Cidades

Vulnerabilidade

Acolhimento de moradores de rua cresceu quase 60% em relação a 2022

De janeiro a maio deste ano, 2,1 mil pessoas foram acolhidas; no mesmo período de 2022, 1,3 mil receberam atendimento

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Durante todo o ano, fica sob responsabilidade da Secretaria de Assistência Social (SAS) acolher pessoas em situação de vulnerabilidade social em Campo Grande. No inverno, as ações são intensificadas para garantir aquecimento e proteção aos moradores de rua no frio.

No período de janeiro a maio de 2023, as Unidades de Acolhimento da Capital realizaram 2.105 acolhimentos*, quantidade 58,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, ano em que 1.327 acolhimentos foram realizados durante os cinco primeiros meses. Em 2021, foram 1.293.

*Ao Correio do Estado, a SAS ressaltou que os dados não correspondem ao número de pessoas em situação de rua, já que uma pessoa pode ser acolhida mais de uma vez nas unidades.

O aumento foi registrado antes mesmo da chegada do inverno, que começou no dia 21 de junho. 

“Os acolhimentos aumentam muito na época de inverno rigoroso. Desde 2017, esse é o inverno mais rigoroso que nós atravessamos", destacou o titular da pasta, José Mário Antunes da Silva. "Vou dar um exemplo: no frio intenso, a Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias I (UAIFA I) tem capacidade para acolher 130 pessoas. Ela estava com oitenta. Chegando a onda de frente fria houve um acréscimo de 50 pessoas, e isso aconteceu em quase todas as unidades", relatou.

Segundo o secretário, outro fator que está contribuindo para o aumento de acolhimento nas unidades é a chegada de moradores de rua de outros municípios para Campo Grande.

"Alguns municípios do interior estão encaminhando os moradores em situação de rua para Campo Grande, inclusive com o endereço dos nossos acolhimentos", informou Antunes. 

Desde a primeira frente fria de 2023, registrada no mês de abril, as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) reforçaram as ações, e foram abastecidas com cobertores, agasalhos e calçados. Os veículos da SEAS realizam rondas nas ruas, e também atendem denúncias recebidas da população. 

As pessoas que aceitam a oferta de serviços são encaminhadas para os locais de acolhimento. Para aqueles que não aceitam os serviços, estão sendo oferecidos cobertores para aquecimento e proteção do frio.

Conforme noticiado anteriormente, na noite desta quinta-feira (13) e madrugada de sexta-feira (14), onze equipes da Secretaria de Assistência Social (SAS) abordaram 32 pessoas em situação de rua, e apenas 10 delas aceitaram ajuda/acolhimento.

"Quando aquela equipe não consegue ter sucesso no convencimento a gente troca as equipes, começamos a mandar outras equipes nos mesmos lugares para acolher o maior número possível, evitando assim a morte de pessoas em situação de rua", explicou o secretário.

Antunes destacou que as unidades estão com vagas para acolher a população vulnerável, mas que falta a pessoa em situação de vulnerabilidade aceitar o atendimento.

"Vagas nós teremos sempre o suficiente para quem quiser ser acolhido, só tem que aceitar acolhimento. Não podemos encaminhá-los para os nossos abrigos coercitivamente, porque isso é um um impedimento pela Constituição Federal", reforçou.

Segundo ele, geralmente a recusa ao abrigo acontece porque as unidades possuem regras que limitam a livre entrada e saída. 

"Infelizmente a pessoa com o vício de álcool e drogas sente a necessidade de sair para comprar o psiquipativo, e aí nos abrigos tem um regramento, né? Nós ofertamos quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Ali tem cama quentinha, roupa de cama, banho quente, para todos que quiserem, mas ele tem que aceitar. Infelizmente muitos não aceitam, muitos resistem. Quando eles resistem nós deixamos um, até dois cobertores, dependendo da intensidade do frio".

Durante uma frente fria no mês de junho, dois moradores de rua morreram em Campo Grande. Segundo Antunes, as vítimas estavam em locais pouco visíveis, e não foram avistadas pelas equipes. Por isso, o secretário reforça que é importante que a população acione a SAS para realizar o atendimento à essa população vulnerável.

"As pessoas que vieram a óbito estavam em lugares pouco visíveis, e as equipes, mesmo percorrendo as ruas, não avistaram essas pessoas. Então é necessário que os nossos munícipes denunciem quando virem uma pessoa em situação de rua", destacou.

