Cidades

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Na contramão do país, população de MS vai parar de crescer em 2052

Entre as justificativas para a queda da população, a baixa fecundidade e a comparação entre o número de nascimentos e óbitos são as principais

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Em apenas 17 anos, o Brasil deve começar a ver sua população diminuir, ao mesmo passo que a proporção de idosos só deve aumentar. No MS, esse cenário está previsto para iniciar a partir de 2053, quando a população diminuirá até atingir 3,09 milhões em 2070, nível equivalente ao de 2034 (3,08 milhões). 

No âmbito nacional, a expectativa era que essa redução começasse em 2048, no entanto, os novos indicadores mostram que, em 2041, o número de habitantes vai chegar ao pico de 220.425.289. Os dados são das Projeções de População 2024, divulgadas pelo IBGE nesta quinta-feira (22) e feitas, pela primeira vez, com base nos dados do Censo de 2022. 

Fecundidade x nascimento 

Entre as justificativas para a queda da população, a baixa fecundidade e a comparação entre o número de nascimentos e óbitos são as principais, isso porque a partir de 2050, o número de óbitos (30.670) superará o número de nascimentos (30.390). Em 2070, a previsão é de 38.404 óbitos e 24.567 nascimentos. 

Já a taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) projetada para 2024 em MS é de 1,8 filho por mulher (6ª maior entre as Unidades da Federação), e deverá reduzir para 1,5 em 2070. 

Segundo dados apresentados, o envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento na quantidade de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos, especialmente a faixa de 30 a 34 anos, e pela redução da participação de mulheres entre 15 e 29 anos na fecundidade no estado.

Idade 

De 2000 a 2023, a proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em 2070, esse percentual deve chegar a 27,3% (846 mil idosos), enquanto em 2024 essa proporção é de 9,8% (284 mil), mais de um quarto da população do estado. 

Com isso, o envelhecimento da população fará com que a cada 10 pessoas, uma tenha mais de 80 anos (9,5%) no estado. Em 2070, haverá 74 pessoas com mais de 80 anos para cada 100 crianças no estado Os dados de idosos podem ser comparados com os de crianças (0 a 14 anos) em diversos contextos. Se analisada a proporção de pessoas idosas (com, por exemplo 60, 65 ou 80+) para cada 100 crianças, tem-se o índice de envelhecimento.

Por fim, a revisão de 2024 revelou que a esperança de vida ao nascer no ano de 2024 em Mato Grosso do Sul é de 75,4 anos para ambos os sexos, sendo a 4ª menor idade entre as Unidades da Federação (UFs). Em 2070, a esperança de vida ao nascer será de 83,6 anos para ambos os sexos, 4ª menor entre as UFs. 

Entre os sexos, as mulheres têm valores de esperança de vida ao nascer mais elevados, projetados para 2070, com 85,9 anos. Já a esperança de vida ao nascer masculina é de 81,4 anos

 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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