Cidades

Moradia popular

Para reduzir custos, prefeitura quer PPPs para construir casas na Capital

Ideia é que aprovação de novo Plano Diretor fomente as parcerias públicos privadas no setor

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Uma forma de reduzir o investimento público em casas populares seria a efetivação de parcerias público-privadas (PPPs) para a construção dessas moradias. É o que pretende fazer a Prefeitura de Campo Grande nos próximos projetos, uma vez que a legislação do Minha Casa Minha Vida (MCMV) permite tal forma de acordo.

A prática é comum em São Paulo (SP), segundo exemplifica o arquiteto e diretor de Planejamento Ambiental da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Rodrigo Giansante. A ideia é seguir o modelo aqui na Capital, permitindo que seja utilizado o mínimo de recurso público, principalmente em momentos de corte de gastos.

“As vias de contratação para casas populares não são engessadas e as PPPs podem ser desenhadas. Até agora, pelo MCMV, temos a parceria do construtor sendo contratado para erguer as casas. Mas a PPP também é uma das possibilidades”, explica.

Tal modelo deve atender a duas premissas: lucro para o empresário e redução de custos para o ente público. Nenhuma moradia popular foi construída via parceria público-privada em Campo Grande até agora, mas, caso ocorra, “deverá ser no formato fachada ativa, em que salas de comércio e serviços possam ser incluídas em empreendimento habitacional como forma de atrair o empresário”, explica Giansante.

Com essa “fachada ativa”, também chamada de prédios de uso misto, o construtor poderia utilizar tais imóveis de comércio e serviços para aluguel, retirando deles seu lucro. 

Além disso, também seria possível explorar lucros por meio de benefícios físicos (fachada ativa), financeiros ou fiscais. “Poder público e empresas, então, verificariam as faixas e quais as potencialidades de exploração”, comenta o arquiteto.

Outra forma física de beneficiar o empresário e atraí-lo para a construção de casas populares seria a cessão de uso de terrenos públicos para a iniciativa privada, que poderia usá-los como melhor desejasse, ou mesmo a compensação ambiental, que seria a contrapartida do empresariado pela autorização de construção de algum empreendimento que impacta, de alguma forma, o meio ambiente ou a rotina da cidade.

“Temos muitas possibilidade de arranjo. Teria que ser estudado especificamente o modelo a ser adotado para cada área e cada arranjo explora diferentes tipos de valores. Por exemplo: no caso de benefícios fiscais, a empresa pode ficar isenta de tributos, mas, como contrapartida, construir parque”, avalia Giansante.

O novo Plano Diretor de Campo Grande fomenta a realização de PPPs na construção das moradias e, com sua aprovação, que está prevista para junho, haverá maior facilidade na formação desses acordos.

LOCAIS

No planejamento da Prefeitura de Campo Grande, há estimativa de entrega, até 2020, de 5.554 unidades habitacionais populares. Dessas, 1.072 já estão sendo construídas, nos bairros Jardim Tarumã, Aero Rancho e Sírio Libanês. Outras 1.682 estão garantidas e aprovadas pelo Ministério das Cidades. As demais 2,8 mil unidades habitacionais estão em fase de aprovação e algumas delas podem ser viabilizadas via PPP.

Nos três bairros, a expectativa é contemplar mais de quatro mil famílias da Capital. Para isso, serão investidos R$ 85 milhões do governo federal. A prefeitura doou as quatro áreas nos três bairros onde os condomínios serão construídos como contrapartida ao governo federal. Os terrenos somam o valor de R$ 21 milhões. 

Mas outros bairros em seis das sete regiões da Capital também fazem parte das que devem ser contempladas com casas populares. No Segredo, por exemplo, norte da cidade, são previstos cinco empreendimentos residenciais, que totalizam 587 moradias.

Na área nordeste, Prosa, são seis projetos, com total de 769 casas. Na região do Bandeira, sudeste da Capital, são previstas 1.707 moradias em 11 residenciais distintos. Já na região sul, a mais populosa, do Anhanduizinho, a expectativa é de construção de 1.130 casas em seis projetos.

As duas últimas regiões com construções previstas são: Lagoa, no sudoeste da Capital, e Imbirussu, noroeste. Na primeira, a ideia é erguer 612 casas em três empreendimentos e, na segunda, 749 moradias, também em três projetos.

 

Cidades

Ladrão de carne é preso por posse ilegal de armas, violência doméstica e crime ambiental em MS

Homem ameaçava companheira com armas ilegais, mantinha aves em cativeiro e furtava animais de abate de vizinhos

17/12/2025 15h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso em flagrante na última terça-feira (16) por violência doméstica no município de Anaurilândia, localizado a 376 km de Campo Grande.

