Cidades

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Número da população brasileira será divulgado em novembro

Número da população brasileira será divulgado em novembro

Redação

30/08/2010 - 16h00
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No dia 27 de novembro será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número atualizado da população brasileira. Por trás desse importante dado há uma operação gigantesca do Censo 2010, que terá início no próximo domingo (1º) e é responsável por traçar o retrato da sociedade.

Esse número é enviado ao Tribunal de Contas da União, para ser usado no cálculo do Fundo de Participação dos Municípios, verba repassada pela União para as cidades. Os demais resultados da pesquisa serão divulgados no decorrer de 2011 até 2012.

De acordo com o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, não é raro alguns prefeitos contestarem os dados. "Reclamação de prefeito existe sempre que um município quer mais recursos, porque se a população aumenta, ele recebe mais dinheiro", afirmou ele.

Em 2000, a população brasileira, de acordo com o Censo, era de 169.799.170.

58 milhões casas visitadas

Este é o 12º Censo Demográfico. O trabalho dos 191.972 recenseadores vai durar do dia 1º de agosto ao dia 31 de outubro. Ao todo, a operação envolverá 230 mil pessoas espalhadas pelos 5.565 municípios do país, incluindo servidores permanentes do IBGE.

Eles baterão à porta dos cerca de 58 milhões de domicílios do Brasil. "Os domicílios serão, sem exceção, todos eles visitados", garantiu Nunes.

Presidiários, crianças que vivem em orfanatos, pessoas internadas em hospícios, asilos ou moradores de rua também serão englobadas na pesquisa do Censo. O orçamento do Censo está calculado em R$ 1,677 bilhão.

Caso não seja possível encontrar os moradores em casa durante o horário comercial, o recenseador poderá visitar os domicílios durante os finais de semana e também à noite, já que é ele quem organiza seu horário de trabalho.

Rural e urbano

Durante três meses pesquisadores do IBGE realizaram a chamada pré-coleta, a listagem dos endereços das unidades residenciais e não residenciais, além da coleta das características do entorno.

O país foi dividido em 314 mil setores censitários, que é a unidade territorial estabelecida para o controle cadastral. Os domicílios rurais e também algumas favelas, locais que não possuem um sistema de endereçamento regular, também foram catalogados. Não com endereços, mas com coordenadas que possam identificar a casa, para que um supervisor possa retornar ao local.

Segundo o IBGE, 224 mil setores dos 314 listados já foram avaliados previamente. O restante, 90 mil setores (cerca de 6 milhões de casas), será visitado e catalogado durante o Censo, a partir de 1º de agosto.

Dois questionários

O Censo trabalha com dois tipos que questionários, um denominado ?básico?, que contém 37 quesitos, e outro chamado de ?amostra?, com 108 questões. Todas as perguntas do primeiro estão contidas no segundo.

A seleção dos domicílios que responderão o questionário da amostra será feita através de um sorteio aleatório do computador de mão. Cerca de 11% dos domicílios (aproximadamente 6,4 milhões) responderão ao questionário mais extenso.

De acordo com o IBGE, quanto menor o município, maior o número de casas serão sorteadas para responder o questionário da amostra.

Novas perguntas foram incluídas no Censo 2010, como, por exemplo, uso de medidor e disponibilidade de energia elétrica; existência de telefone celular, motocicleta, acesso à internet; emigração internacional; etnia e língua falada dos indígenas; e arranjo familiar de cônjuges do mesmo sexo.

Em 2000, o questionario básico continha 23 perguntas, enquanto que o da amostra apresentava 89.

TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

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Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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