Cidades

CAMPO GRANDE

Ministério seleciona projeto de R$ 22 milhões da Prefeitura para revitalizar antiga rodoviária

Se Caixa liberar, objetivo é reconstruir área pertencente ao poder público

RAFAEL RIBEIRO

27/08/2019 - 10h37
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O Ministério do Desenvolvimento Regional selecionou um projeto da Prefeitura de Campo Grande para requalificação de áreas públicas, que possibilitará a revitalização de parte do prédio da antiga rodoviária, no bairro Amabaí, região central, que pertence ao Poder Municipal. O valor da reforma foi orçado em R$ 22 milhões (veja abaixo a imagem de divulgação do provável novo prédio).

Segundo a Prefeitura, essa área fica onde funcionavam os locais de embarque do transporte coletivo e interestadual, bem como na parte superior, onde as passagens eram vendidas. No total, são 6 mil metros quadrados pertencentes ao poder público.

"Olha pela enésima vez vamos pontuar e explicar a situação da antiga rodoviária. Pois então, apenas 11% pertence a Prefeitura, os outros 89% pertencem a particulares. A gente não pode mexer em 89% do prédio, os 11% que pertencem à gestão da Prefeitura eu vou entregar ela pronta para Campo Grande", disse o prefeito Marcos Trad (PSD), durante agenda nesta terça-feira (27).

O anúncio foi feito nesta terça-feira (27), através de comunicado oficial da Prefeitura. Se seguir o cronograma, a assinatura acontecerá somente em 2020.

Com a seleção no Pró-Cidades, a Prefeitura abrirá uma licitação para contratação de empresa para fazer a análise estrutural do prédio, com acessibilidade vertical e toda adaptação necessária para revitalização.

“Nosso projeto será de ocupação, para levar gente ao local. Levar vida para a região, que tem uma rede hoteleira bem interessante para fomentar o turismo. O Bairro Amambai é de uma importância histórica para a cidade e com a revitalização também conseguimos resolver problemas de segurança na região”, explicou a coordenadora Especial da Central de Projetos, Catiana Sabadin.

O projeto da Prefeitura tem por objetivo a ocupação do espaço para atendimento ao público, garantindo que a região seja frequentada diariamente pela população. Para garantir a segurança, a Guarda Civil Municipal também deve ser instalada no local.

Após a conclusão do projeto, a Prefeitura entrega a proposta de engenharia e arquitetura à Caixa Econômica Federal. Se aprovado o projeto, o contrato é assinado, garantido a liberação do recurso para revitalização.

"Todos os projetos estão prontos, podem procurar a Catiana, já apresentado e enquadrado, por isso eu afirmei, antes do término da nossa gestão vamos entregar pronto, se Deus me der um novo mandato, a minha intenção é colocar equipamentos públicos ali para a população, um que é certo pelo menos na minha administração é a Guarda Civil Metropolitana", disse o prefeito.

 
"A Katiana pode dizer, mas o deputado federal Fábio Trad (PSD) colocou uma emenda impositiva na importância de R$ 16 milhões, a partir do momento, é impositiva, então ela vai sair, é obrigatória, a partir do momento que o presidente liberar os projetos já estão lá. Antes do término do meu mandato eu entrego prontinho ali", completou o m,andatário municipal.

OPERAÇÕES

Enquanto a revitalização não vem, a Prefeitura vem montando forças-tarefas de secretarias para realizar espécies de operações urbanas no entorno do prédio símbolo da decadência do Centro.

Na última semana, foi recolhido lixo e a tentativa de acolhimento dos moradores de rua que habitam o espaço, mas o Correio do Estado flagrou que menos de 24 horas depois muitos deles já circulavam novamente pela região.

*Matéria editada às 11h15 para acréscimo de informações

 Esboço de como ficaria a antiga rodoviária de acordo com o projeto aprovado pelo Governo Federal. Valores não foram divulgados (Divulgação)

TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

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Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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