Cidades

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NO RIO GRANDE DO NORTE - Praia de Pipa se divide entre a natureza e o crack

NO RIO GRANDE DO NORTE - Praia de Pipa se divide entre a natureza e o crack

Redação

29/08/2010 - 17h45
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      Roberta Trindade - Repórter   O lugar é paradisíaco, o mar, o verde, as ruas estreitas, o jeito acolhedor da praia de Pipa envolve turistas e nativos. Caminhar pela orla marítima, tomar uma água de coco sentado na praça ou simplesmente ir à noite para a balada. Não tem quem não se apaixone pela região. Sem contar com o peixe frito, o camarão no alho e óleo, a cerveja gelada. Os turistas amam. Noruegueses, americanos, italianos, espanhóis. Eles chegam e logo estão adaptados ao meio, mas não é só de alegrias que vive este lugar  cheio de encantos. Quem escolhe Pipa para passar férias ou para morar tem que conviver com o ?mal do século? - o tráfico de drogas. A reportagem da Tribuna do Norte esteve em Pipa e todos os entrevistados possuem a mesma opinião. O problema da localidade foi detectado como sendo uma pedrinha branca que até parece inofensiva, mas que causa um mal gigantesco a toda sociedade ? o crack. Na praia de Pipa circula o panfleto: ?Violência em Pipa e em Tibau do Sul?. Quem escreveu e distribuiu para a população, sem dúvida queria protestar. Em um dos parágrafos consta a seguinte frase: No prazo de um ano foram assassinados na praia de Pipa três turistas. Um sueco, um alemão e agora (23 de agosto) uma portuguesa.  Onde estão os assassinos? A passividade da população é incrível. Ninguém protesta. Ninguém faz nada!        Ana Lúcia Dias Marinho, 26 é nativa e trabalha como domestica. Ela afirma que a situação de Pipa é preocupante por causa do tráfico que ocorre diariamente. Quem quer maconha, crack ou até cocaína consegue facilmente sem ter que gastar a sola da sandália. É muito fácil encontrar quem indica o lugar ou a pessoa certa para vender o entorpecente. Pontos de drogas não faltam. ?O problema é que a polícia prende os traficantes em um dia e solta no outro?. Para Raissa Penner,19, vendedora, a situação é gravíssima. ?Sem dúvidas, o que estraga a região é mesmo o crack. A polícia não dá conta?. Guido Penner, 45 pai de Raissa vai mais fundo e acredita que existe solução para o problema. ?Se  tivesse um trabalho verdadeiro da polícia, não seria desta forma?. Para Guido que conhece boa parte do país e já morou na Itália falta iniciativa. Vontade política para que o problema do tráfico de drogas seja exterminado na região. Já para o gerente de restaurante João Batista de Melo todo mundo sabe onde vende droga. ?Durante a noite é muito pior. Os turistas se envolvem com drogados porque querem o crack, a maconha, mas depois ocorre o pior. São assaltados. Quem procura acha mesmo?. João conta que todos os dias caminha cerca de dois quilômetros para chegar até o trabalho e nunca foi assaltado. ?Só tem assalto porque tem o crack?.         

fatalidade

Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

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Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

Cidades

Comunidade indígena será indenizada por pulverização aérea de agrotóxicos em MS

Pulverização aérea de agrotóxico em lavoura de milho atingiu moradias da comunidade indígena Tey Jusu, em Caarapó, e causou problemas de saúde

12/10/2024 16h33

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre Divulgação / MPF-MS

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Moradores da comunidade indígena Tey Jusu, localizada no município de Caarapó, serã indenizados por danos decorrentes da pulverização aérea de agrotóxico, que atingiu moradias, em desacordo com as normas ambientais. 

Decisão é da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que julgou recurso e reconheceu o direito dos povos tradicionais neste caso.

Conforme o processo, um parente do proprietário da fazenda contratou uma empresa para fazer a pulverização do agrotóxico em uma lavoura de milho, mas o fungicida também acabou acabou atingindo casas de indígenas da região.

No caso, foi utilizado o produto “Nativo”, fungicida classificado como “muito perigoso”, cuja instrução de uso inclui “proteger casas, rios, lagos e nascentes”.

O Ministério Público Federal (MPF) havia movido ação civil pública na qual afirmou que, após a aplicação do fungicida, pessoas da comunidade, inclusive crianças, apresentaram dor de cabeça, dor de garganta, diarreia e febre. 

Em primeira instância, a 1ª Vara Federal de Dourados fixou a indenização por danos morais coletivos em R$ 150 mil e não estabeleceu valor para reparação do dano ambiental, por considerar não haver comprovação. 

Tanto o MPF quanto o produtor rural e demais condenados recorreram, com o MPF pedindo a reparação do dano ambiental e os réus pedindo absolvição ou redução dovalor da indenização por danos morais coletivos.

Recurso

No julgamento do recurso, a Primeira Turma do TRF3 deu parcial provimento às apelações.

O Colegiado considerou que a aplicação do produto não obedeceu às regras de instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, por não respeitar distância mínima de 250 metros de moradias, tendo em vista que havia barracos dentro da lavoura. 

“Apesar de a dispersão do agrotóxico ter se limitado a 90 hectares da propriedade, como sustentaram os requeridos, foi comprovado que indígenas haviam construído barracos de lona plástica junto a esta lavoura de milho e dentro dela”, segundo o acórdão. 

Segundo a decisão, “a pulverização aérea de agrotóxico sobre comunidade indígena, uma vez comprovada, como foi no caso, é dano ambiental notório porque improvável, pelas regras de experiência comum, que dela não derivem riscos à saúde, à segurança e ao bem-estar, no caso, dos silvícolas Tey Jusu que fixaram moradia na circunscrição e dentro da lavoura em questão”.  

Assim, foi estabelecida a reparação do dano ambiental e determinada a redução do valor da indenização por danos morais coletivos, de R$ 150 mil para R$ 50 mil, para limitá-lo à quantia pedida pelo MPF. 

O proprietário da fazenda, o parente do fazendeiro, que foi responsável pela contratação do serviço; a empresa contratada  e o piloto responsável pela dispersão do fungicida foram condenados ainda ao pagamento de R$ 170 mil à comunidade indígena, para reparação do dano ambiental.

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