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INFRAESTRUTURA

Período de chuva revive problema de buracos nas ruas de Campo Grande

Precipitações também atrapalham serviços de tapa-buraco nas vias da cidade, que estão com equipes reduzidas

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O período chuvoso traz consigo velhos conhecidos dos moradores de Campo Grande, os buracos. As imperfeições nas ruas da cidade aumentaram neste mês e já é possível encontrar crateras em avenidas que passaram por recapeamento há poucos anos. 

Com as precipitações, as obras de tapa-buraco e manutenção de vias não pavimentadas em Campo Grande têm trabalho comprometido, já que no período de chuvas há redução das equipes de trabalho. 

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços e Públicos (Sisep), as chuvas não permitem que os buracos sejam tapados e abrem novos, aumentando fortemente a quantidade de vias que precisam receber manutenção.  

De acordo com o titular da Sisep, Rudi Fiorese, nos dias em que chove, muitas vezes as equipes não conseguem trabalhar em nenhuma região da Capital e, com as equipes reduzidas, o trabalho é redobrado. 

“Quando chove, atrapalha. Tem dia que chove o dia inteiro, não dá para trabalhar, a gente não consegue tapar buraco e a chuva faz aparecer novos”.

Fiorese detalha que o cronograma de obras é definido no mesmo dia da realização do serviço. A distribuição das equipes é feita com base nos locais sem previsão de chuva e nas áreas mais críticas. 

“As usinas só carregam o asfalto cedo. Se amanhece chovendo, as equipes já não conseguem carregar o asfalto e trabalhar. Só logo cedo temos os locais de trabalho”.  

Ao percorrer algumas ruas de Campo Grande, a reportagem do Correio do Estado encontrou vários buracos, que aumentaram com a chuva, em diferentes regiões da Capital, como na Rua Boticário, na Vila Ipiranga, na Rua das Palmas, no Jardim Jóquei Clube, e na Avenida Guaicurus, no Jardim Morenão.

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Paulo Sanches, 41 anos, trabalha em uma oficina na Rua das Palmas e relata que as chuvas que ocorreram na última semana abriram vários novos buracos na via. 

“Começou semana passada. São novos esses buracos, antes não tinha. Ainda não veio ninguém arrumar, nós até achamos que vinha, por causa do recapeamento na parte de baixo da Avenida das Bandeiras, mas não chegou aqui não”.

Funcionária de uma clínica veterinária localizada na Vila Ipiranga, Camila Prates relata que os buracos na via são decorrentes de infiltrações nos remendos do tapa-buraco, que tiveram piora com as fortes chuvas.  

“Começou com um buraco bem pequeno e veio a chuva. Então, tem uns três meses. Dá muita enxurrada e vai levando tudo. Porque, na verdade, eles taparam os buracos, mas dá infiltração e vai abrindo um monte. Aí do lado vai abrindo, dá dois, três meses e já abre de novo”, detalha.

Segundo Prates, em agosto do ano passado a prefeitura recapeou a rua até a quadra de baixo do local e não finalizou toda a via, mesmo com os buracos já existentes. 

“E o povo cai muito na chuva, bate mesmo, nem vê. No dia que fechou a rua, a gente achou que iam arrumar aqui também, mas não taparam. Agora veio a chuva e piorou tudo”.  

REDUÇÃO DE EQUIPES

As equipes de tapa-buraco e manutenção de vias não pavimentadas de Campo Grande estão atuando com redução de 30% por causa da pandemia de Covid-19. A medida foi implantada pela Sisep como forma de economizar em razão da crise.

Fiorese explica que desde abril do ano passado o serviço é realizado por 10 equipes, que atuam nas sete regiões urbanas do município, antes a Secretaria contava com 15 equipes. 

“Agora, neste período de chuva, aumenta o número de buracos e nós vamos distribuindo equipes nas ruas que estão mais críticas, com maior movimento, com linhas de ônibus, essas são nossas prioridades”.

Com a queda na arrecadação diária de impostos da prefeitura, que chegou a 30%, motivada pelas restrições para prevenir a disseminação do coronavírus, a administração solicitou que todas as secretarias fizessem cortes de gastos para manter a solidez nas contas públicas no momento de crise.

Essa redução, apenas na Sisep, economizou gastos em torno de R$ 1 milhão a cada 30 dias. 

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Campo Grande

Motoristas conquistam reajuste salarial e cancelam greve

Entre outros ganhos, salário dos motoristas saltou de R$ 2,7 mil para R$ 2,9 mil; pagamentos acontecem a partir de fevereiro de 2025

25/11/2024 19h30

Motorista realiza saída do Terminal Morenão

Motorista realiza saída do Terminal Morenão Foto: Gerson Oliveira

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Após cinco reuniões, motoristas e Consórcio Guaicurus finalmente chegaram a um acordo que reajusta o salário de 1,4 mil trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande e cancela a greve na Capital.

