Cidades

COMBATE AO TRÁFICO

Operação das Forças Armadas tem dois suspeitos mortos e 24 presos no Rio

Militares realizaram operações em seis comunidades nas zonas norte e oeste

FOLHAPRESS

06/08/2017 - 08h15
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Dois supostos criminosos e um policial militar morreram neste sábado (5) na segunda fase da operação das tropas federais no Rio.

A ação mobilizou cerca de 5.000 profissionais das forças de segurança e teve o objetivo de combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas na cidade. Com o reforço de militares do Exército e da Marinha, a operação contou também com 79 blindados e oito helicópteros.

Os dois supostos criminosos morreram pela manhã nas comunidades do complexo de favelas do Lins e no Morro São João, ambas na zona norte do Rio. O governo do Rio chegou a divulgar uma terceira morte, mas voltou atrás, computando apenas duas.

De tarde, o sargento André Luis Gomes Silva, do BAC (Batalhão de Ação com Cães), morreu na batida de um carro militar que transportava dois presos na ação. Ele é o 94º policial morto em 2017 no Rio.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, 24 pessoas foram presas -18 por mandado, cinco em flagrante e um foragido da Justiça recapturado- e dois adolescentes detidos. Foram apreendidas também três pistolas, duas granadas, quatro rádios, 21 carros e uma motocicleta e entorpecentes. Nenhum fuzil foi capturado.

"Os resultados são maiores que os números", disse o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que foi ao Rio acompanhar a operação.

No total, os militares realizaram operações em seis comunidades nas zonas norte e oeste da cidade. Três delas contavam com UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora).

O projeto das UPPs colheu bons resultados nos primeiros anos, mas a partir de 2012 passou a sofrer com a falta de recursos para manutenção e ataques de criminosos.

"A operação mostra que o Estado vai onde quer. Não existe território marcado pelo crime organizado no Rio", disse o secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz.

Desde o dia 28, tropas federais atuam no Rio para tentar reduzir os índices de violência.

Neste sábado, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos completou um ano.

O plano do governo federal para a segurança pública no Rio deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018 -R$ 700 milhões serão empenhados até o final deste ano.

O número de mortes violentas no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893).

AÇÃO DUROU CERCA DE 15H

A operação deste sábado começou de madrugada com militares do Exército e da Marinha ocupando o complexo de favelas do Lins, na zona norte do Rio.

Por volta das 3h30, os primeiros homens se infiltram pelas matas que dão acesso às comunidades. Em seguida, policiais entraram com carros blindados pela ruas.

No final da tarde, pouco depois das 17h, os militares deixaram as comunidades.

"O que buscamos são soluções duradouras. Isso não vem com uma simples asfixia numa comunidade", disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen.

De acordo com o Comando Militar do Leste, 3.600 mil homens da Brigada de Infantaria Paraquedista e dos Fuzileiros Navais participaram da ação.

A estrada Grajaú-Jacarepaguá ficou fechada até o final da tarde para facilitar a movimentação das tropas.

O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, classificou a operação de "exitosa" e afirmou que "é bom para todos" que poucos confrontos tenham ocorrido.

"Isso é bom. Não estamos em busca de confronto. O nosso desejo é fazer prisões. Os confrontos acontecem porque os criminosos dão o primeiro tiro. Se ele evadir e não tiver confronto, é melhor para todos. A prisão vai acontecer em outro momento. Eles se intimidaram e não fizeram o confronto", disse o secretário.

Neste domingo, as tropas federais deverão realizar novas operações em outros pontos da cidade.

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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