Cidades

"VELOZES E FURIOSOS"

Na prática, "ondas verdes" de Campo Grande dependem de horário certo e de "costurar" pelo trânsito

Para "surfar" no fluxo de veículos, Prefeitura recomenda velocidade média, impraticável, de 40 a 45 km/h na região central

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Ainda que reclamar possa parecer um comportamento inerente ao campo-grandense, diante de um transporte público precário, é difícil se conformar quando o assunto é o tempo que se gasta no trânsito da Capital, sendo que o funcionamento das chamadas "ondas verdes" acabam sendo dúvida para o morador local. 

Com a região central há mais de quatro anos passando pelas reformas do Reviva Centro, certos trechos ficaram diferentes do que o de costume, como exemplo da Av. Rui Barbosa que ganhou novo corredor de ônibus voltado para a faixa da esquerda, mas no geral, o tempo de locomoção acaba sendo o grande problema. 

Conforme a prefeitura de Campo Grande, a onda verde depende de dois fatores: dos equipamentos e do chamado "fator humano". 

"Os semáforos são programados para abrirem nessa sequência de km que há a possibilidade [de travessia contínua]. Mas para que o condutor consiga "surfar" nesta onda, é necessário que ele mantenha uma velocidade média de 40 a 45 km nessa via", apontou o Executivo Municipal em resposta ao Correio do Estado.

Em resumo, segundo a Prefeitura, se o motorista acelerar demais, em algum ponto acabará parando, e o mesmo acontece se for muito devagar.

Mas, na prática, o que se vê é que as vias tidas como "ondas verdes", simplesmente não funcionam nos horários de pico, dependendo ainda do motorista "costurar" ao invés de se manter em uma única faixa ao transitar pelo centro. 

Prova de fogo

Antes do meio-dia, na última sexta-feira (10), a equipe do Correio do Estado transitou pela região central de Campo Grande, para testar os trechos da Av. Bahia e 13 de maio, após experimentar trecho da rua 7 de setembro, onde foi constatado que os carros param em todos os semáforos observados entre as ruas Tv. José Bacha e José Antônio. 

Primeiro, na rua 13 de maio, ao sair da Av. Mato Grosso, o motorista precisa chegar a 60 km/h caso queira acompanhar a "onda verde" que abre na via. 

Já na Bahia, o percurso, comumente conhecido por ter um trecho bastante íngreme, segue tranquilo antes de chegar na Av. Afonso Pena, isso fora do horário de pico. 

Vale ressaltar que aqui, passada a Av. Afonso Pena, o trecho fica mais estreito e o que eram três faixas de deslocamento afunila-se para apenas duas. 

Valores pelos serviços

Há cinco anos a prestação de serviços relacionados à sinalização de trânsito semafórica, em Campo Grande, é feita pelo mesmo nome: Consórcio CAM, que ainda em 2018 celebrou contrato, no valor total que ultrapassava a casa de trinta e um milhões (R$31.781.691,72).

Pelo menos cinco aditivos aconteceram de lá para cá, para que a continuidade do serviço fosse garantida, sendo o último celebrado em 19 de abril do ano passado, com reajuste baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) de 10,29%. 

Com isso, o atual termo contratual, corrigido para quase cinquenta milhões (R$ 49.172.462,27), firma um prazo até o próximo dia 20 de abril. 

 

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Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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