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INCÊNDIO

Nova onda de frio prevista para Mato Grosso do Sul pode intensificar ocorrência de queimadas

Massa de ar polar chega no sul do Estado a partir desta quinta-feira (15)

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Nova onda de frio que se aproxima de Mato Grosso do Sul pode contribuir para a ocorrência de queimadas na região da Nhecolândia e do Paraguai-Mirin, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão. 

Abrahão diz que a combinação de solo seco, vegetação seca, temperatura baixa e umidade relativa do ar baixa são ideais para fogo no Pantanal e norte do Estado.

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A vegetação perde líquido com as baixas temperaturas, o que a deixa seca, favorecendo a ocorrência de queimadas. 

“A próxima massa de ar polar vai multiplicar as secas em todo Estado”, afirma Abrahão ao Correio do Estado.

O analista ambiental do Prevgofo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Alexandre Pereira, explica ao Correio do Estado que a geada tem efeito negativo, pois seca e mata a vegetação, favorecendo a ocorrência de queimadas. 

“O problema não é durante o frio e sim depois do frio, pois a geada tem um efeito muito ruim para a vegetação que acaba secando a vegetação totalmente. Ela mata e depois fica seca”.

De acordo com Abrahão, Corumbá e Água Clara registraram os menores índices de umidade relativa do ar (16%). 

Rio Brilhante (17%), Cassilândia (18%), Três Lagoas (19%), Campo Grande (19%), Coxim (20%), Santa Rita do Pardo (21%), Dourados (22%), Iguatemi (24%) e Ponta Porã (26%) também registram índices críticos.

Queimadas

O tempo seco, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas favorecem a ocorrência de queimadas severas no Pantanal sul-mato-grossense e no município de Bonito.

A estação de inverno é propícia para ocorrência de queimadas por conta do tempo seco, estiagem e escassez de chuvas.

Militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuam na região da Nhecolândia e do Paraguai-Mirin realizando ações de combate aos focos de calor.

Números cedidos pelo CBMMS apontam que 3.750 ha foram queimados na operação Panemorfi.

Relatório apresentado pelo CBMMS mostra que foram registrados 785 focos de janeiro até o dia 15 de junho deste ano no bioma Cerrado (60%) e 217 no Pantanal sul-mato-grossense.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) indicam que o número de focos de calor registrados no pantanal sul-mato-grossense foi 87,22% menor de janeiro até 15 de junho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, essa redução foi de 66,72%.

Decretos

Decreto que declara situação de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul foi publicado no Dário Oficial Eletrônico (DOE) desta terça-feira (13). 

Todo e qualquer tipo de queimada, inclusive queimada autoriza, está proibida no Estado por 180 dias. A medida vale para todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Outro decreto que proíbe queimadas controladas por 120 dias foi publicado no Dário Oficial Eletrônico (DOE) em 30 de junho deste ano. 

Previsão do tempo para os próximos dias 

O clima permanece seco, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas até esta quarta-feira (14), de acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

Nova onda de frio deve retornar ao Estado trazendo geada a partir de quinta-feira (15). 

Abrahão diz que a frente fria deve vir acompanhada de pouca chuva.

Grande amplitude térmica marca esta semana em Mato Grosso do Sul, que é a diferença entre a temperaturas máxima e mínima.

Para esta quarta espera-se de céu limpo à parcialmente nublado. Não há previsão de chuva.

A umidade do ar varia entre 20% a 65%. O ideal é acima de 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Recomendações

O analista ambiental do Prevfogo alerta que pessoas respeitem os decretos ambientais e não utilizem fogo de forma alguma.

De acordo com o Ministério da Saúde, em caso de tempo seco, pessoas devem:

  • Beber dois litros de água por dia;
  • Evitar atividades físicas de 9h até 17h;
  • Evitar exposição ao sol durante a tarde e
  • Colocar um balde de água no quarto para facilitar a respiração.

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Cidades

Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

Entidades médicas recomendam campanhas de combate à gordofobia

23/10/2024 23h00

Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento Agência Brasil

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O atendimento a pacientes obesos em emergências de todo o país requer adaptações urgentes, incluindo adequações na estrutura hospitalar, como o uso de macas reforçadas, até a capacitação de equipes para procedimentos como intubação e obtenção de acesso venoso. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimentoObesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

“O aumento da obesidade na população brasileira trouxe à tona importantes desafios para os profissionais de saúde, especialmente nos departamentos de emergência”, avaliam as entidades em nota conjunta. “A falta de preparação adequada em muitas unidades pode resultar em atrasos críticos ao tratamento, agravando condições que exigem intervenção rápida”, completa o documento.

