Cidades

CORREIO 70 ANOS

Mobilidade e Desenvolvimento: Como será o trânsito de Campo Grande em 2034?

Especialistas debatem soluções sustentáveis de trânsito para o futuro da Capital com 1 milhão de habitantes

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As tendências de uma ‘Cidade do Futuro’ foi tema de debate durante o evento "Campo Grande que Queremos" em alusão aos 70 anos do Correio do Estado, Durante o evento que ocorreu nesta terça-feira (07), especialistas debateram estratégias de planejamento do Plano Diretor para uma possível capital com 1 milhão de habitantes. 

De acordo com Berenice Maria Jacob Domingues, diretora-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (PLANURB), para melhorar a mobilidade urbana na capital é preciso olhar para o Plano Diretor com objetivos prioritários para a cidade. Entre eles, a movimentação de áreas com maior disponibilidade de infraestrutura. 

“Isso traz uma economia pra cidade. Essa  possibilidade de um cidadão morar e ter uma qualidade de vida melhor pois já tem toda a infraestrutura disponível na região onde ele vai morar”, comentou a diretora. 

Ainda segundo Berenice, o Plano Diretor tem um papel fundamental no futuro da capital pois atua como um instrumento importante de desenvolvimento urbano para organizar a política básica de desenvolvimento e expansão urbana

“Nós acabamos 5 anos de vigência do Plano Diretor, ele apresenta diretrizes de políticas setoriais como educação, saúde, segurança e assistência, bem definidos. Até então, isso não existia. Nós trouxemos esse conceito para dentro do plano diretor.”, afirmou. 

1 milhão de Habitantes 

 Berenice Maria Jacob, Andréa Luiza Torres e  Ângelo Arruda discutiram sobre estratégias de mobilidade urbana em Campo Grande

Nos últimos 12 anos, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campo Grande foi a 3ºa capital a ter maior crescimento dentre 20 outras cidades do Brasil. A cidade tem 898.100 pessoas residentes de acordo com o Censo de 2022 e deve continuar a crescer em ritmo acelerado. 

Para o especialista,  Ângelo Arruda,  responsável técnico pela FAPEC na revisão da lei de uso do solo e código de obras de Campo Grande e premiado pela UNESCO IAB pela revisão do Plano Diretor da capital, Campo Grande tem tempo para planejar seus próximos 10 anos. 

“Daqui a 10 anos o IBGE vai dizer que Campo Grande chegou a 1 milhão de habitantes. A capital fará parte de um grupo seleto de cidades com 1 milhão de habitantes, e aí começam as tendências de uma cidade de futuro”, disse o especialista em obras.

Para o técnico, o crescimento acelerado da  capital precisa ser analisado e pensado além do centro da cidade. Isto é, descentralizar as unidades regionais e ocupar a cidade da periferia para o centro, com a criação de planos diretores para os bairros. 

Segundo Ângelo, a capital deve repensar a quantidade de veículos em circulação na cidade. “A circulação de Campo Grande piorou pois a cidade é campeã de relação nacional de veículos por habitantes”, comentou. 

O técnico ainda discutiu a possibilidade de utilizar inteligência artificial e drones na fiscalização das vias da cidade. Além disso, sugeriu que as ações de mobilidade urbana também contemplasse os transporte coletivos e universidades, com gratuidade do transporte em bairros e inclusão das universidades nos planejamentos urbanos da capital

Do mesmo modo, Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva, especializada em em Planejamento e Gestão de Trânsito, concordou com a ideia de releitura do que está sendo entregue para as vias da cidade, com foco  na regionalização

“Morar e trabalhar no mesmo local reduz o trânsito. Sem isso, a gente não consegue reduzir o fluxo viário em determinadas áreas porque cruzamos quilômetros de um local pro outro para se deslocar para trabalhar, isso tem um custo muito alto”, comentou a especialista
 

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Inteligência Artificial

UFMS ignora alunos e utiliza IA em artes

Nas redes sociais, a instituição apresenta capivara com três olhos e alunos inexistentes

07/11/2024 19h00

Em vídeo feito por IA, capivara aparece com três olhos

Em vídeo feito por IA, capivara aparece com três olhos Reprodução

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A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) tem enfrentado críticas crescentes por utilizar Inteligência Artificial (IA) na criação de conteúdo para suas redes sociais. De alunos fictícios ao mascote Capi com olhos duplicados, a prática tem gerado descontentamento entre os estudantes.

Apesar de haver 11.790 alunos matriculados na modalidade presencial no campus da Cidade Universitária, em Campo Grande, a UFMS optou por criar alunos fictícios por meio de IA para suas publicações. O primeiro vídeo gerado com essa tecnologia foi recentemente divulgado, embora a ferramenta já tenha sido utilizada em postagens de arte estática anteriormente.

Veja algumas das críticas deixadas por alunos na publicação:

Revolta

Apesar de a atitude gerar revolta em alunos de diferentes cursos, os de Artes Visuais são especialmente afetados. A aluna Isadora Figueiredo afirma que a grande maioria se sente incomodada com o uso imoral da Inteligência Artificial. 

