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MPMS dá ultimato ao CCZ por remédios vencidos e falta de licença ambiental

Vistorias encontraram medicamentos e insumos com data de validade expirada em local que cuida de cães e gatos na Capital

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) ingressou com uma ação civil pública contra o Município de Campo Grande pela falta de licença ambiental para o funcionamento do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Capital e também pelo flagrante, em mais de uma vistoria, de medicamentos para uso animal com data de vencimento expirada.

De acordo com o documento protocolado na quinta-feira, em pelo menos duas vistorias realizadas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), foram encontrados medicamentos e insumos vencidos em áreas do local que trata de cães e gatos abandonados.

“Foram localizados insumos com validade expirada, especificamente, cerca de 30 unidades de seringa hipodérmica de 3 ml, pertencentes ao lote 9433/17, com data de fabricação em abril de 2017 e validade de 5 anos. O material, portanto, estava vencido desde abril de 2022”, diz trecho do documento.

“No segundo relatório, a médica-veterinária fiscal Laís Fiorense Cavalcante realizou vistorias nos dias 10, 20 e 23 de outubro de 2023, constatando a persistência de falhas técnico-sanitárias. [...] Foi encontrado um medicamento vencido e outro com ampola violada, além da ausência de livro de registro de substâncias sujeitas a controle especial, em descumprimento à legislação”, completa o MPMS.

Além dos medicamentos com data de validade vencida, um dos principais problemas apontados pelo MPMS é que o prédio funciona sem licença ambiental.

“Conforme documentos oficiais expedidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a unidade não tem licença ambiental vigente nem formalizou pedido de licenciamento até maio de 2025, em total afronta ao art. 10 da Lei nº 6.938/1981 e à Resolução Conama nº 237/1997”, segue o Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

No documento também há anexos, como um ofício da Sesau, datado de outubro de 2024, em que a secretaria admite a ausência de licença ambiental e faz a solicitação de apoio técnico para elaboração do termo de referência. Na sequência, um ofício da Sisep, de maio deste ano, informa que os documentos necessários ainda estavam em fase de elaboração.

“Dessa forma, resta evidenciado que o Município descumpriu a legislação, assim como as recomendações da fiscalização, permanecendo irregular, vez que atua sem a necessária licença ambiental, o que justifica a atuação do Poder Judiciário para assegurar o cumprimento da legislação e garantir a proteção da saúde pública, do meio ambiente e do bem-estar animal”, declara o MPMS no processo.

Ainda de acordo com o MPMS, outro problema foi a demora para que o CCZ tivesse um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), já que o documento é obrigatório para a atividade desenvolvida no local, o que contrariou, por muito tempo, leis ambientais. Nas palavras do MPMS, era uma “grave irregularidade ambiental e sanitária, capaz de expor a coletividade a riscos concretos”.

Segundo a ação civil pública, apenas em 25 janeiro do ano passado que o PGRSS foi apresentado. O descarte dos dejetos do CCZ são feitos pela CG Solurb, no entanto, o inquérito afirma que, por se tratar de grande volume, por meses nem todo o material é levado de uma vez.

Por todos esses pontos, o MPMS pede tutela de urgência para que o Município de Campo Grande apresente a comprovação, no prazo de 30 dias, de protocolo do pedido de licenciamento ambiental da unidade do CCZ e a regularização documental quanto ao controle de substâncias sujeitas a controle especial, entre outros.

A ação também pede condenação do réu, com pena de multa diária de R$ 1 mil e por obrigação descumprida, nas seguintes obrigações: não funcionar ou operar sem licença ambiental, e não funcionar ou operar sem Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

OUTRO LADO

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para saber sobre esse assunto, porém, até o fechamento desta edição, não houve retorno.

No processo, a prefeitura afirma que, no caso dos medicamentos com data de validade expirada, não houve flagra deles em uso, mas sim em locais onde estariam aguardando o descarte.

Saiba

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo Grande, além de tratar e cuidar de animais abandonados e realizar doações, também é responsável por aplicar as vacinas contra a raiva em cães e gatos de toda a Capital.

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Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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