Dados do Ministério da Saúde indicam que 61,4% da população nas capitais brasileiras apresenta sobrepeso, enquanto 24,3% vivem com obesidade. Em todo o planeta, a Federação Mundial de Obesidade estima que o número de adultos com sobrepeso ou obesidade chegará a 3,3 bilhões em 2035. Nesse contexto, as entidades avaliam que não se pode assistir à crescente demanda sem se preocupar com a qualidade da assistência prestada aos pacientes.

A nota conjunta destaca que, nos departamentos de emergência, a realização de exames físicos figura como um dos maiores desafios – o excesso de tecido adiposo dificulta exames clínicos essenciais, como palpação e ausculta, e compromete a identificação rápida de sinais clínicos críticos, como a pulsação em pacientes inconscientes. Tudo isso pode atrasar procedimentos que exigem resposta imediata, como a ressuscitação cardiopulmonar.

“Além disso, procedimentos rotineiros, como a obtenção de acesso venoso, tornam-se mais complicados e exigem maior número de tentativas, o que aumenta o risco de infecções e tromboses. Outro ponto crítico é a intubação em pacientes com obesidade, que demanda técnicas especializadas, como a ‘posição rampada’, que facilita a visualização das vias aéreas e melhora a ventilação.”

Exames de imagem, segundo as entidades, também enfrentam limitações entre pacientes com obesidade ou sobrepeso. Ultrassonografias e radiografias são prejudicadas pela presença de tecido adiposo, enquanto tomografias e ressonâncias, muitas vezes, requerem múltiplas varreduras, prolongando o tempo de exame e aumentando a exposição à radiação.

Recomendações

Em meio ao cenário, a Abramede e a Abeso recomendam:

- adaptar a infraestrutura dos departamentos de emergência para acomodar o peso e as dimensões de pacientes com obesidade, incluindo a disponibilização de macas reforçadas, cadeiras de rodas maiores e balanças de alta capacidade;

- capacitar equipes médicas, sobretudo para que os profissionais possam realizar exames físicos adaptados à obesidade e manusear corretamente equipamentos necessários para o atendimento desses pacientes;

- combater o estigma associado à obesidade por meio do incentivo para que profissionais da saúde utilizem linguagem empática e adequada, evitando atitudes preconceituosas que possam impactar negativamente o atendimento.

No âmbito de políticas públicas, o documento propõe medidas como a incorporação de treinamento sobre obesidade e suas comorbidades nos currículos de programas de residência em medicina de emergência, além da inclusão do peso do paciente nas informações de referenciamento, para que indivíduos com mais de 150 quilos sejam encaminhados a serviços devidamente capacitados e estruturados para seu atendimento.

As entidades defendem ainda a criação, em caráter de urgência, de protocolos clínicos padronizados para o cuidado de pacientes com obesidade grave em emergências, incluindo adaptações físicas e suporte psicológico necessário. “O combate à gordofobia deve ser promovido por meio de campanhas institucionais de conscientização e educação, a fim de reduzir o preconceito e garantir um atendimento humanizado e adequado”.

Cidades

Mais de 1 milhão de usuários compartilham pornografia no Telegram

Aplicativo lidera o número de denúncias recebidas pela SaferNet

23/10/2024 22h00

Mais de 1 milhão de usuários compartilham pornografia no Telegram

Mais de 1 milhão de usuários compartilham pornografia no Telegram Agência Brasil

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Um relatório elaborado pela SaferNet, organização não-governamental que desde 2005 atua na promoção dos direitos humanos na internet, revelou que 1,25 milhão de usuários do aplicativo de mensagens Telegram participam de grupos ou de canais que vendem e compartilham imagens de abuso sexual infantil e de material pornográfico. Só em uma dessas comunidades - e que continuava ativa – foi observada a presença de 200 mil usuários.Mais de 1 milhão de usuários compartilham pornografia no TelegramMais de 1 milhão de usuários compartilham pornografia no Telegram

Intitulado de "Como o Telegram tem sido usado no Brasil como um espaço de comércio virtual por criminosos sexuais", o relatório foi entregue nesta quarta-feira (23) à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, à Polícia Federal e também para autoridades francesas, que investigam diversos crimes no Telegram. Uma dessas investigações levou, recentemente, o presidente e fundador da companhia, Pavel Durov, à prisão na França. Ele responde em liberdade, mas não pode deixar o país.

O relatório que foi entregue hoje às autoridades foi produzido por meio de uma pesquisa em 874 links do Telegram que haviam sido denunciados à Safernet por usuários da internet por conterem imagens de abuso e de exploração sexual infantil. A SaferNet analisou todos estes links e descobriu que 149 deles ainda seguiam ativos, sem terem sofrido qualquer restrição pela plataforma. Além disso, a SaferNet identificou mais 66 links que nunca haviam sido denunciados antes e que continham também conteúdos criminosos.