José Mário Antunes garante que todas as unidades e equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) estão prontas para realizar o acolhimento.

Como acionar a SEAS

Para contatar as equipes do SEAS, a população pode entrar em contato pelos telefones (67) 99660-6539 ou 99660-1469, que funcionam de forma ininterrupta. 

Durante 24 horas, em todos os dias da semana, onze equipes formadas por educadores sociais e psicólogos se revezam em turnos para realizar as ações de abordagem e oferta do serviço de acolhimento.

Os profissionais oferecem os serviços da Rede de Assistência Social do município disponíveis nas duas Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (UAIFA’s), além da Casa de Passagem Resgate, que acolhe os estrangeiros e migrantes, e a Casa de Apoio São Francisco.

Ao receber a denúncia via telefone celular, as equipes, que ficam sediadas no Centro POP, vão até o endereço indicado para fazer a oferta do acolhimento. No local é feito um relatório sobre a situação do usuário, caso ele seja encontrado no ponto indicado. Independente de localizar a pessoa, a equipe faz uma devolutiva para quem acionou o serviço.

CAMPANHA DO AGASALHO

O Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), órgão da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), arrecada itens de frio até 20 de julho, em mais de 30 pontos espalhados pela cidade.

A população pode doar coberta, edredom, mantas, casacos, calças, roupas em geral, meias, luvas, gorros, sapatos e cachecol. Veja quais são os pontos de arrecadação:

  • Fundo de Apoio à Comunidade (FAC) – Av. Fábio Zahran, 6000
  • Instituto Mirim – Avenida Fábio Zahran, 6.000
  • Prefeitura de Campo Grande – Avenida Afonso Pena, 3297
  • Secretarias Municipais
  • Shopping Campo Grande – Av. Afonso Pena, 4909 – Santa Fé
  • Pátio Central Shopping – Rua Marechal Rondon, 1380 – Centro (também entrada pela Dom Aquino) – Das 8h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – Av. Cônsul Assaf Trad, 4796 – Parque dos Novos Estados
  • Academia Workout365 – Rua Dr. MichelScaff, 185 – Chácara Cachoeira
  • Colégio Master – Rua Geribá, 653 – Chácara Cachoeira
  • Shopping Norte Sul Plaza – Av Presidente Ernesto Geisel, 5259
  • Fort Atacadista

Economia

Uso do cartão do Bolsa Família para apostas esportivas é proibido, declara ministro

Segundo Wellington Dias, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social

17/10/2024 21h00

As Bets virm problemão para a economia brasileira

As Bets virm problemão para a economia brasileira Bruno Peres

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O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) afirmou nesta quinta-feira (17) que o cartão do Bolsa Família não poderá ser usado como meio de pagamento em sites de apostas online.

Segundo o ministro, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social. "Essa decisão já foi adotada e agora estamos na fase de implementação do ponto de vista técnico", disse.

No início do mês, o governo havia recuado de bloquear o cartão do Bolsa Família para bets.
Nos dias anteriores, havia expectativa de algum anúncio específico para beneficiários do programa que se endividaram com as apostas esportivas online. Mas a avaliação do governo foi de que é melhor esperar para ver como as medidas já anunciadas pelo Ministério da Fazenda podem impactar o mercado.

Na semana passada, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou a derrubar bets que não têm autorização para atuar no país. Cerca de 2.000 sites foram consideradas irregulares.  A maioria não formalizou o pedido para funcionar no país dentro do prazo estabelecido pelo governo.

Desde o início do mês, essas empresas operaram no Brasil com restrições. Elas ficaram disponíveis na internet para que os apostadores pudessem resgatar dinheiro disponível nas contas.

Outra medida que o governo espera que terá impacto é a proibição do uso de cartão de crédito para a realização das apostas online.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

Dólar fecha em estabilidade; Bolsa cai com estímulos chineses abaixo do esperado

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco

17/10/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709.

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709. Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco.

A moeda passou boa parte do dia em alta leve e chegou a atingir a marca de R$ 5,688 na máxima, mas perdeu fôlego no final da tarde e virou para o sinal negativo nos minutos finais da sessão.

Já a Bolsa, que despencou na abertura, desacelerou queda para 0,72%, aos 130.793 pontos, com pressão da Vale e da percepção de risco fiscal.

