Cidades

LAZER

Orla do Aeroporto vira 'point', mas pede reforma

Local tornou-se ponto turístico e um dos principais cartões-postais de Campo Grande, mas apresenta problemas estruturais

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Antigamente, os altos da avenida Afonso Pena eram o lugar preferido do campo-grandense, mas, atualmente, a coisa não é mais bem assim.

Orla do Aeroporto, localizada na avenida Duque de Caxias, é a nova queridinha e ganha, diariamente, o coração dos campo-grandenses há 14 anos consecutivos.

Tornou-se ponto turístico e um dos principais cartões-postais de Campo Grande, sendo frequentada por milhares de pessoas todos os dias.

Tem um pôr-do-sol belíssimo, com tons de alaranjado, amarelado e rosado. 

Pôr-do-sol na Orla do Aeroporto. Foto: Naiara Camargo

Conforme noticiado pelo Correio do Estado em 2012, de acordo com o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul, divulgado pela administração municipal, a Orla do Aeroporto foi a obra mais bem avaliada pela população.

Nada mais, nada menos que 80,25% dos entrevistados consideram a Duque de Caxias a mais bela da Capital, superando, inclusive, o paisagismo da Afonso Pena, que teve 75,75% dos votos; e da Orla Morena, que agradou a 73,25% dos entrevistados.

Pôr-do-sol na Orla do Aeroporto. Foto: Naiara Camargo

Milhares de pessoas praticam exercícios físicos – ciclismo, corrida, caminhada e calistenia – diariamente no calçadão, pista de caminhada ou ciclovia.

Mas, também há quem só observa pouso e decolagem de aviões, toma tereré/água de coco/caldo de cana, faz piquenique, faz uma “boquinha” nas tendas/trailers gastronômicos ou só participa de roda de conversa mesmo.

Muito mais do que um espaço de esporte e lazer, também é um local de experiências gastronômicas: cachorro quente, misto quente, x-salada, x-bacon, x-frango, x-tudo, pastel em forma de capivara/jacaré/cachorro/gato, churros, batata chips, espetinho, açaí, sorvete, picolé, geladinho, raspadinha, algodão-doce, maçã do amor, cocada, chocolates, pirulitos, balas, churros, pipoca doce e salgada, entre outras guloseimas.

Além disso, o comércio também tomou conta da região: pula-pula, brinquedos infláveis, bicicletas compartilhadas, “carreta furacão”, entre outros.

Aos finais de semana, a Orla do Aeroporto é lotada de famílias, ciclistas, atletas, crianças e animais, além de policiais militares que fazem a segurança do local. 

Mas, há 14 anos sem revitalização, o local apresenta danos em sua infraestrutura, como falhas na pintura, rachaduras em calçadas, buracos e desnivelamento em ciclovias e falta de iluminação em alguns pontos. Com isso, precisa de reforma e melhorias.

* Fotos: Marcelo Victor

De acordo com a ciclista, Andressa Rodrigues, que pedala no local semanalmente, o local necessita de uma revitalização geral. 

"Local de grande movimentação, minha passagem pela Orla do Aeroporto é pela ciclovia e atualmente está pouco a desejar, pois o policiamento na via ainda faz falta e traz insegurança para realizar uma atividade física.Via esburacada, mato alto na beirada da ciclovia e a iluminação precária são serviços essenciais para resolver e ajudar a população, pois pagamos impostos caros em qualquer área da cidade", comentou. 

O Correio do Estado esteve no local e verificou que os próprios comerciantes tentaram resolver o problema lançando concreto nas partes em que a calçada está falhada.

Além disso, a criatividade dos comerciantes, para manter o ambiente confortável para clientes, foi longe: o piso, onde há terra ou grama, foi concretado.

Em resposta as melhorias estruturais que o local precisa, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) informou ao Correio do Estado que não há previsão de início das obras de revitalização, pois o foco é sanar os problemas causados pelas chuvas fortes e frequentes.

“A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) informa que a Orla do Aeroporto é um projeto de 2007, mesma época do projeto da Orla Morena. Como já faz muito tempo, será preciso buscar no arquivo os dados referentes à obra. A pasta iniciou um estudo visando a revitalização do espaço, mas ainda não há previsão de conclusão do estudo e de início das obras. No momento, a Secretaria está focado nas ações emergenciais para sanar os problemas causados pelas chuvas fortes e frequentes”.

HISTÓRIA

Orla do Aeroporto foi inaugurada em 17 de setembro de 2011, na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (2005-2012) e ex-governador André Puccinelli (2007-2015).

Está localizada na avenida Duque de Caxias, entre a avenida Afonso Pena/Noroeste e Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR), aos arredores dos bairros Taveirópolis, Vila Base Aérea, Santo Amaro, Santo Antônio, Vila Alba, Jardim Aeroporto, Petrópolis, Jardim Imá, Nova Campo Grande, entre outros.

Liga o centro de Campo Grande ao principal Aeroporto do Estado e vice-versa. É rota de entrada e saída para o Pantanal Sul-Mato-Grossense e Capital do Ecoturismo, Bonito. Tem 4,5 quilômetros de extensão. Foram mais de dois anos em obras.

A obra faz parte do Complexo Via Morena (Duque de Caxias, Fábio Zahran e avenida Noroeste). O valor investido, exclusivamente na Orla do Aeroporto/Duque de Caxias, foi de R$ 13,9 milhões, verba oriunda do Governo Federal, Prefeitura e Governo do Estado.

O asfalto ocupou o lugar dos trilhos da antiga ferrovia na avenida Duque de Caxias. Além de asfalto, a obra também trouxe:

  • Seis faixas de rolamento, sendo três sentido bairro e três sentido centro, com velocidade máxima de 60 km/h – 4,4 quilômetros
  • Mirante – espaço onde a população observa pouso e decolagens de aviões do Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR)
  • Monumento da Guampa Gigante de Tereré – monumento, de 300 quilos, foi instalado em 27 de dezembro de 2014 e é uma homenagem as tradições sul-mato-grossense
  • Ciclovia – interliga às ciclovias da Orla Morena, avenida Afonso Pena e avenida Lúdio Martins Coelho – 4,5 quilômetros
  • Pista de caminhada – 4,5 quilômetros
  • Canteiro central, 4,5 quilômetros
  • Paisagismo – 40 palmeiras da espécie Latânia; árvores frutíferas e mais de 5.000 m² de gramado no canteiro central e nas bordas da ciclovia
  • Calçadas – 18 mil m²
  • Sinalização horizontal e vertical – com placas, faixas pintadas no asfalto, semáforos, faixas de pedestre, radares e lombadas eletrônicas
  • Praça do Aviador, em frente a Base Aérea – possui o Monumento do Aviador, aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), North American T-6 (1946-1971), utilizado na 2ª Guerra Mundial
  • Relógio das Flores – localizado na esquina da Duque de Caxias com Lúdio Martins Coelho e inexiste nos dias atuais, o relógio marcava as horas e era decorado com flores verdes, amarelas e roxas – custou R$ 44,6 mil aos cofres públicos

A Duque de Caxias recebe esse nome em razão dos quartéis/unidades das Forças Armadas Brasileiras (Exército, Marinha e Aeronáutica) localizadas ao longo da avenida.

Avião literalmente pousa 'na cabeça' do campo-grandense que frequenta a Orla do Aeroporto. Foto: Marcelo Victor

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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