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Morre ufólogo A.J. Gervaerd, aos 60, no Paraná

Ele editou por décadas a revista UFO, lançada em Campo Grande nos anos 1980

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Morreu na manhã desta sexta-feira (9), em Curitiba (PR), aos 60 anos de idade, o editor da revista UFO, Ademar José Gevaerd, o Gevaerd, como era conhecido.

Ele tinha sofrido um acidente, em casa - caiu no chão, pelo que disse um conhecido - no dia 30 de novembro, nove dias atrás e, desde de então estava internado em estado tido pelos médicos como gravíssimo.

Gevard fundou a revista na segunda metade dos anos 1980, em Campo Grande (MS), onde morava e era professor de Química.

A morte foi confirmada pelas redes sociais da Revista UFO na manhã desta sexta-feira (9): "É com isso imenso pesar que informamos o falecimento de Ademar José Gevaerd, hoje as 6:15 da manhã, no Hospital Pilar em Curitiba".

As primeiras edições foram produzidas na então gráfica Brasília, em Campo Grande. Lá, Gevaerd acompanhava a produção da revista desde o início - da fotocomposição, o primeiro passo para a impressão até sair de lá com os pacotes das publicações. Suas publicações atraíram a atenção de ufólogos espalhados pelo mundo todo.

Ele mudou-se para Curitiba em 2008. Em 2015, sofreu um baque com a morte de uma filha num acidente de automóvel. Três anos atrás, em dezembro de 2019, numa entrevista concedida a Mário Akira e publicada no site bemparana. Na conversa, ele revelou ter feito 180 viagens internacionais para tratar questão em palestras.

Aqui alguns trechos:
Bem ParanáComo foi que você se interessou e começou a pesquisar esta área? Qual sua formação acadêmica?

Ademar José Gevaerd — Bem, eu comecei muito cedo. Acho que vim para essa vida já com isso. Desde cedo eu tinha profundo interesse por ufologia e por Química Orgânica, que cheguei a ser professor e monitor em cursinhos aos 14 anos.

Na mesma época eu fiz a minha primeira palestra em ufologia para os meus colegas de aula no colégio. Aos 16 eu fiz uma palestra na Biblioteca Pública de Maringá para a comunidade. Aos 18 foi minha pela primeira vez em um congresso de ufologia. Aos 19 foi num congresso internacional realizado no Brasil. Aos 26 num congresso internacional nos EUA, e nunca mais parei.

Cheguei a fazer mais de 180 viagens internacionais, mais de 600 conferências no exterior, e milhares no Brasil. Lá pelos meus 20 e poucos anos quando lancei a revista UFO, tive complicações para continuar a dar aulas de Química, não tinha mais tempo. Então abandonei a minha carreira de professor, e desde a década de 1980 eu me dedico inteiramente para a ufologia.

BP — O que faz uma pessoa se interessar por discos voadores e vida extraterrestre? O que leva o indivíduo para essa área?

Gevaerd — Eu conheço todo tipo de pessoa ligada à ufologia e que vêm de todas as áreas, algumas apaixonadas, outra apenas interessadas. Aqueles que estão nesta área e são pesquisadores, muitas deles nasceram com isso, ou desenvolveram esse sentimento em determinado momento. O tema é fascinante. Acho que todos deviam se interessar, não exatamente por discos voadores, mas pelo fato de que existem incontáveis civilizações semelhantes a nós no universo. Isso sim é que conta. O que pode ser mais importante do que saber que não somos só nós mas bilhões de civilizações no universo. E muitas destas estão em contato conosco.

BP — Elas estão (estas civilizações)?

Gevaerd — Eu nunca questionei a existência de vida múltipla no universo, eu nunca questionei a existência de discos voadores, eu sempre tiva a mais absoluta convicção. Talvez para uma pessoa leiga ocorra de questionar isso. Mas para quem pequisa e tem acesso à informação, não. Até me impressiona ver alguns cientistas que questionam. Como assim? Alguns dizem que não existem provas de que somos visitados por formas inteligentes. Que ignorância horrorosa. Até o Pentágono começa a divulgar essas informações, mas mesmo assim alguns continuam a questionar. É muita má votade.

BP — No seu caso, como foi a reação da sua família e amigos quando começou a estudar os fenômenos UFO. Houve críticas, desconfianças e até mesmo ironia?

Gevaerd — Sim houve. Meu pai não gostava nada que eu pesquisasse, me dedicasse.Alguns colegas riam. Mas, a minha seriedade em tratar esse assunto logo foi reconhecida pelas pessoas que ironizavam. Aos poucos eu fui me impondo. Eu tenho profundo conhecimento. E em debates que tentam ironizar a ufologia eu tenho argumento de sobra para neutralizar os ataques.

