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COVID-19

Oxford começa a testar ivermectina como tratamento para a Covid-19

Para infectologista, estudos são importantes, pois poderão esclarecer se tratamento precoce funciona ou não

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A Universidade de Oxford informou nesta quarta-feira (23) que incluiu a ivermectina, medicamento aprovado para uso contra piolhos, na lista de drogas a serem testadas contra a Covid-19. 

Com o apoio do governo britânico, a droga fará parte de um ensaio clínico de grande escala em pacientes com o coronavírus não internados.  

Para o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, estudos como este são importantes para desencorajar o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.  

“Muito provavelmente, a pesquisa não terá impacto [no enfrentamento à Covid-19]. Mas, é importante um novo estudo mostrando isso, porque reforça a ideia da não utilização dos tratamentos precoces [para o coronavírus]”, reiterou Croda.  

Segundo o pesquisador, a pesquisa de Oxford não é positiva e nem negativa. 

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"Temos que aguardar os resultados e avaliar. Já foram feitos estudos para outros medicamentos, inclusive, para hidroxicloroquina”, salientou Croda.

A universidade afirma que incluiu a ivermectina no projeto depois de a droga ter apresentado bons resultados preliminares em testes in vitro, feitos em amostras de células em laboratório. 

Ensaios clínicos preliminares indicaram que a droga reduziu a carga viral e a duração dos sintomas para alguns pacientes enquadrados como casos leves da Covid-19.

Os países onde a droga vem sendo usada em caráter experimental ou informal incluem Índia, Argentina e Brasil.

Projeto Principle

O projeto Principle, programa de Oxford que vai incorporar agora a ivermectina, é o mesmo que concluiu em janeiro que os antibióticos azitromicina e doxiciclina são ineficazes contra a Covid-19 em estágios iniciais.

O uso da ivermectina em Covid-19 possui recomendação contrária da Organização Mundial da Saúde (OMS), da FDA (agência reguladora de fármacos nos Estados Unidos) e da EMA (reguladora europeia).  

Segundo a universidade, não serão recrutados para o teste, voluntários que tenham problemas hepáticos graves, que estejam tomando varfarina (medicamento para afinar o sangue) ou outros fármacos para os quais já se sabe que há interação medicamentosa com a ivermectina.

A ivermectina, da classe dos antiparasitários, é o sétimo tratamento a ser investigado no projeto Principle e atualmente está sendo avaliada com o antiviral favipiravir, informou a universidade.

Tratamento Precoce

Sem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da ivermectina fora da prescrição da bula, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), reiterou que o fármaco não deve ser administrado como tratamento precoce para a Covid-19.  

“A SBI não recomenda tratamento farmacológico precoce para Covid-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício” afirma o último documento de diretrizes clínicas da entidade, publicado em dezembro passado.

Segundo Mauro Schechter, professor titular de infectologia da UFRJ, não faz sentido que defensores da cloroquina comemorem a inclusão da ivermectina numa pesquisa de Oxford, porque ensaios clínicos da universidade britânica estão entre os que mais contribuíram para a desrecomendação da cloroquina, outra droga testada e reprovada para o tratamento de coronavírus.  

“Isso é um contrassenso completo, porque se eles valorizassem Oxford tanto assim, eles reconheceriam que para a universidade, a cloroquina não funciona”, frisou o médico.

 Segundo Schechter, com base no status atual de evidências, é legítimo que alguns cientistas queiram ampliar os testes clínicos da ivermectina.  

Em sua opinião, porém, não é uma aposta com grande chance de sucesso, pois os estudos que sinalizaram efeito positivo não tiveram auditoria externa e não passaram em revisão por pares nos periódicos científicos mais rigorosos.

“A dose que se mostrou eficaz contra o coronavírus nos estudos in vitro, em teoria, é alta demais para uso em humanos, e pode se mostrar tóxica. É improvável que uma dosagem menor funcione, mas nós só teremos certeza com o resultado dos testes”, explicou o infectologista.

*Com informaçõe do Estadão

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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