“Fizemos um levantamento minucioso dos links de grupos de Telegram que foram denunciados no Brasil, através do endereço www.denuncie.org.br , que é o canal de denúncias da SaferNet Brasil, no período de 1º de janeiro a 30 de junho desse ano. Desses 874 links, 141 ainda estavam ativos nos meses em que houve a verificação, que foi de julho a setembro. Desses links ativos, nós encontramos 41 grupos em que comprovadamente havia não só a distribuição de imagens de abuso sexual infantil, mas também a compra e venda. Era uma feira livre, um comércio de imagens de abuso sexual infantil, com imagens reais, algumas imagens autogeradas e outras imagens produzidas por inteligência artificial”, explicou Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil.

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define como crime a venda ou exposição de fotos e vídeos de cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. Também é crime a divulgação dessas imagens por qualquer meio e a posse de arquivos desse tipo. Para a Safernet, quem consome imagens de violência sexual infantil é também cúmplice do abuso e da exploração sexual infantil.

De acordo com Tavares, os usuários e administradores destes grupos do Telegram cometeram vários crimes, entre eles, os de compartilhamento e de venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil, de imagens de nudez e de sexo vazadas sem consentimento e de venda de material pornográfico gerado com inteligência artificial. “É uma verdadeira feira livre do crime digital no Brasil”, definiu o presidente da ONG.

“São vários crimes que estão implicados. O Ministério Público Federal já recebeu toda essa documentação que contêm todas as evidências que foram coletadas, inclusive o endereço dos grupos que continuam ativos. É uma verdadeira feira livre do crime digital no Brasil. Nós também coletamos e identificamos palavras e códigos que são utilizados pelos criminosos para indexar conteúdo de abuso de exploração sexual infantil, e também para denunciar conteúdo ilegal relacionado a abuso sexual infantil em diferentes idiomas”, disse ele, em entrevista hoje (23) à Agência Brasil.

Além destes crimes, a SaferNet descobriu que parte dos conteúdos são publicados por bots ou vendidos tendo criptomoedas como pagamento, o que dificulta ainda mais a identificação dos criminosos. “Identificamos a existência de bots, ou seja, robôs, dedicados a criar novas imagens mediante pagamento. Você faz o upload, por exemplo, de uma foto de alguém e mediante pagamento, esse robô lhe retorna uma imagem de nudez, ou mesmo pornográfica. Isso mediante pagamento via PIX ou utilizando-se fintechs ou processadores de pagamento espalhados em 23 países. Destes 23 processadores de pagamento conveniados com o Telegram, existem pelo menos cinco empresas sancionadas internacionalmente e que estão processando pagamentos no Brasil”, disse Tavares.

Esses mecanismos que são utilizados para o processamento financeiro das operações no Telegram, alerta Tavares, demonstram “uma flagrante violação às normas do Banco Central” e podem também estar sendo utilizados para lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo no mundo.

“No relatório a gente pede também ao Ministério Público que não só oficie o Banco Central, como também a Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro, cuja secretaria fica no Ministério da Justiça e Segurança Pública, para que realize estudos com o objetivo de identificar e propor recomendações para suprir as lacunas existentes na regulação do setor no Brasil para impedir que o sistema financeiro processe esse tipo de pagamento destinado a financiamento de redes de exploração sexual de crianças e adolescentes”.

Líder de denúncias

O Telegram é o aplicativo de mensagens que lidera o número de denúncias recebidas pela SaferNet. Desde 2021 ele é também um dos dez domínios que tem mais links associados a pornografia infantil e que foram denunciados à ONG. Há anos o Telegram tem sido alvo de denúncias por não remover comunidades e usuários brasileiros que praticam crimes como a discriminação racial, os ataques à democracia, a apologia ao nazismo ou a exploração sexual de crianças e adolescentes.

“O Telegram é uma empresa obscura que opera em escala global. São 900 milhões de usuários no mundo todo e, segundo o seu próprio fundador e presidente, essa operação é tocada por 35 engenheiros. Ou seja, é uma equipe propositadamente e deliberadamente muito reduzida”, disse Tavares. “É uma empresa que tem um comportamento empresarial incompatível com a legislação brasileira, com a Constituição Federal, com o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente e com o que determinam as regras básicas de compliance e de conformidade para a operação e desenvolvimento de atividades econômicas em qualquer país”.

A Agência Brasil procurou o Telegram para se manifestar sobre esse relatório, mas até a publicação desta reportagem não havia obtido resposta da empresa.

Denúncias

É possível denunciar páginas que contenham imagens de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Isso pode ser feito na Central Nacional de Denúncias da Safernet Brasil (https://new.safernet.org.br/denuncie). Em caso de suspeita de violência sexual contra crianças ou adolescentes, deve ser acionado o Disque 100.

A plataforma Telegram também permite que os usuários reportem conteúdos, canais, grupos ou mensagens criminosas. Isso pode ser feito pelo e-mail [email protected], com o assunto “Denúncia usuário @nome”. ´É preciso incluir detalhes do motivo da denúncia e aguardar um retorno da empresa.

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