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Novas reservas de ferro superam um terço do total já conhecido

Novas reservas de ferro superam um terço do total já conhecido

Redação

03/09/2010 - 20h18
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AGÊNCIA ESTADO, SÃO PAULO

As reservas de minério de ferro de Mirassol D´Oeste, com 11,5 bilhões de toneladas de minério de ferro e 450 milhões de toneladas de fosfato, divulgadas pelo governo do Estado de Mato Grosso nesta semana, correspondem a mais de um terço do total de 30 bilhões de toneladas do País estimado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) com base em estatísticas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Com as novas reservas de ferro, o total projetado salta para 41,5 bilhões de toneladas.
A exploração dos depósitos foi requerida pela GME4, empresa que atua na prospecção e no desenvolvimento de depósitos minerais, para venda ou formação de joint ventures no mercado nacional e global. A GME4 tem como sócios Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, e o geólogo João Carlos Cavalcanti. A assessoria de imprensa da GME4 disse que, por enquanto, a empresa não vai se pronunciar sobre as reservas descobertas.
Segundo fontes da Secretaria de Indústria, Comércio e Minas e Energia do Mato Grosso, a GME4 tem autorização para pesquisas numa área que totaliza um milhão de hectares no Estado. Há alguns anos, os diretores da empresa estiveram na secretaria e disseram que tinham a intenção de atrair investidores para explorar as jazidas que fossem encontradas.
“A perspectiva de tempo médio entre a descoberta de uma reserva e o início das operações é de cinco a sete anos”, disse o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna. Justamente por essa defasagem entre a identificação dos depósitos e a mineração efetiva é que o mercado não espera que a descoberta afete os negócios da Vale no curto prazo, nem a relação apertada entre oferta e demanda da commodity prevista para os próximos três anos.
A China é o maior produtor mundial de minério, mas suas reservas têm baixo teor de ferro contido, o que desperta o interesse dos chineses por mineradoras em todo o mundo e por ativos da matéria-prima.

Teor de minério
A qualidade das reservas de minério de Mirassol D´Oeste, com teor de ferro contido de 41%, é bastante inferior às da Vale, cujo grau médio é de 56,5%. Considerando apenas o Sistema Norte da Vale, onde está Carajás, o teor de minério sobe para 66,7%.
 “A qualidade do minério das reservas descobertas em Mato Grosso são razoáveis, mas demandam beneficiamento, pois o teor mínimo para comercialização é de 58%. A Vale se incomodaria só se uma nova Carajás tivesse sido encontrada”, disse o analista da Geração Futuro Rafael Weber. Segundo ele, é preciso saber se o teor das reservas é homogêneo.
Na avaliação de um analista que pediu para que seu nome não fosse divulgado, o teor de 41% já é economicamente viável. Já o analista da Coinvalores Marco Saravalle diz que a viabilidade da exploração das novas reservas vai depender da tendência dos preços do minério no longo prazo.
A questão logística será outro fator determinante para a definição da viabilidade do projeto de Mirassol D´Oeste, na opinião de analistas. “As reservas estão mais distantes dos portos do que as demais. A produção do Pará tem infraestrutura pronta de escoamento no Maranhão e de Minas, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro”, compara Weber, da Geração Futuro. “Hoje há dificuldade para escoamento do minério de Mirassol D´Oeste. Não existe infraestrutura para isso”, acrescenta o presidente do Ibram.

Cidades

Quatro hospitais reforçam acesso à cirurgia bariátrica em MS

Com duas unidades no interior e outras em Campo Grande, foram realizadas mais de 400 consultas e, posteriormente, o encaminhamento cirúrgico

02/01/2025 16h15

Foto: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES), com novas unidades hospitalares — sendo duas no interior e duas em Campo Grande —, conseguiu ampliar o acesso a consultas e cirurgias bariátricas para pacientes de Mato Grosso do Sul.

Segundo a SES, as consultas e procedimentos estão alinhados conforme indicado pelo Ministério da Saúde.

Para se ter uma ideia, em Três Lagoas, duas unidades realizam o atendimento à população, sendo o Hospital Regional Magid Thome, com atuação desde 2023, que se tornou referência pela Regulamentação Estadual.

