Cidades

ANUÁRIO DA SEGURANÇA

No Estado, seis crianças são estupradas por dia; MS tem maior taxa país

Mato Grosso do Sul é o estado que tem mais casos de estupro de vulnerável por 100 mil habitantes no Brasil

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Dados alarmantes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Mato Grosso do Sul têm meia de seis crianças estupradas por dia, com 2.183 casos registrados de estupro de vulnerável no ano passado.

Quando se trata de crimes sexual contra a faixa etária vulnerável, de 0 a 17 anos, Mato Grosso do Sul, e a cidade de Dourados, são as localidades com a maior taxa de estupro por 100 mil habitantes do país.

O Estado, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, tem taxa de 297,1 casos de estupro de vulnerável.

Segundo relatório do Anuário de Segurança Pública o “Mato Grosso do Sul tem índices sempre alarmantes. Apesar de ter diminuído em 4,7% a taxa de incidência de estupro de vulnerável de 2021 para 2022, no ano de 2023 teve um incremento de 9,6% nas taxas deste crime, chegando a 79,2 ocorrências por 100 mil habitantes”, descreveu o relatório.

O Anuário se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. 

A pesquisa também enfatizou o recorte de ocorrências no Estado quando se trata das menores faixa etárias vítimas de estupro. 

A cidade de Dourados tem taxa de 98,6, sendo a cidade do Brasil com a maior taxa por 100 mil habitantes, e a quinta cidade com as maiores taxas de violência sexual do País.

“Em primeiro lugar na lista dos 50 municípios com mais de 100 mil habitantes com as piores taxas deste crime, está Dourados, município do MS, com a marca assustadora de 343,2 ocorrências por 100 mil habitantes de 0 a 13 anos. Dourados é seguido por Sorriso (326,3) no Mato Grosso e Passo Fundo (312,3), no Rio Grande do Sul”, alertou. 

No levantamento nacional também consta os municípios de Três Lagoas na quinta colocação, com os piores registros de estupro de vulnerável (taxa de 88,5 por 100 mil habitantes) e Campo Grande na 36ª posição entre as cidades brasileiras com mais ocorrências (taxa de 69,3 por 100 mil habitantes).

Além de MS, quem tem a maior taxa de estupro de vulnerável, outros estados também apresentam números alarmantes sobre este recorte, como Rondônia com taxa de 250,4 por 100 mil habitantes, Roraima (239,9), Paraná (225,0), Santa Catarina (209,5) e Mato Grosso (200,5).

Com relação aos maus tratos na mesma faixa etária, Mato Grosso do Sul também têm os maiores índices de 2023, com taxa de 215,2 por 100 mil habitantes, seguido por Roraima (148,1), Rondônia (115,6), Santa Catarina (111,3) e Rio Grande do Sul (104,9).

DADOS GERAIS

Ao todo, o Estado registrou em 2023, 2.603 casos de estupros, sendo 2.183 tendo como vítimas menores de idade, e 420 adultos.

Em comparação com os dados de 2022, que foram de 2.397 estupros, o Estado teve um crescimento de 8% no número de casos.

Referente ao estupro de vulnerário o aumento de ocorrências foi de 9,5%. Entre os registros do crime com vítimas adultas, a taxa também subiu de um ano para o outro em 3,7%. 

O registro de casos em 2022 foram de 405, contra 420 em 2023.

OUTROS NÚMEROS

Mato Grosso do Sul também é o estado brasileiro com mais casos absolutos de estupros de pessoas LGBTQI+. O casos saltaram de 19, em 2022, para 57, em 2023, crescimento de 200%, o maior do Brasil. 

No ano passado o Estado teve dois casos de assassinatos de LGBTQI+, sendo a mesma quantidade de 2022. Os casos de lesão corporal tiveram redução de 20,4%, passaram de 54 em 2022 para 43 no ano passado. 

Mato Grosso do Sul também foi o Estado com o maior crescimento dos casos de homofobia e transfobia no Brasil, e o segundo em termos de crescimento dos casos de injúria racial. 

Conforme o anuário, os casos de homofobia e transfobia no Estado cresceram 600%. 

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TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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