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terceira fase

Ofensiva contra Jarvis Pavão mira imóveis que somam R$ 80 milhões em MS e 4 estados

Além do Estado, operação ocorreu em Rondônia, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal; traficante está preso no Brasil desde 2017

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A associação criminosa de um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, Jarvis Pavão, foi alvo ontem (22) da terceira fase da Operação Pavo Real, realizada pela Polícia Federal e que tem como objetivo apreender imóveis de luxo e veículos, alguns em Mato Grosso do Sul, pertencentes à organização e que foram adquiridos por meio do tráfico internacional de drogas.

De acordo com a Polícia Federal, nesta fase das investigações, a partir da análise dos dados, foram identificados 58 veículos e 73 imóveis de luxo de elevado valor, avaliados em mais de R$ 80 milhões, e parte desses bens já havia sido vendida a terceiros.

Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal, além do sequestro de 16 veículos e 66 imóveis que permanecem na posse do grupo criminoso. 

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho (RO).

Jarvis foi preso no Paraguai em 2008, extraditado para o Brasil em 2017, ficando preso primeiro no presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Depois, foi transferido para o presídio federal de Brasília e atualmente está na cela da Penitenciária Federal de Porto Velho. 

Mesmo de dentro do presídio, o chefe do narcotráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai enviava ordens para seus comandados que estão fora do sistema penal operando a organização.

Segundo as investigações, iniciadas em fevereiro de 2019, agentes federais de execução penal apreenderam, na cela do interno, bilhetes redigidos de próprio punho contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior.

INVESTIGAÇÃO

Foi a partir daí que se iniciaram as investigações pela Polícia Federal.

Os levantamentos realizados constataram a existência de uma organização criminosa voltada à ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, composta, em grande parte, de familiares de Jarvis Pavão, como a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos. Todos eles tiveram as prisões decretadas. 

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, na cidade de Porto Velho, alugados pelos familiares de Jarvis. 

Na ação, houve apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçavam o esquema de lavagem de dinheiro, conforme nota da PF.

Já a segunda fase da operação foi deflagrada em julho de 2020, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita Federal, para o bloqueio financeiro de ramificação da organização criminosa dedicada à lavagem e à ocultação de bens, direitos e valores obtidos por meio do tráfico internacional de drogas, com a prisão de seus líderes e o sequestro dos bens adquiridos com dinheiro ilícito.

À época, foram cumpridos 21 mandados de prisão e cinco mandados de prisão domiciliar, em razão de as investigadas terem filhos menores de 12 anos de idade, além de 67 mandados de busca e apreensão.

A Justiça Federal determinou o sequestro específico de 17 veículos de luxo, avaliados em R$ 2,3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome e em uso pelos investigados e cerca de 50 imóveis, com valores que superam a quantia de R$ 50 milhões.

Durante as duas fases anteriores da Operação Pavo Real, não houve apreensão de substância entorpecente, mas, mesmo assim, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela organização criminosa para a movimentação dos valores ilícitos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a partir da análise dos materiais obtidos na deflagração das fases anteriores, foram identificados novos indivíduos envolvidos no esquema de ocultação do patrimônio, com a localização de imóveis e veículos pertencentes à organização, o que deu origem à terceira fase, deflagrada ontem.

JULGAMENTO

Neste ano, o Tribunal do Júri da Justiça Federal da 4ª Região absolveu Jarvis Chimenez Pavão da acusação de homicídio qualificado e o condenou por tráfico e associação para tráfico de drogas. 

O resultado do julgamento foi anunciado pelo Conselho de Sentença, formado por duas mulheres e cinco homens, no dia 6 de outubro deste ano.

O réu foi condenado de 23 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado, cujo cumprimento só iniciará após o fim da pena que ele já está cumprindo na Penitenciária Federal de Porto Velho.

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Cidades

Rumo à Bolívia, familiares de megatraficante do RJ são presos em MS

Durante a abordagem, os motoristas informaram que foram contratados para levar os familiares do líder do Terceiro Comando Puro até Corumbá

09/12/2025 13h00

Divulgação: PCJR / PRF

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Familiares do megatraficante e líder do Terceiro Comando Puro (TCP), Álvaro Malaquias Santa Rosa, o vulgo Peixão, de 38 anos, foram presos na BR-262, em Campo Grande.

Peixão é chefe da facção rival do Comando Vermelho (CV) e domina o Complexo de Israel, que corresponde às comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, entre outras, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ).

Uma das características da facção é o uso da bandeira de Israel, espalhada pelas comunidades, ponto identificado nas joias localizadas em maletas, em que algumas continham o símbolo “IDF” (Israel Defense Force), que, em português, significa Forças de Defesa de Israel.

Os veículos foram parados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na segunda-feira (8), quando a inteligência recebeu a informação de que os carros saíram do Rio de Janeiro com destino a Corumbá.

Informações preliminares indicaram que Peixão estaria em um dos veículos. No entanto, a bordo estavam a esposa, três filhos e um sobrinho, sendo que este último teria dito que era o dono das joias.

Os familiares foram encaminhados à Polícia Federal (PF), na Capital sul-mato-grossense, onde foram ouvidos e liberados. Eles irão responder em liberdade por organização criminosa, ocultação de bens e lavagem de dinheiro.

