Cidades

SOLIDARIEDADE

Países muçulmanos contarão com ajuda financeira do FMI e do Banco Mundial, diz Obama

Países muçulmanos contarão com ajuda financeira do FMI e do Banco Mundial, diz Obama

AGÊNCIA BRASIL

19/05/2011 - 19h22
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Com elogios à coragem dos manifestantes no Oriente Médio e Norte da África, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje (19) que o governo norte-americano ajudará financeiramente os países muçulmanos que passam por mudanças. Obama disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial serão acionados para colaborar com estes governos, sem mencionar, no entanto, valores ou números. Ele também afirmou que serão feitas parcerias para a exploração de petróleo na região.

Em discurso no Departamento de Estado norte-americano, em Washington, o presidente justificou os ataques aéreos na Líbia, promovidos pela Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan) com o apoio dos Estados Unidos. Ele disse que os ataques foram uma reação às iniciativas do presidente líbio, Muammar Khadafi, que ameaça os civis do país.

“O exemplo mais extremo é o da Líbia onde Khadafi lançou uma guerra contra seu próprio país”, disse Obama. “Na Líbia, percebíamos um massacre iminente e o povo líbio pedia nossa ajuda. Se não fosse a nossa ajuda, milhares seriam mortos. Quando Khadafi sair do poder, a transição para a Líbia democrática ocorrerá.”

Obama afirmou que, nos próximos dias, o governo vai retirar do Afeganistão os militares americanos que estão no país desde outubro de 2001, quando os Estados Unidos resolveram promover uma campanha internacional contra o terrorismo em busca de suspeitos de terem colaborado com os atentados de 11 de Setembro – quando aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e o Pentágono, em Washington.

Ele ressaltou que a consolidação da democracia depende de um processo político-eleitoral legítimo, de instituições com credibilidade e de uma economia que se sustente. Para Obama, o povo norte-americano deve apoiar os protestos nos países muçulmanos porque os Estados Unidos nasceram do resultado de uma reação ao poder do governo colonial do Reino Unido.

“Para o povo americano, essas manifestações são familiares. A nossa nação foi fundada a partir de uma rebelião contra o Império [Britânico]. Todos os homens são criados para serem iguais. Essas palavras têm de guiar nossa direção. Não será fácil, não há linha reta para a mudança. Temos de ficar do lado daqueles que lutam para construir sua nação”, disse o presidente americano.

No discurso, Obama citou a crise que começou na Tunísia, chamada por ele de “vanguarda”, que se estendeu ao Egito e, depois, para a Síria, Líbia, o Bahrein, Iêmen, Irã e Iraque. Segundo ele, as situações mais graves estão nos governos dos presidentes da Síria, Bashar Al Assad, e da Líbio, Muammar Khadafi.

Contrariando as suspeitas levantadas por líderes muçulmanos, Obama afirmou que as manifestações no Oriente Médio e Norte da África foram espontâneas e não contaram com o estímulo dos Estados Unidos. “Temos de ter um senso de humildade. Não foi a América [os Estados Unidos] que colocou as pessoas nas ruas, em Túnis e no Cairo. Cada país deve determinar sua democracia”.

CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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