"O curso de artes visuais foi um dos poucos que recebeu nota 5 nessa última avaliação e, ainda assim, parece que não é o suficiente para que a UFMS sequer pense em comunicar com os discentes do curso para sugerir propostas, visto que não houve diálogo algum antes da produção desses anúncios com IA. Sei também que muitos de meus colegas tem interesse na área de Design e, sabendo que não há esse curso na UFMS, essa poderia ser uma oportunidade interessante para os alunos experimentarem essa área, mesmo sem receber nada financeiramente".

Para a estudante Rebeca Ferelli, é compreensível que a universidade queira explorar as novas tecnologias, mas a forma como esta sendo feito é um problema.

"Uma universidade que oferece a proposta de ensinar técnicas para um trabalho e, então, utiliza de outras técnicas para se propagar é irônico, como se mostrasse na cara dos estudantes que eles estão sendo ensinados mas, no fim, serão trocados pela IA. [...] Usar IA para propaganda da universidade, principalmente do vestibular, não é nada além de um teste para ver se estaria tudo bem começar a usar esse meio chulo (mal feito e pouco cativante) ao invés do trabalho dos próprios alunos. Mostra que o interesse é a propaganda, não o desenvolvimento dos estudantes."

De acordo com o aluno Luiz Miguel, durante a avaliação MEC, a universidade arrumou o bloco de Artes e colocou um novo bebedor de água à disposição dos alunos, mas assim que o período de avaliação acabou foi retirado. 

"Atitudes como essa e vídeos gerados por ferramentas de Inteligência Artificial deixam a gente ainda mais invisíveis. Se a universidade que deveria alavancar, nos impulsionar e nos fazer acreditar que existe mercado de trabalho pra nossa área, não faz isso… Faz o contrário, utiliza de IA para fazer as artes… Eles vendem e tentam ensinar pra gente coisas que nem eles mesmos acreditam."

A dicente Maya Severino acredita que, se houvesse interesse da universidade, seria possível criar um projeto colaborativo entre o curso de Artes Visuais e a instituição.

"O curso de Artes já teve um projeto junto com o curso de Jornalismo, pro jornal deles, o Projétil. Então com certeza se a universidade falasse com o curso, a gente poderia ter feito uma parceria para a divulgação do vestibular ao invés de apelarem para o uso da IA, o que já está sendo feito a tempos por eles e sendo duramente criticado. Então mais uma vez eles deixam bem claro que não estão dispostos a se comunicarem com os cursos que existem dentro da universidade".

Resposta

As redes sociais da UFMS são gerenciadas pela Agência de Comunicação Social e Científica (Agecom). A agência também é responsável pela TV UFMS, Rádio Educativa, site institucional e assessoria de imprensa.

Entramos em contato com a assessoria da instituição, mas até o momento da publicação desta reportagem, não houve um posicionamento oficial.

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Cidades

Brasil poderá oferecer CNH exclusiva para quem dirige veículos automáticos

O Projeto de Lei 7746/17 tem como objetivo acompanhar a evolução tecnológica do setor automotivo, além de atender à crescente demanda por carros automáticos no país

07/11/2024 18h45

CNH passará por mudanças em 2025

CNH passará por mudanças em 2025 Reprodução/ CNN Brasil

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O Brasil deve introduzir, em 2025, uma nova categoria na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), exclusivamente voltada para veículos automáticos. A iniciativa é parte do Projeto de Lei 7746/17 e tem como objetivo acompanhar a evolução tecnológica do setor automotivo, além de atender à crescente demanda por carros automáticos no país.

Conforme informações divulgadas pelo Portal Terra, quem passar por atualização na carteira de habilitação no próximo ano passará por um processo de obtenção da CNH que atenderá às necessidades contemporâneas, proporcionando mais conforto e segurança aos novos motoristas, além de refletir uma tendência de modernização nossos sistemas de transporte.

O que será introduzido? 

A partir do próximo ano, os motoristas terão a opção de se certificar especificamente para a condução de veículos automáticos, sem a exigência de aprendizado em câmbio manual. 

O novo formato pode até ser um pesadelo para motoristas pouco habituados ao câmbio automático, mas será bem-vindo em um cenário onde a praticidade de dirigir veículos automáticos se torna cada vez mais relevante, sobretudo em grandes centros urbanos com tráfego intenso.

Quais são as leis para ultrapassagens perigosas?? 

Em conformidade com o projeto da lei 1.405/24, estabelece-se a categorização de manobras arriscadas como 'ultrapassagem perigosa ou direção irresponsável'. Neste contexto, infrações como proteção em locais inadequados ou inadequados sob condições adversas serão tratadas com mais rigidez. 

A mudança tem como objetivo influenciar a cultura dos motoristas, incentivar uma mudança de comportamento no trânsito brasileiro.  

Como se aplica às multas? 

Conforme as previsões previstas, a multa é de R$ 2.934,70, equivalente a dez vezes o valor de uma infração gravíssima. Também pode ocorrer a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses, além da aplicação de sete pontos na habilitação pontos na habilitação.

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