Cidades

"VETERANO"

Operação nacional da PF mira quatro municípios no extremo sul de MS

Polícia Federal cumpre 10 mandados de prisão preventiva e mais 24 de busca em apreensão ao todo, divididos entre Mato Grosso do Sul e outros quatro Estados

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Durante as primeiras horas desta quarta-feira (22), o extremo sul do Estado amanheceu debaixo da mira de uma operação nacional da Polícia Federal (PF), que cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão também em outras quatro Unidades da Federação. 

Conforme divulgado pela Polícia Federal, a "Operação Veterano" compre um total de 10 mandados de prisão preventiva e outros 24 de busca e apreensão nos seguintes Estados: 

  • Mato Grosso do Sul, 
  • São Paulo, 
  • Paraná, 
  • Espírito Santo e 
  • Pernambuco.

No extremo sul do Estado, os municípios de MS alvos da PF hoje (22) compõem uma linha fronteiriça com o Paraná e o Paraguai, sendo: 

  1. Itaquiraí;
  2. Eldorado;
  3. Mundo Novo e
  4. Sete Quedas. 

Além destes, também entraram na mira da Polícia Federal as cidades de: Santana do Parnaíba/SP, Ibiúna/SP, Barueri/SP, São Paulo/SP, Vinhedo/SP, Franca/SP, Ribeirão Preto/SP, Cascavel/PR, Catanduvas/PR, Serra/ES, Jaboatão dos Guararapes/PE e Recife/PE.

Entenda

Na manhã de hoje (22), a PF desdobrou uma nova etapa da investigação que se desenrola há tempos e já ligou, aproximadamente, mais de 13 toneladas de entorpecentes traficados pela mão dessa quadrilha. 

Segundo a Polícia Federal em nota, a organização criminosa transnacional é responsável não somente pelo tráfico de entorpecentes, já que até mesmo armamentos já foram apreendidos em ocasiões ligadas ao grupo. 

Esses nomes ligados à investigação, como bem ressalta a PF, podem responder pelos seguintes crimes: 

  1. Tráfico internacional de drogas - tipificado como agravante na Lei "de Drogas", nº 11.343/06
  2. Tráfico internacional de armas - tipificado no artigo 18 do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) | reclusão de 8 a 16 anos e multa
  3. Organização criminosa - previsto na Lei nº 12.850/2013 - reclusão de 3 a 8 anos e multa
  4. Lavagem de dinheiro - tipificado pela Lei nº 9.613/98 - reclusão de 3 a 10 anos e multa. 

Aqui cabe esclarecer que, como o crime de tráfico internacional de entorpecentes consta na "Lei de Drogas" e não no Código Penal, por isso sua pena é um combinado do que está previsto no artigos 33 e 40. 

Ou seja, enquanto o 33 prevê uma pena base de reclusão que varia entre 5 a 15 anos, o agravante da transnacionalidade presente no inciso primeiro do artigo 40 da lei de drogas aumenta de um sexto a dois terços da pena. 

Ainda pelas informações da PF, todo esse armamento teria uma origem estrangeira, vindos de países latinos que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul, sendo da Bolívia e do Paraguai, conforme as investigações que deram origem à apuração desta quarta-feira. 

Em complemento às buscas e apreensões, a Justiça Federal determinou ainda o sequestro de "dezenas de imóveis, incluindo bens de alto padrão e veículos dos investigados", completa a PF em nota. 

 

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NOVO COMANDO

Quatro meses depois, Adriane nomeia novo secretário de saúde

Após saída de Rosana Leite e gestão por comitê, Sesau volta a ter comando definido

30/12/2025 12h00

Desde o início de setembro, a pasta vinha sendo administrada por um comitê intergestor

Desde o início de setembro, a pasta vinha sendo administrada por um comitê intergestor Divulgação

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Quatro meses após a queda da então secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou nesta terça-feira (30) o nome do novo titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O cargo será assumido pelo médico urologista Marcelo Luiz Brandão Vilela, cuja nomeação deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial do município ainda hoje.

Desde o início de setembro, a pasta vinha sendo administrada por um comitê intergestor, criado após a exoneração de Rosana, oficializada em edição extra do Diogrande no dia 5 de setembro. À época, a mudança ocorreu em meio a uma série de reclamações da população sobre a prestação dos serviços de saúde na Capital.

