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PM de MS tem o 7º maior salário do País, aponta pesquisa

Renda líquida média é de R$ 7.471,92, conforme pesquisa inédita divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em MT, o valor médio é de R$ 10,57 mil

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O rendimento líquido médio dos policiais militares de Mato Grosso do Sul é de R$ 7.471,92, o sétimo melhor do País. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que nesta semana divulgou o “Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil”. 

O valor está um pouco acima da média nacional, que é de R$ 6.139,07, mas bem abaixo do melhor rendimento médio líquido, que é o do policial militar do vizinho Mato Grosso, onde a renda média é de R$ 10.577,92. Esses valores são resultado da soma e divisão do salário de todas as patentes, de coronel a soldado. 

Os dados foram coletados entre março e outubro do ano passado nos sites da transparência dos estados. No caso de Mato Grosso do Sul, os pesquisadores não conseguiram especificar os salários por patente, mas a pesquisa mostra que Mato Grosso paga o maior salário do país para um coronel, R$ 36 mil. 

No Raio X também aparecem os dados relativos à remuneração da Polícia Civil. Embora o rendimento médio seja maior que o da PM, de R$ 9. 675,34, a colocação no ranking nacional está bem mais abaixo, aparecendo somente como o 14º colocado. 

Neste caso, o primeiro lugar fica com o estado de Amazonas, onde a renda média é de R$ 16.393,92. Mato Grosso vem logo na sequência, com R$ 15,067,34. Em Mato Grosso do Sul, um delegado tem salário bruto de R$ 24.680,13, o quarto pior valor do País. Em Roraima, o salário bruto de um delegado é de R$ 36.669,44,  maior do Brasil, conforme a pesquisa. 

O levantamento também mostra que em Mato Grosso do Sul ocorreu significativo aumento no número de policiais civis entre 2013 e 2023, passando de 1.525 para 2.472, incremento de 62%, o segundo maior do país. Neste mesmo período, em 13 estados o número de policiais civis caiu. 

No caso da PM, a quantidade de policiais na ativa terminou 2023 praticamente com o mesmo número de dez anos antes, passando de 5.225 para 5.237, o que representa incremento de 0,2%. A melhora parece ser insignificante, mas se comparada com a situação de outros estados, Mato Grosso do Sul está bem. 

Em média, a quantidade de PMs no País recuou 6,8% em uma década, o que significa 30 mil policias a menos nas ruas. Em 19 estados brasileiros houve redução na quantidade PMs. No Distrito Federal, a quantidade caiu quase 32%, passando de 15,4 para 10,5 mil policiais. 

Mas, mesmo que a situação do Estado esteja bem na comparação com outras unidades da federação, existe uma grande defasagem entre o previsto e o que ocorre na prática. Pela legislação em vigor, Mato Grosso do Sul deveria estar com 9.616 Policiais Militares, levando em consideração a população estimada em 2022.

Quer dizer, somente 54,5% das vagas estão ocupadas e para preencher o quadro teriam de ser contratados quase 4,4 mil policiais militares. A média nacional preenchimento das vagas é de 69,3% ocupação das vagas. Somente outros quatro estados têm efetivo menor que Mato Grosso do Sul se for levado em consideração o número previsto e o efetivamente ocupado.

Mas apesar da distância entre o previsto e o que ocorre na realidade, o número de policiais para cada grupo de mil habitantes, a realidade de MS está perto da média nacional. Aqui há 1,9 PM para cada grupo de mil moradores. Em 17 estados a proporção é melhor, ficando o primeiro lugar para o Amapá, com 4,2 PMs por grupo de 1.000 habitantes. 

No caso da Polícia Civil, a proporção é melhor, de 0,7 para cada grupo de mil habitantes, sendo que a média nacional é de 0,5. No total, 19 estados têm situação pior que a de Mato Grosso do Sul e o Estado mais bem colocado é mais uma vez o Amapá, com proporção de 1,4 policiais por grupo.

MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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