O mercado brasileiro, assim como outros emergentes, tem estado sob pressão por causa do desempenho de commodities sensíveis ao desenrolar dos planos econômicos da China.
Nesta manhã, o governo chinês anunciou que aumentará os empréstimos bancários para o setor imobiliário, cuja crise é uma das principais causas para a desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O montante será de 4 trilhões de iuanes (US$ 562 bilhões) até o final do ano, associado à ampliação de uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento.

O anúncio faz parte de uma série de medidas anunciadas nas últimas semanas com o objetivo de dar fôlego à economia chinesa, principal consumidora de commodities do mundo. A promessa, porém, decepcionou investidores.
Para analistas, foi apenas uma complementação de medidas de estímulo ao setor já apresentadas até aqui, levando-os a concluir que, na prática, não houve nenhuma novidade. A frustração voltava a pressionar os preços de matérias-primas, sobretudo o minério de ferro, que despencou 6% na Bolsa de Dalian.

"A China frustrou novamente o mercado, o que impacta commodities. Se é um dia mais fraco de commodities, você tem uma consequente pressão em moedas de países cuja pauta exportadora é muito associada a elas, que é o caso do Brasil", disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Na Bolsa, isso se traduziu nas ações do setor de mineração: a Vale, maior empresa do Ibovespa, despencou 2,53%, puxando o índice para baixo.
Internamente, outro fator afetou a Bolsa: a cautela dos investidores quanto às contas públicas ("risco fiscal", no jargão econômico).

Após a ministra Simone Tebet (Planejamento) confirmar planos de corte de gastos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que a área econômica do governo mira uma "dinâmica suficiente para garantir vida longa ao arcabouço fiscal".

O ajuste nas despesas tem sido defendido pelo mercado desde a elaboração do arcabouço fiscal, o conjunto de regras sobre as contas públicas em vigor desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos públicos no Brasil", disse a ministra Simone Tebet na terça, depois de uma reunião com Haddad. A proposta do governo é endereçar a questão com uma série de medidas em três pacotes.

"Nós estamos muito otimistas que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente", disse Tebet. As propostas que serão enviadas a Lula, esclareceu, já passaram pelo crivo da equipe econômica, e o primeiro conjunto de medidas deve ser apresentado ao presidente logo após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro.
A pretensão é que ele seja enviado ao Congresso Nacional em seguida, permitindo que algumas das propostas sejam aprovadas ainda neste ano e outras no início de 2025, segundo a ministra.

Ela não forneceu detalhes sobre quais medidas irão compor a revisão de gastos, mas afirmou que uma das propostas analisadas teria potencial de aumentar o espaço fiscal em até R$ 20 bilhões.

Segundo Haddad, o ajuste será uma agenda prioritária do governo até o fim do ano e o desenho está bastante avançado. Os anúncios de medidas que irão compor a revisão, no entanto, só serão feitos quando "o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos", afirmou.

De acordo com o economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, "a falta de indicações sobre quais reformas estão em discussão e quanto será economizado caso o projeto seja aprovado gera mais dúvidas entre os investidores sobre o que será efetivamente enviado ao Congresso".

"Diante do elevado nível de incerteza fiscal, o governo somente consegue captar recursos para financiar a dívida em prazos cada vez menores a custos mais elevados e pressão permanente sobre o real."

Com o ceticismo em relação às contas públicas, os juros futuros avançaram neste pregão, o que reverberou na Bolsa.

Os contratos futuros ainda foram pressionados pelo avanço dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, com apostas sobre os juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) sob ajustes.
As vendas no varejo aumentaram um pouco mais do que o esperado em setembro, consolidando a visão de que a economia manteve um ritmo forte de crescimento no terceiro trimestre.

O índice aumentou 0,4% no mês passado, após marcar 0,1% em agosto. Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 0,3%.
Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 241 mil na semana encerrada em 12 de outubro, ante expectativa de 260 mil.

Os sinais de resiliência da economia endossaram as expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos na próxima reunião, com probabilidade de 89% na ferramenta CME Fed Watch. As chances de manutenção da taxa subiram para 11%.

Também esteve no radar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que decidiu reduzir os juros em 0,25 ponto percentual pelo segundo encontro consecutivo. O banco, no entanto, não forneceu sinais sobre seus movimentos futuros.
 

*Informações da Folhapress 

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