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MEIO AMBIENTE

MS peca na oferta de dados sobre avanço do plano Carbono Neutro

Engajamento da sociedade civil também foi outra falha identificada em documento referência para visitantes na Conferência do Clima e autoridades

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Entre os desafios que as mudanças climáticas têm imposto para as políticas públicas e os olhares do mundo voltados para as iniciativas de mitigação no Brasil por conta da COP30, que acontece em novembro deste ano no País, Mato Grosso do Sul já tem plano proposto, mas está pecando no processo de transparência para apresentar resultados da implantação do Programa MS Carbono Neutro 2030.

Outro ponto de alerta é que o Estado ainda não conseguiu engajamento amplo da sociedade civil para gerar resultados práticos.

Esses pontos de atenção foram destacados como alerta dentro do Anuário Estadual de Mudanças Climáticas. Esse documento, lançado neste ano, é inédito no Brasil e trouxe uma radiografia de como os 26 estados brasileiros têm atuado para mitigar os danos causados pelas mudanças climáticas. 

Elaborado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Centro Brasil no Clima (CBC), com apoio do Instituto Itaúsa, as mais de 200 páginas servem também como bússola para governos estaduais entenderem o reflexo do que existe nos planos e como eles estão desencadeando ações no cotidiano e nos dados que estão públicos.

O Programa MS Carbono Neutro 2030, chamado também de Proclima, foi chancelado em 2021, com medidas a serem implantadas ao longo de quase 10 anos.

O foco dele indicou a implantação de práticas sustentáveis no agronegócio, restauração de áreas de preservação, aumento de fontes renováveis na matriz energética e promoção da educação ambiental.

Os pesquisadores que elaboraram o Anuário mergulharam fundo em dados públicos, consultas diretas a setores dos governos estaduais, fontes de pesquisa internacional, dados de políticas públicas federais para traçar o cenário de Mato Grosso do Sul e outros estados. 

No campo de análise sobre os planos ou estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas, em resumo, os pesquisadores apontaram falhas para serem trabalhadas. 

“Falta de transparência e participação limitada da sociedade civil na implementação do plano, além de questionamento quanto à implementação e fiscalização das ações propostas devido à persistência do desmatamento ilegal e dependência do agronegócio”, descreveram os autores do Anuário. 

O documento, além de ter se tornado público, também foi encaminhado para autoridades e está na lista de dados importantes a serem analisados por participantes da COP30.

Conforme os autores do estudo, Fernanda Fortes Westin (COPPE/UFRJ); Beatriz Oliveira de Araújo (Analista de Projetos Centro Brasil no Clima – CBC) e João Cláudio Rocha Baeta Leal (Consultor Instituto Clima e Sociedade – iCS), a atual demanda para um real enfrentamento das mudanças climáticas e seus efeitos negativos para a economia e para a vida das pessoas está no fortalecimento do papel dos Estados, tanto em conhecimento técnico, como capacidade de ser protagonista na promoção de mudanças socioambientais.

Outro obstáculo está na baixa capacidade de pagamento por conta de endividamento, índice de liquidez e recursos disponíveis. 

Além dos dados presentes no Tesouro Nacional Transparente sobre a falta de dinheiro para políticas mais eficazes contra os efeitos das mudanças climáticas, o que evidencia essa realidade de menor recurso em Mato Grosso do Sul foi anunciada pelo governador Eduardo Riedel, em 4 de agosto, corte de 25% no custeio, em todas as secretarias, reduzindo entre R$ 500 milhões a R$ 800 milhões os recursos para este ano.

As medidas sugeridas para que Mato Grosso do Sul ainda reverta esse quadro de pontos fracos em sua política de carbono neutro 2030 envolvem gerar investimentos em energia renovável, promover projetos para recuperação de pastagens degradadas, consolidar pagamentos por serviços ambientais, fortalecer a bioeconomia local. 

EM ANDAMENTO

Por parte do Estado, há detalhamento de que esforços estão sendo dedicados para garantir a implementação do programa de enfrentamento das mudanças climáticas.

Entres eles estão a participação na Iniciativa 20 x 20, lançada na COP20, em 2014, para integrar em plataforma que permite atrair investimentos para reverter em recuperação de áreas produtivas, além de medidas para conservar a biodiversidade e os recursos hídricos. Porém, o Estado não conseguiu atrair investimentos locais. 

Mato Grosso do Sul também aderiu ao Race to Zero, uma proposta que envolve a Organização das Nações Unidas (ONU) para integrar-se em projetos com recursos internacionais. 

Porém, não constam projetos em andamento recentemente. Essa medida engajou também na criação do Fundo Estadual de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Fundo PróClima), de 2022, com recursos de pouco mais de R$ 240 mil. Contudo, não houve detalhamento de captações que permitissem investimentos.

Outra iniciativa foi a adesão ao Plano ABC+ 2020-2030, do Ministério da Agricultura e Pecuária, mas ainda não constam dados que permitam identificar como MS conseguiu alcançar os resultados. 

O plano estadual, lançado nessa plataforma em 9 de julho de 2024, indicou que estão previstos apoios tributários e fiscais do governo para reduzir a idade e abate de bovinos, recuperação de áreas de pastagens, incentivar a produção de etanol, aumentar o uso de biogás para geração de energia com a meta de mitigar 80 milhões de mg de gás carbônico (CO2) até 2030.

O próprio plano estadual apontou a divulgação frequente das atividades desenvolvidas, mas esses dados ainda não constam na plataforma oficial do governo federal e também não foram localizados pela pesquisa do Anuário.

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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