Durante a vistoria dos veículos, os motoristas informaram que foram contratados por uma pessoa conhecida, que reside na Bolívia, para fazer o transporte dos familiares de Peixão até a Cidade Branca e, posteriormente, atravessariam a fronteira rumo à Bolívia

Já a família, conforme informações do Estadão Conteúdo, disse que seguiu de avião até a capital fluminense, onde passou a noite antes de seguir viagem rumo a Mato Grosso do Sul.

Peixão

Atualmente, o traficante, Álvaro Malaquias Santa Rosa, está na lista dos mais procurados pela polícia no Rio de Janeiro e nunca foi preso. Em fevereiro deste ano, uma operação chegou a ser deflagrada em uma comunidade no Rio de Janeiro, mas a polícia não conseguiu localizá-lo.

Durante a pandemia da Covid-19, em 2020, a facção possuía o controle de Vigário Geral e Parada de Lucas. Na guerra pelo domínio de outras regiões, os criminosos conseguiram expulsar rivais e ocuparam as seguintes favelas:

  • Cidade Alta;
  • Cinco Bocas;
  • Pica-Pau.

Áreas que eram dominadas pelo Comando Vermelho. Por se dizer evangélico, Peixão passou a chamar os territórios dominados de Conjunto de Israel, tendo, inclusive, ordenado ser chamado de Aarão - o irmão de Moisés, que, conforme o Antigo Testamento, teve papel importante na libertação dos hebreus.

 

 

Em 2021, em outra incursão policial em busca de Peixão, a polícia chegou a uma mansão pertencente ao traficante, onde, em um dos muros do quintal, havia um desenho de Jerusalém e até um santuário.

O traficante foi condenado pela Justiça por ter mandado destruir locais de prática de religião de matriz africana. Além disso, possui várias ordens de prisão e aparece em mais de 70 inquéritos como alvo e em 26 processos.

No dia 24 de outubro de 2024, foi acusado de terrorismo pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob a suspeita de ter ordenado que integrantes do seu grupo atirassem para dispersar a população enquanto a polícia tentava capturá-lo, o que culminou em dois mortos e quatro feridos.

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INTERIOR

Ladrão liberado em 'blitz' acaba furtando dois carros da mesma família

Indivíduo de 26 anos conseguiu levar dois veículos das mesmas vítimas, pai e filha, durante a madrugada desta terça-feira (09)

09/12/2025 12h48

Pai e filha deixaram as chaves no contato do Gol, enquanto ambos devam o relato no caso da Strada furtada, o que facilitou ação que terminou com indivíduo preso em flagrante

Pai e filha deixaram as chaves no contato do Gol, enquanto ambos devam o relato no caso da Strada furtada, o que facilitou ação que terminou com indivíduo preso em flagrante Reprodução/Asscom Dourados

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Distante aproximadamente 231 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, um caso no interior do Estado chamou atenção por ser, no mínimo, curioso, após um ladrão acabar roubando dois carros de uma só vítima na mesma noite após ser liberado de uma blitz da Guarda Municipal na madrugada de hoje (09). 

Na também conhecida como Capital do Agronegócio, o município em questão palco desse caso inusitado foi a cidade de Dourados, a segunda maior do Mato Grosso do Sul, com a ocorrência registrada nas proximidades da Praça Antônio João, bem próximo à região central. 

Quanto à equipe de segurança pública por trás dessa ação, os fatos da ocorrência são narrados pela Guarda Municipal, como abordado pelo portal local Dourados News, que identificaram uma Fiat Strada em alta velocidade por uma das principais vias da região. 

Entenda

Transitando pela Av. Marcelino Pires, que praticamente corta o município de Dourados de uma ponta a outra, a Fiat Strada em questão foi abordada no cruzamento com a rua João Cândido Câmara. 

Nesse ponto, houve a devida checagem dos documentos, pela qual os agentes puderam levantar que esse veículo estaria com a documentação atrasada. 

Porém, como o indivíduo em questão não estaria embriagado, e sem um registro de furto aberto até aquele momento, o homem inicialmente abordado pelos policiais foi liberado, mas o carro teve de ficar apreendido. 

Passado pouco tempo, conforme narra o portal local, uma mulher de cerca 40 anos, ao lado de seu pai, de 60, aproximou-se dos agentes e informou à Guarda Municipal que a Strada seria propriedade deles. 

Essas vítimas narraram todo o caso, alegando que a Strada havia sido furtada no bairro Novo Horizonte, distante mais de 6,5 km aproximadamente de onde o carro foi abordado pela Guarda Municipal. 

Fica descrito então nesse momento em que as vítimas estavam narrando o caso, que ambos haviam chegado até esse ponto a bordo de um veículo Gol, o qual estaria estacionado na rua lateral.

Justamente aqui a coisa fica inusitada pois, uma vez que pai e filha desceram do veículo deixando as chaves no contato do Gol, enquanto ambos devam o relato no caso da Strada furtada esse segundo veículo também foi levado. 

Através de buscas esse segundo veículo também pôde ser localizado, com os agentes constatando neste momento que o indivíduo que estava no comando do Gol furtado era o mesmo que a Guarda Municipal havia abordado primeiramente com a Strada e que havia sido liberado. 

Aos 26 anos, o indivíduo foi identificado somente como Alexandro, morador do bairro Canaã I, que fica no extremo oposto de onde o primeiro carro havia sido roubado no município. 

Dessa vez, o acusado foi abordado, preso e levado até a unidade da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), autuado por furto em flagrante. 
 

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