Cidades

INVESTIMENTO

Novo ônibus City Tour em Campo Grande terá padrão internacional

Com aquisição de ônibus, prefeitura espera fomentar o turismo na Capital

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Em função da valorização da moeda americana ante o real, Campo Grande ganhará no segundo semestre um novo ônibus turístico, estilo hop-on hop-off (embarque e desembarque, em inglês), com paradas para visitação.  

De acordo com a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, graças à valorização cambial, Campo Grande terá novos investimentos, entre eles, o ônibus turístico, inédito em Mato Grosso do Sul.  

“Com a valorização cambial, iremos adquirir um hop-on hop-off para Campo Grande. Estamos orçando a compra para então elaborar o processo licitatório. O objetivo é que esse novo ônibus turístico esteja em operação no segundo semestre deste ano”, explicou.

Como já noticiado pelo Correio do Estado, as obras de revitalização do Centro de Campo Grande são financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o valor de US$ 56 milhões.

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Contudo, quando o acordo foi firmado, em maio de 2017, a cotação do dólar estava em R$ 3,23; atualmente, a moeda americana varia entre R$ 4,90 e R$ 5,16, o que permitiu que o município ampliasse as intervenções na Capital.  

Os ônibus hop-on hop-off são populares em grandes cidades turísticas, têm dois andares, circuitos preestabelecidos e param sempre próximos aos pontos turísticos. Os ônibus são um meio de transporte focado em turismo e chamam atenção principalmente daqueles que têm pouco tempo na cidade e querem maior facilidade nos deslocamentos.  

Conforme o superintendente da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Carlos Wander Loubet, o novo atrativo será uma alternativa para que turistas e moradores possam conhecer melhor os pontos turísticos da Capital.

“Será um passeio desbravador, que mostrará paisagens, monumentos, curiosidades e fatos marcantes que colaboraram para o desenvolvimento da cidade. Com a aquisição deste novo veículo, poderemos oferecer mais uma opção de lazer tanto para o turista que visita nossa cidade quanto para a população”, destacou.  

O veículo deverá ser equipado com sistema de áudio, permitindo aos passageiros, durante o trajeto, ouvir uma gravação com informações detalhadas dos pontos turísticos (em até três idiomas), além de ter dois andares e visão panorâmica. O investimento está orçado em R$ 1 milhão.

De acordo com a Sectur, o cliente poderá optar por fazer passeios temáticos, escolhendo contemplar parques e praças ou visitar os prédios históricos da cidade.

Loubet reitera que o setor de turismo precisa de incentivos como esse para chamar atenção da população e despertar a curiosidade sobre as qualidades e belezas de Campo Grande.

“A atividade turística é uma das mais importantes no setor econômico e na geração de emprego e renda, assim como a criação de novos negócios. Sabemos o quanto este tipo de passeio é procurado por quem chega à nossa Capital, tudo isso nos leva a ter a certeza de que este investimento será um divisor de águas no setor de turismo”, apontou.

De acordo com a prefeitura, o passeio terá a duração de quatro horas. Catiana destacou ainda que o serviço será realizado no sistema hop-on hop-off, oportunizando paradas estratégicas em alguns pontos da cidade.  

Entre os pontos históricos da cidade que serão visitados estão o Horto Florestal, o Mercadão Municipal, a Rua 14 de Julho e o Parque das Nações Indígenas. A prefeitura ainda não definiu qual será a tarifa inicial do passeio turístico.

“A principal finalidade da nova aquisição seria ampliar o serviço, utilizando o veículo para visitar os pontos turísticos da cidade. Teremos um ônibus adaptado, com tradução simultânea, dois andares e sistema som, como já acontece em grandes cidades do mundo”, destacou Sabadin.  

O investimento faz parte do Reviva Campo Grande, que modernizará a sinalização de vias públicas, instalará mobiliário urbano e investirá em paisagismo e na arborização do município.  

As obras visam melhorias como a instalação de câmeras de monitoramento e rede subterrânea de energia elétrica e telecomunicações.

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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