Esse hospital registrou 196 consultas para iniciar o processo cirúrgico e 25 cirurgias bariátricas efetuadas dentro do esperado. No mesmo município, está o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, que efetuou 10 consultas e 3 cirurgias.

Reforço

Já o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, iniciou os procedimentos em 2024, o que auxiliou na capacidade do Estado com os atendimentos e a suprir a demanda.

Somente nos primeiros três meses, foram 40 pacientes agendados para a primeira consulta e 19 cirurgias programadas.

A superintendente de Gestão Estratégica da SES e coordenadora do programa MS Saúde, Maria Angélica Benetasso, frisou que o Estado está avançando com responsabilidade e planejamento, garantindo que o paciente tenha o suporte necessário.

“Nosso compromisso é oferecer qualidade de vida, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e atendendo às reais necessidades de cada pessoa. Essa evolução só é possível graças às parcerias que têm permitido a expansão do serviço pelo interior do Estado, beneficiando cada vez mais sul-mato-grossenses”, destacou Maria Angélica.

Ainda, segundo a superintendente, o Programa MS Saúde tem sido fundamental para ampliar o acesso do paciente em todo o processo, totalizando até agora 416 agendamentos de primeira consulta e 23 cirurgias bariátricas marcadas.

Por meio desse programa, o Hospital Adventista do Pênfigo tem se destacado com 406 consultas agendadas e 20 cirurgias realizadas.

Triagem

É importante ressaltar que nem todos os pacientes que iniciam o processo terminam realizando a cirurgia bariátrica. A avaliação passa por uma equipe multidisciplinar que segue todos os critérios médicos e clínicos, como índice de massa corporal (IMC) e comorbidades associadas.

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Infraestrutura

Com R$ 2,6 bi do BNDES, mais de 800 km de rodovias estaduais serão modernizadas

660 km serão pavimentados e outro 170 km passarão por restauração

02/01/2025 15h46

Um empréstimo de R$ 2,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Mato Grosso do Sul será usado para modernizar vias estaduais

Um empréstimo de R$ 2,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Mato Grosso do Sul será usado para modernizar vias estaduais Foto: Gerson Oliveira

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A infraestrutura rodoviária de Mato Grosso do Sul passará por uma modernização, impulsionada por um robusto financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com um investimento total de R$ 2,6 bilhões, incluindo uma contrapartida estadual de R$ 300 milhões, o estado avança na modernização de suas rodovias, promovendo o desenvolvimento econômico, a integração regional e a sustentabilidade.

O plano de modernização abrange 800 km de rodovias estaduais, distribuídos da seguinte forma:

  • 660 km de pavimentação
  • 170 km de restauração e adequação

Este investimento se soma a R$ 1,87 bilhão em obras já em andamento, em diferentes etapas do processo licitatório:

  • R$ 560 milhões publicados em 2024
  • R$ 450 milhões em fase de publicação
  • R$ 860 milhões previstos para o primeiro trimestre de 2025

Impacto

O governador Eduardo Riedel destacou a importância do investimento. "Este recurso do BNDES é de vital importância, permite que continuemos a investir de forma consistente na infraestrutura e logística do Estado, o que garante o interesse e possibilidade de receber mais capital privado, com uma economia competitiva, em pleno crescimento".

Guilherme Alcântara, secretário estadual de Infraestrutura e Logística, enfatizou que, além do impacto no trânsito, as obras também contribuir para redução de custos para empresas. "Estamos falando de obras que não só melhoram as condições de trafegabilidade, mas também transformam a logística regional, reduzindo custos e conectando regiões produtivas a mercados nacionais e internacionais".

A modernização das rodovias trará benefícios significativos para diversos setores, como:

  • Agronegócio: Facilitará o escoamento da produção agrícola
  • Cadeias produtivas: Impulsionará setores como celulose, citricultura e grãos
  • Investimentos privados: Atrairá empresas como Arauco, Bracell, Suzano, Cutrale e Grupo Moreira Salles (Cambuhy Agropecuária)

Sustentabilidade

O projeto também incorpora práticas sustentáveis para minimizar impactos ambientais. Com um investimento anual estimado em R$ 500 milhões para manutenção, espera-se uma redução significativa nos custos de conservação e maior durabilidade da malha pavimentada.

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