O suspeito era investigado pela prática de ameaças contra a companheira, que relatou  à Polícia Civil um comportamento agressivo do homem, especialmente quando sob efeito de bebida alcoólica. Em um episódio recente, ele efetuou disparos de arma de fogo, o que a obrigou a buscar abrigo na casa de vizinhos.

A mulher informou que o armamento estava no interior da residência do casal e autorizou o ingresso da equipe policial para busca. Foram apreendidas duas armas de fogo, além de munições, espoletas e outros armamentos, configurando situação de flagrante delito.

CRIME AMBIENTAL

Também no interior da casa, os policiais encontraram animais da fauna silvestre mantidos em cativeiro, entre eles um papagaio e outras aves.

A Polícia Militar Ambiental foi acionada para adoção das providências administrativas e legais cabíveis.

O homem recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia, onde foram adotadas as providências legais.

ABIGEATO

Após a prisão do suspeito, a Polícia Civil esclareceu um caso de abigeato ocorrido na zona rural do município. O crime, que consiste no furto de animais, havia sido denunciado às autoridades na segunda-feira (15), quando foi registrado o boletim de ocorrência.

Cidades

Penitenciária Federal de Campo Grande deve ganhar sistema antidrone de ponta

Com investimento superior a R$ 20 milhões, tecnologia testada no exterior amplia a segurança e o controle do espaço aéreo

17/12/2025 14h29

Polícia Penal Federal (PPF) realizou missão técnica em Israel com o objetivo de consolidar as tratativas finais para a implantação do sistema antidrone

Polícia Penal Federal (PPF) realizou missão técnica em Israel com o objetivo de consolidar as tratativas finais para a implantação do sistema antidrone Foto: Divulgação / Senappen

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Um sistema antidrone será implantado na Penitenciária Federal de Campo Grande e nas outras quatro unidades em Brasília, Catanduvas, Mossoró e Porto Velho. De 6 a 14 de dezembro, a Polícia Penal Federal (PPF) realizou uma missão técnica em Israel com o objetivo de consolidar as tratativas finais para a implantação do sistema.

Com investimento superior a R$ 20 milhões, a iniciativa integra o Projeto Ômega, e marca a adoção, no Brasil, de uma tecnologia de ponta considerada entre as mais avançadas atualmente disponíveis contra ameaças aéreas não tripuladas.

A visita institucional foi feita na Israel Prison Service (IPS), com agenda voltada à troca de experiências sobre procedimentos penitenciários, gestão de incidentes críticos, rotinas operacionais e avaliação de soluções tecnológicas aplicadas ao ambiente prisional.

Durante a visita técnica a Israel, foram realizadas atividades de verificação operacional e validação de desempenho do sistema antidrone, com demonstrações que evidenciaram capacidade de detecção simultânea de múltiplos dispositivos em poucos segundos, identificação de diferentes modelos de drones e rastreio georreferenciado, com registros a quilômetros de distância.

As avaliações envolveram diferentes equipamentos, configurações e cenários operacionais. Conforme a PPF, essas atividades "contribuíram para o planejamento da implantação em um ambiente compatível com a complexidade do contexto prisional e com os elevados requisitos de segurança da Polícia Penal Federal".

No contexto das unidades federais de segurança máxima, a implantação do sistema antidrone visa reforçar estrategicamente a segurança das unidades, ampliando o controle do espaço aéreo e elevando o patamar de prevenção e resposta a tentativas de sobrevoo ilícito.

"A adoção dessa tecnologia antecipa ameaças, preserva a integridade das unidades e reforça a disciplina e a segurança dos policiais penais, das pessoas privadas de liberdade e da sociedade, em consonância com o padrão de excelência operacional que caracteriza a Polícia Penal Federal", diz a PPF, em nota.

O sistema será implantado nas cinco penitenciárias federais, com previsão de disponibilização de uma unidade adicional para emprego operacional e apoio técnico pela Coordenação-Geral de Inteligência (CGIN). 

Não foi detalhado quando começará a instalação do novo sistema.

Projeto Ômega

O Projeto Ômega é uma iniciativa da Polícia Penal Federal voltada à modernização e padronização da segurança eletrônica e da inteligência nas unidades federais, por meio de uma Plataforma de Monitoramento e Inteligência integrada, com gestão centralizada.

Estruturado em cinco fases executadas de forma simultânea, o projeto visa à consolidação de uma rede integrada de segurança e inteligência, com capacidade de gestão local nas unidades e coordenação estratégica central em Brasília.

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