Por isso quando sou convidado para debates eu questiono, o que a pessoa sabe sobre ufologia. Uma coisa é a pessoa dizer “eu não acredito”. É problema dela. Outra é dizer “não existe”, ai o problema é meu. Tabus, crenças, conhecimento e terra plana

BP — Também vivemos uma época em que muitas pessoas acreditam em outras teorias, como a terra plana, como você mencionou. Como dissociar a ufologia de outros temas considerados fantásticos?
Gevaerd — Hoje temos muito mais ciência que no passado. Essas coisas como terra plana e outras que aparecem, essas não têm relação nenhuma com a ufologia. Essas coisas a gente não combate, a gente desacredita com ciência.

BP — Em algum momento o senhor já se questionou sobre as suas crenças?

Gevaerd — É preciso fazer a seguinte distinção. Não é exatamente uma crença, é conhecer. Quando alguém fala que não acredita em disco voador, tudo bem. Mas, não é uma questão de acreditar, é uma questão de conhecimento. Em relação aos discos voadores, e sua origem, nós temos muita experiência e muito conhecimento ao longo de décadas, algo muito sólido e concreto.


BP — E você tem crença em outros “tabus”, como vida após a morte, aparições e tais?

Gevaerd — Eu aceito a vida após a morte, aceito a reencarnação, como algo factual, normal da existência. Aparições, expriências paranormais, tem que ver caso a caso.

O cinema e a TV ajudam ou atrapalham?

BP — Primeiro veio o cinema e agora temos séries na TV a cabo que abordam o assunto. Isso ajuda ou atrapalha? Essa espetacularização não acaba levando a população a considerar o tema UFO apenas como entretenimento?

Gevaerd — Acho que não. O que temos sentido é que a 20 anos, dois terços da população não acreditava em disco voador. Hoje é o contrário, dois terços acredita e um terço ainda está em cima do muro. Mas é natural. Ainda estamos em uma sociedade em que uma parte dúvida que o homem foi à Lua, e que se plantam ideias abobalhadas como essa de que a Terra é plana, e que você não pode dar vacina no seu filho.

Mas eu percebo que próximo da gente, nos eventos que organizamos, as pessoas têm sim, uma visão muito clara de que é sumamente imporante conhecer o tema ufologia. As pessoas aderem. Elas percebem que nós na Revisa UFO tratamos o assunto com muita seriedade. Eu sou formador de opinião nessa área. A Revista UFO e eu temos quase 500 mil seguidores. Por isso tenho que andar sempre na linha e com responsabilidade com o que eu falo, com o que eu afirmo.

BP — Você assiste a esses filmes e programas? O que faz com que tenhamos fascinação por esse tema?

Gevaerd — Eu sou fã de “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”. E, veja só, é um filme dos anos 70 e muito atual. Acho que assisti umas 300 vezes. Porque dá uma inspiração muito grande. E também gostei de “A Chegada”, especialmente porque levou a uma ideia completamente diferente de um extra trerrestre e de uma linguagem diferente, foi uma grande sacada. Eu acho que a fascinação estimula a gente a ter uma visão do futuro. E o futuro pode ser muito parecido com o que o cinema mostra (não todos os filmes). Eu assisto a certos filmes muitas vezes porque me trazem inspiração.

BP — Por que temos que acreditar que não estamos sozinhos?

Gevaerd — Por uma questão de lógica. A Via Láctea tem 200 bilhões de estrelas como o nosso sol. Se cada uma tiver um planeta habitável, seriam 200 bilhões de planetas como a Terra só na nossa galáxia. E os cientistas estão falando em dois a três trilhões de galáxias, e outros já falam em múltiplos universos. Isso já dá a dimensão de tudo, de que não estamos sozinhos.

BP — E, em meio a uma crise editorial de jornais e revistas, por que a revista UFO sobrevive?

Gevaerd — Ela sobrevive porque tem gente que compra. Não temos publicidade, ela se paga porque se vende. Temos uma tiragem de 10 mil exemplares e vendemos 6 mil. Ela sobrevive porque temos uma teimosia muito grande para não deixar ela acabar. Já passamos situações muito difíceis, já quebramos umas sete ou oito vezes, mas voltamos. Eu sou um obstinado! Primeiro contato

BP — Na sua opinião, como será o primeiro contato oficial com representantes extraterrestres?

