Cidades

SEGURANÇA PÚBLICA

Plano de segurança para escolas prevê botão antipânico, mas não tem dia para começar

Medidas foram anunciadas nas redes sociais e pais aproveitaram para cobrar data de início e sugerir a instalação de detectores de metal nas escolas

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A prefeitura de Campo Grande anunciou, por meio das redes sociais, na tarde desta terça-feira (11), que irá implementar uma série de medidas para garantir a segurança de alunos e professores nas escolas municipais da capital, incluindo um aplicativo de botão antipânico

Ao Correio do Estado, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) não estipulou data para que o plano comece a ser colocado em prática, mas explicou que o aplicativo de celular ainda será elaborado e será disponibilizado apenas para professores e equipe pedagógica das escolas. 

Ainda de acordo a GCM, a ideia é que o aplicativo seja uma forma de contato imediato entre a escola e os agentes de segurança municipais em caso de ataque na unidade escola. 

Na publicação, Secretaria Municipal de Educação (Semed) ainda anunciou que além do botão antipânico, as escolas também serão equipadas com câmeras, trancas e alarmes. O efetivo da GCM também será reforçado para que rondas sejam feitas durante o período das aulas. 

Para isso serão remanejados 89 guardas municipais e mais 109 serão chamados para compor a segurança das escolas durante o período de aula. Os agentes estarão em ligação direta com as escolas por meio do botão antipânico que, ao ser acionado, emitirá um alerta para a GCM. 

Ao todo, a Rede Municipal de Ensino (Reme) atende cerca de 100 alunos em 205 unidades de ensino, das quais 99 escolas de ensino fundamental e 106 Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEIs)

A Secretária Municipal de Educação foi questionada pela reportagem se existe algum prazo para que as medidas sejam postas em prática, mas não houve retorno da pasta até o fechamento desta matéria. O espaço do jornal segue aberto para posicionamento. 

As ações foram anunciadas após um homem de 25 anos atacar uma escola em Blumenau (SC) e matar quatro crianças na semana passada. Hoje, um outro ataque foi registrado em uma escola estadual de Goiás.

SOLICITAÇÕES 

Nos comentários da publicação, os pais mostraram preocupação com a segurança dos filhos que frequentam as escolas, inclusive com questionamentos sobre um plano semelhante para a Rede Estadual de Ensino (REE). 

Como já adiantado pelo Correio do Estado na segunda-feira (10), um plano de segurança estadual será apresentado nesta quarta-feira (12). 

Em comentários pais sugeriram que também sejam instalados detectores de metal nas unidades de ensino e que as portas sejam trancadas durante as aulas para garantir que ninguém possa entrar nas salas de aulas sem autorização. 

A falta de prazo para a instalação dos dispositivos nas escolas também foi motivo de cobrança, já que os pais e responsáveis por alunos da rede municipal querem que a segurança seja reforçada da forma mais rápida possível. 

“Espero que todo este desempenho, seja para um longo prazo de segurança para nossas crianças”, disse um dos pais.

*Matéria alterada às 17h46 para acréscimo de informações

 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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