Cidades

MEIO AMBIENTE

Pacto Pantanal deve englobar a recuperação de rios e estradas

Governo apresenta hoje projeto que promete ações de infraestrutura, educação e combate a incêndios

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O governo do Estado lança na manhã de hoje o Pacto Pantanal, projeto que tem sido gestado pela administração estadual desde o ano passado e que deve abarcar propostas relacionadas à recuperação de rios, à infraestrutura, à mobilidade na região, à educação do povo ribeirinho e também ao pagamento por serviços ambientais (PSA) no bioma.

Segundo fontes do Correio do Estado, entre os principais projetos, além do lançamento do PSA, estaria a recuperação de bacias hidrográficas, entre elas o desassoreamento do Rio Taquari – um projeto de décadas. Para isso, a proposta teria sido elaborada em parceria com o Instituto Taquari Vivo.

Apesar de não ter confirmação do governo estadual, na edição de ontem do Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul (DOE), foi publicada a desapropriação de duas áreas de terra da Fazenda Taquari. Medindo ao todo 121 hectares de extensão, as terras serão destinadas a integrar o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari.

A execução da expropriação ficará sob a responsabilidade do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (PGE-MS). Os atuais proprietários das terras deverão receber indenização.

Além da recuperação de bacias, o projeto também englobará diversas outras ações, algumas que já estão em andamento, conforme o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

“O eixo central é o lançamento do PSA, o resto são ações de bombeiros. E isso vai englobar todas as ações que todas as secretarias [de Estado] estão desenvolvendo no Pantanal”, afirmou Verruck ao Correio do Estado na semana passada.

Apesar de não ter entrado em detalhes, o secretário também confirmou a apresentação de um projeto ligado à infraestrutura da região pantaneira e que será apresentado com o intuito de captar recursos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Há dois anos, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já tinham iniciado tratativas para a proposta chamada BID Pantanal, que investiria US$ 400 milhões no bioma, divididos entre as duas unidades da Federação.

Esse projeto, porém, não foi para frente, e agora apenas o governo sul-mato-grossense estaria tentando desenvolver a parceria.

Estão previstos ainda investimentos em escolas – uma delas será construída pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) –, em pelo menos três aeródromos pavimentados e no acesso à internet para 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros.

PSA

O pagamento por serviços ambientais no Pantanal foi criado com a instituição da Lei do Pantanal, que entrou em vigor no ano passado, e a criação do Fundo Clima Pantanal, ferramenta que tem por objetivo pagar aos produtores pelo excedente de preservação ambiental da região.

Com um aporte de R$ 40 milhões feito pelo governo do Estado, o lançamento de hoje deve dar o start nos programas aos quais os fazendeiros poderão se inscrever.

De acordo com matéria do Correio do Estado, os interessados em aderir ao PSA poderão ser remunerados com até R$ 100 mil por ano por ações de preservação do meio ambiente. Apesar de o valor não ter sido confirmado oficialmente, fontes da equipe de reportagem informaram que esse deve ser o teto dos projetos.

SAIBA

De acordo com o governo do Estado, o Pacto Pantanal está focado no “desenvolvimento sustentável, priorizando a preservação ambiental e a qualidade de vida para os habitantes do Pantanal, mostrando como é possível haver crescimento econômico respeitando a natureza e valorizando a tradição pantaneira”.

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SAÚDE

Teto para reajuste de medicamentos será divulgado nesta segunda

Limite de reajuste máximo visa proteger consumidores

30/03/2025 19h00

Foto: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) divulga, nesta segunda-feira (31), a lista com o novo teto de preços dos remédios vendidos em farmácias e drogarias.

A Lei nº 10.742, de 2003, que trata da regulação do setor farmacêutico, prevê o reajuste anual dos medicamentos.

Isso não significa, entretanto, que haverá aumento automático dos preços praticados, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Cabe aos fornecedores – farmacêuticas, distribuidores e lojistas - fixarem o preço de cada produto colocado à venda, respeitados o teto legal estabelecido e suas estratégias diante da concorrência.

Para definição dos novos valores, o conselho de ministros da CMED leva em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos e custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado.