Gevaerd — Muito boa pergunta. Não sei como será. Vai ser como em “A Chegada”, com naves se posicinando em todos os cantos do planeta?. Não sei se vai ser assim. Talvez o contato, a abertura venha de dentro para fora e não de fora para dentro, como geralmente se pensa. Sobre isso é muito importante que a gente fale, quem responderia pela Terra, no caso de um contato?. Ok, descem as naves, quem respondeira pela Terra,? O Trump, o Putin, o Bolsonaro, o Papa? Quem a ONU? Quem?.

Que tipo de protocolo já foi formulado para essa hipótese, porque é uma hipótese concreta, porque vai ocorrer. Pode ser amanhã, ano que vem, daqui cem anos, mas vai acontecer. Sem falar que cada vez nós estamos indo mais longe para o espaço, então, o encontro vai se dar. E quem vai falar, quais os procedimentos? Essa é uma grande questão.Eu to criando e construíndo um site, o www.obrasilseraoprimeiro.com.br, porque o Brasil foi o primeiro a reconhecer a existência dos discos voadores e sua origem extraterrestre, em 1954. Eu garanto que o Brasil será o primeiro a defender o primeiro contato.

BP — Curitiba e região têm muitos relatos de avistamentos. Você já presenciou algum? E por que Curitiba estaria na rota ou interesse dos aliens (essa expressão, aliens, seria correta?)


Gevaerd — Curitiba e região têm, sim, muitos avistamentos. Mas porque eles não a aparecem em áreas mais centrais. É que nas grandes cidades você não olha para cima, você esta dentro de lojas, prédios, carros, senão você veria. Por isso a incidência é maior em áreas abertas, como o Parque Barigui. Há uma incidência muito grande na RMC, mas em áreas de iluminação deficitária, que permite observar melhor o céu.

No Paraná tem focos de grande incidência, como a Serra do Mar, em Alexandra, que tem muitos avistamentos, no Litoral também, nas ilhas como a do Mel. Eu nunca mesmo vi nada nestes lugares. Eu já tive dois avistamentos, em 1992, no deserto de Nevada, perto da Área 51, e em 1997, no Pantanal. Mas tem que explicar, ufólogo não trabalha com seus próprios casos, mas com casos ocorridos com outros.

BP — E estas pessoas te contam?

Gevaerd — As pessoas me contam. Eu estou no supermercado, Mercado Municipal, estou no aeroporto, em qualquer lugar, as pessoas se aproximam para contar experiências que viveram. E quando a experiência tem um certo ponto de gravidade, nos partimos para investigar. Mas, a gente não investiga mais luzinhas piscando no céu, não faz mais sentido.

O que é um caso importante? É um caso que tenha acontecido bem recente, sido testemunhado por muitas pessoas, tenha durado também um bom tempo, o que permitiu às pessoas terem mais detalhes deste avistamento. Casos de efeito fisico, de posuo, de perseguição de automóvel, esses também são importantes. E, claro, casos aeronáuticos, muitos pilotos me procuram para contar experiências de avistamentos a partir de suas cabines.

Colaborou Bianka Macário 

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (21) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Com alerta de tempestade, chove em todo o estado

21/11/2024 04h30

Chuva cai em todo o estado

Chuva cai em todo o estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta quintta-feira (21), a previsão indica tempo instável devido a aproximação e o avanço de uma frente fria oceânica. São esperadas chuvas de intensidade fraca a moderada e, pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Essa situação meteorológica, também, ocorre devido a disponibilidade de umidade e o aquecimento diurno. Aliado a atuação de áreas de baixa pressão atmosférica que favorecem a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul. Nestes dias, podem ocorrer acumulados de chuva significativos, com valores acima de 30 mm/24h.

Os ventos atuam entre o quadrante oeste e sul com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 23°C e máxima de 28°C. Pode chover.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 23°C e 31°C. Há previsão de chuva.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 22°C e a máxima de 32°C. Chove.
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 23°C e máxima de 32°C. Há probabilidade de chuva.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 32°C. Chove.
  • Anaurilândia terá mínima de 23°C e máxima de 31°C. Pode chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 22°C e máxima de 30°C. Irá chover.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 20°C e 28°C. Há chance de chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 22°C e máxima de 29°C. Chove.

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Cidades

Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

Foram notificados casos da doença em pelo menos 80 países em 2024

20/11/2024 22h00

Em 2024 foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países

Em 2024 foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países Foto: Reuters / Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.Em 2024 foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 paísesEm 2024 foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países

Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.

No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.

Com informações de Agência Brasil 

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