O Playboy da Mansão). 

A questão do bilhete chegou a ser a colocada em xeque pela defesa dos réus. A primeira testemunha de acusação ouvida, o delegado Tiago Macedo dos Santos, chegou a chorar ao falar do bilhete que arquitetava um suposto plano em que a família Name tramava sua morte e a de outros integrantes da força-tarefa da Omertà.

2º Dia de Júri

Eliane Banites Batalho dos Santos prestou depoimento no começo do segundo dia de julgamento e, em pelo menos cinco oportunidades, afirmou que só fez determinadas delações em maio de 2019 porque os policiais ameaçavam arrancar sua cabeça, a de Marcelo Rios e até a dos filhos, então com 5 e 7 anos, que ficaram com ela no Garras durante cinco dias.

A tarde, durante depoimento de Marcelo Rios, Terezinha Brandão, que acompanhava o júri no plenário, levantou e proferiu acusações contra o ex-guarda, acusando-o de ter matado o filho dela, que não tem relação com o caso em julgamento. Ela foi presa por perturbação da ordem.

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