Morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 72 anos, o jornalista, escritor e ex-senador Artur da Távola, vítima de problemas cardíacos. As informações são da Globo News.
Cidades
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Morre senador e jornalista Arthur da Távola
Morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 72 anos, o jornalista, escritor e ex-senador Artur da Távola, vítima de problemas cardíacos. As informações são da Globo News.
Natal sem água
Mais de 300 famílias que não receberam caixas d'água sofrem com o desabastecimento em Dourados
30/12/2024 09h30
Natieli mostra caixa d'água totalmente vazia, o que vem ocorrendo nesse período de festas de fim de ano Valéria Araújo / Correio do Estado
Enquanto o mundo celebrava o Natal, mais de 300 famílias indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, enfrentaram um drama silencioso: a falta de água. O desabastecimento, agravado pela diminuição dos serviços de caminhões-pipa durante o recesso dos órgãos responsáveis, transformou a data em um período de privação e desafios.
De acordo com o cacique Ramão Fernandes, metade da reserva ficou totalmente sem abastecimento. Para essas famílias, conforme ele, “foi um Natal triste”.
Dos cinco caminhões-pipa que atendiam a comunidade (dois de Dourados e três de Itaporã), apenas dois continuam operando, fazendo entregas duas vezes ao dia, segundo Ramão.
Ainda assim, o esforço não é suficiente para atender todas as famílias, as quais relatam dificuldades até para realizar tarefas básicas, como tomar banho, lavar roupas ou simplesmente matar a sede.
Natieli Ramirez da Silva, mãe de dois filhos pequenos, vive essa realidade. Sem caixa d’água e recebendo abastecimento apenas duas vezes por semana, ela relata dias de extrema escassez.
“Passei cinco dias sem água. Meus porcos, minhas galinhas e minhas vacas estão morrendo de sede. Até os cães ficaram dias sem beber água”, desabafa.
A crise também comprometeu o desempenho escolar das crianças. O filho de 10 anos de Natieli reprovou em função da dificuldade de frequentar as aulas, uma vez que muitas vezes ele não tinha água para tomar banho ou lavar seu uniforme. “Tinha dias em que não dava nem sequer para lavar os pés, muito menos tomar banho”, conta.
Esfriel Fernandes, outro morador da comunidade, recebeu uma caixa d’água de 500 litros, mas a reserva dura apenas três dias. Para sobreviver, ele pega a carriola com alguns baldes e tambores e vai a pé até um poço mantido por um centro social da Igreja Católica próxima à casa dele.
A rotina inclui banhos racionados – um balde por pessoa e apenas à noite. Para celebrar o Natal, a família se uniu a parentes, compartilhando o pouco que tinham para cozinhar. “Sem água não dá para pensar em sonhos. Que 2025 traga mudanças”, almeja.
A crise hídrica desencadeou protestos em novembro, quando indígenas bloquearam a MS-156 exigindo soluções. Após confronto com a Polícia Militar, 40 caixas d’água foram distribuídas, mas deixaram centenas de famílias desassistidas.
A pressão resultou na perfuração de dois poços na reserva, com capacidade para gerar 52 mil litros por hora. No entanto, a ativação depende da instalação de energia elétrica, o que – segundo Ramão – deve ser resolvido em poucas semanas. “A construção dos poços vai amenizar a crise, mas não resolve o problema estrutural”, afirma o cacique.
Como parte do acordo firmado entre o governo do Estado, o Ministério Público Federal (MPF), o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei-MS) e as lideranças locais, mais dois poços serão construídos até março do ano que vem.
No entanto, a solução definitiva depende de um projeto orçado em R$ 53 milhões e previsto para ser incluído no Orçamento da União de 2025, por meio de uma emenda da bancada federal sul-mato-grossense.
Durante visita ao Estado, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reconheceu os esforços, mas admitiu que as obras só devem ser concluídas no próximo ano. “Não posso mentir e estipular um prazo. A execução depende dos processos legais e das contratações necessárias”, salientou à época.