O comitê passou a ser coordenado por Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli, ex-secretária de Saúde de Iguatemi, e tinha como missão diagnosticar falhas do sistema e promover uma reestruturação emergencial da pasta. O grupo, formado ainda por outros cinco gestores, assumiu com previsão inicial de seis meses de duração.

Com a nomeação de Marcelo Vilela, o Comitê de Saúde continuará atuando junto à Sesau até o término do decreto vigente, previsto para março de 2026, com a função de assessorar o novo secretário no processo de reorganização da rede municipal.

Perfil técnico e experiência na gestão

Marcelo Vilela é médico urologista, graduado em Medicina pelas Faculdades Integradas Severino Sombra, em 1995, e doutor em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Possui pós-doutorado em Urologia Pediátrica pela University of California, San Francisco (UCSF), nos Estados Unidos.

Atualmente, é diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e professor associado da instituição, atuando nas áreas de Perícias Médicas e Urologia. Também exerce a função de urologista no Hospital de Câncer Alfredo Abrão e no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Não é a primeira vez que Marcelo Vilela assume a Sesau. Ele já foi secretário municipal de Saúde de Campo Grande entre janeiro de 2017 e março de 2019, além de ter atuado em cargos de direção clínica hospitalar e coordenação de programas de residência médica.

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PRISÃO

Adélio Bispo pode deixar presídio de Campo Grande após novo laudo psiquiátrico

Autor da facada contra Jair Bolsonaro passou por nova perícia em novembro; laudo deve ficar pronto até o fim de dezembro e pode abrir caminho para reavaliação judicial em 2026

30/12/2025 11h00

Autor da facada contra Jair Bolsonaro passou por nova perícia em novembro

Autor da facada contra Jair Bolsonaro passou por nova perícia em novembro Foto: Arquivo

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O autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo de Oliveira, poderá ter o futuro no sistema prisional federal reavaliado a partir de um novo laudo psiquiátrico que deve ser concluído até o fim deste mês. O documento pode indicar se ele ainda apresenta transtornos mentais que justifiquem a manutenção da medida de segurança que o mantém preso, hoje, na Penitenciária Federal de Campo Grande.

Embora a conclusão do laudo esteja prevista para dezembro, a decisão judicial sobre uma eventual saída do interno só deverá ocorrer em 2026, em razão do recesso do Judiciário, que se estende desde o dia 20 deste mês.

De acordo com informações do portal Metrópoles, Adélio está preso desde 2018 e não responde a nenhuma ação penal, pois foi considerado inimputável por incapacidade mental. Desde então, cumpre medida de segurança em cela individual de cerca de seis metros quadrados na unidade federal da Capital sul-mato-grossense.

O novo exame foi realizado no início de novembro por peritos contratados pela Defensoria Pública da União (DPU). Os profissionais tiveram acesso a laudos médicos utilizados na sentença de 2019, que não foram digitalizados por razões de segurança e para evitar vazamentos.

Conforme apurou o portal Metrópoles, o laudo responderá a três questionamentos centrais que vão orientar a decisão do juiz responsável pelo caso:

  • Se Adélio ainda apresenta transtorno mental que justifique a manutenção da medida de segurança;
  • Se sua condição psíquica representa risco para si ou para terceiros, avaliando a persistência ou cessação da periculosidade;
  • Em caso positivo, em quanto tempo deverá ocorrer uma nova reavaliação.

Esses elementos serão determinantes para definir se ele poderá, futuramente, deixar o sistema prisional federal.

Apesar da expectativa em torno da conclusão do laudo ainda neste mês, a análise judicial do caso deve ocorrer apenas no próximo ano. Isso porque os juízes das execuções penais estão em recesso, e apenas situações de urgência estão sendo apreciadas, o que, até o momento, não se aplica ao caso de Adélio.

Permanência mínima até 2038

Por decisão judicial, Adélio tem permanência mínima garantida no sistema prisional até 2038, quando completará 60 anos. Somente a partir dessa idade há previsão legal para que ele possa deixar o sistema federal.

Mesmo considerado preso de alta periculosidade, não há previsão de transferência para outra penitenciária federal. Entre as cinco unidades existentes no país, a de Campo Grande é apontada como a que possui melhor estrutura para lidar com internos com transtornos mentais.

Desde que ingressou no sistema penitenciário, Adélio não lê livros e não consegue manter diálogo com outros detentos, segundo informações do sistema federal.

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