Em 2024, por exemplo, o reajuste anual do preço de medicamentos foi de 4,5%, equivalente ao índice de inflação do período anterior. A lista com os preços máximos que podem ser cobrados pelos produtos fica disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a Anvisa, a lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos.

Caso o consumidor encontre irregularidades, é possível acionar os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e a plataforma consumidor.gov.br. Também é possível encaminhar denúncia diretamente à CMED, por meio de formulário disponível na página da Anvisa.

A CMED é composta pelos ministérios da Saúde, Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exerce a função de secretaria executiva, fornecendo o suporte técnico às decisões.

TELECOMUNICAÇÕES

Apenas 18 municípios de Mato Grosso do Sul contam com acesso à tecnologia 5G

As 483 estações instaladas no Estado representam 1,18% do total disponível nacionalmente

30/03/2025 17h00

Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a 1,18% do total nacional

Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a 1,18% do total nacional Foto: Reprodução / Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

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Ampliação de tecnologia e rapidez no acesso a internet com o 5G está presente em apenas 18 municípios do Mato Grosso do Sul.

Isso representa que o acesso ao 5G se encontra em 22,8% do municípios sul-mato-grossense entre o total de 79 cidades do Estado.

No ano passado 13 municípios receberam autorização do governo federal para implementar o sinal de telefonia móvel 5G das seguintes localidades: Paranaíba, Antônio João, Aquidauana, Chapadão do Sul, Corguinho, Inocência, Itaquiraí, Laguna Carapã, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso e Selvíria.

Segundo informações da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (ABRINTEL), o Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a somente 1,18% do total nacional.

Em defesa do acesso igualitário à internet, a ABRINTEL entende que "Os dados indicam a necessidade de políticas e regras que garantam a rápida expansão do 5G e o acesso igualitário à internet, como a obrigatoriedade de uso compartilhado de torres com afastamento de 500 metros", declarou.

Para tentar diminuir o abismo digital que ainda é presente em diversas regiões do Brasil, garantindo assim a democratização do acesso à internet, o tema ganhou destaque no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.708, sobre a obrigatoriedade de compartilhamento de torres de telecomunicações instaladas a menos de 500 metros umas das outras.

O relator do processo, o ministro Flávio Dino, determinou o restabelecimento liminar da norma que prevê o compartilhamento obrigatório.

Contudo, um pedido de vistas do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, adiou a decisão. A norma tem como objetivo otimizar o uso da infraestrutura já existente e é considerada essencial para garantir que os investimentos em telecomunicações sejam mais eficientes e sustentáveis.

De acordo com a Abrintel, a eliminação da obrigatoriedade de compartilhamento pode ter consequências ruins para os investimentos em infraestrutura e conectividade no país, pois a construção indiscriminada de torres de telecomunicações além de ineficiente do ponto de vista de utilização de recursos, pode ampliar as desigualdades no acesso à internet.

"No lugar de priorizar a instalação em torres já existentes, os investimentos serão desperdiçados em novas estruturas desnecessárias, próximas a outras", afirma Luciano Stutz, presidente da Abrintel.

REDE NACIONAL

Dados mostram que, nos últimos quatro anos, cerca de 800 torres foram erguidas a menos de 500 metros de outras já existentes, em diversas regiões do Brasil.

Os recursos aplicados nessas estruturas equivaleriam ao suficiente para atender outras 500 localidades brasileiras que realmente necessitam de cobertura. "Isso evidencia uma falha crítica na alocação de investimentos", entende a Abrintel.

A associação destaca que mais de 80% das antenas de 5G do país foram instaladas aproveitando estruturas já existentes, como torres, fachadas e topos de edifícios, entre outros.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em fevereiro de 2025 apenas 1.251 municípios brasileiros o que representa 22% do total de cidades do país tinham Estações Rádio Base (ERBs) de 5G instaladas, e quase 20% das 41 mil Estações 5G do país estavam concentradas apenas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

"Para levar essa evolução tecnológica a mais cidades e democratizar o acesso à quinta geração de conectividade é imprescindível contar com as torres existentes para que outros municípios não fiquem à margem da evolução tecnológica", destaca a Abrintel.

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