Ramão, o qual acompanhou a reportagem nas casas das famílias atingidas pela falta de água, disse que recentemente a Defesa Civil esteve no local e informou que vai reforçar a disponibilização de água disponibilizando um caminhão-pipa e duas caminhonetes para transportar água na reserva até que os dois novos poços que foram perfurados sejam ativados.
Enquanto isso, os indígenas de Dourados seguem contando os dias para que a água volte às torneiras. Para eles, a promessa de um ano novo melhor depende não apenas de palavras, mas de ações concretas do poder público.
A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Sanesul, que informou que, em relação aos serviços de disponibilização de caminhões-pipa, os mesmos estão sendo mantidos normalmente, sem nenhum prejuízo à comunidade.
FIM DE ANO
Poluição sonora gerada pelo artefato causa perturbações em bebês, autistas, idosos, pessoas hospitalizadas e animais
30/12/2024 09h15
Fogos de artifício são utilizados nas festas de fim de ano DIVULGAÇÃO
Soltar e queimar fogos de artifício ou quaisquer artefatos pirotécnicos com efeitos sonoros está proibido em Campo Grande, conforme a Lei Complementar n. 406/2021.
Também estão proibidos a queima de fogos de artifício sem efeitos sonoros em locais fechados, em distância inferior a 500 metros de hospitais, casas de saúde, asilos, presídios, quartéis, postos de serviços e de abastecimentos de veículos, depósitos de inflamáveis, reservas florestais, bem como, a partir de porta, janelas ou terraços das edificações.
De acordo com a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), quem desrespeitar a lei, está sujeito a multa de R$1.000,00.
O barulho gerado pelos artefatos causa incômodo a pessoas hospitalizadas, bebês, autistas, idosos com Alzheimer e animais.
O órgão responsável em fiscalizar e autuar caso haja desrespeito a lei é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur).
Os fogos de artifício são explosivos de efeito pirotécnico ou sonoro feitos para fins de entretenimento, efeitos estéticos ou visuais. Geralmente são utilizados em festividades, eventos e celebrações, como Natal, Ano Novo ou em campeonatos de futebol.
Existem diversas classes de fogos de artifício, desde as mais simples até as mais complexas: A, B, C e D.
Artefatos da classe B só podem ser comercializados a maiores de 16 anos e classe C e D a maiores de 18 anos.
Conheça as categorias dos fogos de artifício:
São fogos sem estampidos. Podem ser manuseados por adolescentes a partir de 13 anos. Veja exemplos:
Fósforo de cor
Velas
Estrela de ouro
Chuvas
Pistolas em cores
Bastões
estalos de salão (biribas)
Também podem ser fogos de pequeno estampido (desde que as cargas explosivas não ultrapassem o limite de 0,2 gramas):
Estalos bebê
Estalos bebê-guaçú
Fósforo petardo
Lanternas japonesas (não pode exceder 2 gramas)
São fogos de estampidos e assobios, contendo o máximo de 0,25 gramas de pólvora explosiva em cada bomba e de efeitos visuais, como:
Girândolas
Pistolas de cores
Vulcões
Artigos giratórios em geral
* venda permitida somente para maiores de 16 anos
São explosivos contendo mais de 0,25 gramas e o máximo de 6,0 gramas de pólvora, em cada bomba. Também inclui foguetes, com ou sem flecha, cujas bombas contenham até 6 (seis) gramas de pólvora
* venda permitida somente para maiores de 18 anos
São fogos de estampido, com mais de 2,50 (duas gramas e cinquenta centigramas) de pólvora. Também inclui foguetes, com ou sem flecha, cujas bombas contenham mais de 8 (oito) gramas de pólvora
* venda permitida somente para maiores de 18 anos e para profissionais da pirotecnia com carteira blaster. A queima deve ser previamente autorizada pelas autoridades competentes.
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