A conquista da categoria foi firmada nesta segunda-feira (25) em reunião que durou aproximadamente 2h30, realizada com portas fechadas e representantes do consórcio e do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) na sede da Viação Cidade Morena, nas Moreninhas.

Com o reajuste, o salário dos motoristas saltou de R$ 2.749 para R$ 2.968, a serem pagos de forma retroativa a partir de fevereiro de 2025. Além disso, outro ganho da categoria foi o acréscimo de R$ 100 no vale alimentação, que agora passa a ser de R$ 350.

Os trabalhadores também conquistaram um reajuste de R$ 10 no plano de  assistência médica, que salta para R$ 200 mensais. Entre as outras pedidas, sem avanços. A categoria não conseguiu com que o Consórcio Guaicurus passasse a pagar o vale-gás mensalmente, benefício que segue cedido em meses intercalados.

Outras solicitações não atendidas foram o reajuste de 2% na Participação nos Lucros (PL), que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses (os motoristas gostariam que esse valor fosse para 11%), além de uma melhoria no plano odontológico já pago, que segue em R$ 40 por mês.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira comemorou a conquista dos motoristas.

“Essa é a quinta reunião, processo já desgastante, saímos com um ganho real de 4%, foi muito bom, a única coisa que não ficou boa, foi a questão do (pagamento) retroativo, foi o que conseguimos fazer para que o reajuste de 8% fosse conquistado”, falou ao Correio do Estado.

Com isso, apesar do cancelamento da greve, os 1,4 mil funcionários só terão os salários reajustados a partir de fevereiro do ano que vem, isso porque, segundo Ferreira, a diferença salarial entre o que já é pago mensalmente e o novo salário da categoria, cerca de R$ 219 mensais referentes aos meses de novembro, dezembro e janeiro, só chegará ao bolso do trabalhador a partir do ano que vem. 

“Esse valor reajustado já passa a valer desde então, porém, os pagamentos (da diferença) só serão quitados em três parcelas entre fevereiro, março e abril de 2025”, destacou o sindicalista.

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se tornou um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79.

O processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada. A reportagem esteve presente na reunião, entretanto, não conseguiu falar com ninguém vinculado ao Consórcio Guaicurus. O espaço segue aberto.

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Capacitação

Campo Grande sedia Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio

Com inscrições gratuitas, evento vai de terça-feira (26) a quinta-feira (28)

25/11/2024 18h00

Parktec

Parktec Divulgação

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A Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio começa nesta terça-feira (26) no Parque Tecnológico de Campo Grande (ParkTec-CG). 

O evento, que vai até 28 de novembro, reunirá agentes de tecnologia, representantes de empresas, instituições de ensino e gestores públicos do Brasil.

O evento abordará temas como:

  • Cidades Inteligentes
  • Inovação Aberta
  • Captação de Recursos
  • Fomento em Projetos de Inovação
  • Rota Bioceânica
  • GovTech

Programação

O diretor executivo adjunto da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Matheus Ferreira, abre o ciclo de palestras na terça-feira às 18h30. Em seguida, Álvaro Prata, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e que participou das discussões do Science20 (S20) - grupo de discussões do G20 sobre ciência e tecnologia -, falará sobre inovação e tendências tecnológicas no Brasil.

Programação completa:

26 de novembro

18h30 – 19h00: Credenciamento
19h00 – 19h15: Abertura oficial
19h15 – 19h30: Solenidade com Universidades e Instituições parceiras
19h30 – 20h00: Palestra: Confederação da Agricultura do Brasil
Matheus Ferreira – Diretor Executivo Adjunto
20h00 – 20h30: Palestra: Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Álvaro Prata – Diretor-Presidente
20h30 – 21h30: Coquetel

27 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 09h20: Potencializando Ambientes de Inovação
Ricardo Senna – Secretário Executivo da Semadesc
09h20 – 09h40: Fomento à Pesquisa Científica e Inovação em MS
Prof. Dr. Nalvo Franco – Diretor Científico da Fundect
09h40 – 10h20: Coffee break
10h20 – 12h00: Painel: Inovação Aberta e Captação de Recursos
Casos Bayer, Nestlé e outros
12h00 – 14h00: Pausa para almoço
14h00 – 16h30: Painéis sobre Cidades Inteligentes, Marco Legal e Startups

28 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 10h20: Palestras sobre Rota Bioceânica e Conexões Estratégicas
14h00 – 16h30: Painel: Tecnologia e Agronegócio no Mato Grosso do Sul

Como participar

As inscrições são gratuitas e obrigatórias, podendo ser feitas pelo site do evento. As atividades ocorrerão no Parque Tecnológico de Campo Grande, localizado na Avenida Rachid Neder, 760, bairro Monte Castelo.

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