Cidades

CONFLITO

PM diz que disparou contra indígenas após ataque com flecha envenenada

Confronto terminou com três indígenas feridos a balas de borracha em Antônio João, onde indígenas ocuparam fazenda e atearam fogo em pontes

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A Polícia Militar (PM) afirma que atirou contra indígenas após serem atacados com flechas envenenadas, em Antônio João. O conflito na região ocorreu nessa quinta-feira (12), após proprietários rurais denunciarem que fazendas foram invadidas e pontes incendiadas por indígenas.

Conforme noticiou o Correio do Estado, quando os policiais chegaram, houve confronto e três pessoas, uma mulher e dois homens, ficaram feridas, e uma delas permanece internada no hospital. Os tiros disparados foram com bala de borracha.

Em nota, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o fogo foi provocado por alguns indígenas, após deflagrado um conflito na região.

"A Polícia Militar foi chamada pela população, e quando os agentes chegaram ao local, foram recebidos com violência e atacados com flechas envenenadas", diz a nota.

Ainda conforme a Sejusp, os disparos feitos pelos policiais foram em "legítima defesa" e, após o confronto, houve reforço no policiamento, com envio de equipes do Batalhão de Choque, que permanecem no local a fim de evitar novos conflitos, por determinação judicial.

Sobre o incêndio, a secretaria afirma que as chamas destruíram uma área de vegetação nativa e uma ponte da região, que seria o único acesso a diversas propriedades rurais. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros.

Por fim, a Sejusp esclarece que não existe qualquer ordem de reintegração de posse sendo cumprida, nem preparativos.

Conflito

A Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani, Aty Guasu, denunciou conflitos na aldeia Marangatu, localizada no município de Antônio João.

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que a comunidade foi atacada pela Polícia Militar e que, após os eventos, a Força Nacional foi para a região. "Os indígenas resistem cercados na sede da fazenda", diz texto do Cimi.

Segundo o Cimi, a propriedade é a que ainda faltava ser retomada pela comunidade, sendo que a última tentativa ocorreu em 2016. Na ocasião, houve confronto com fazendeiros da localidade.

O conflito resultou na morte, a tiros, de Simião Vilhalva. Na TI Nhanderu Marangatu também foram assassinados Dorvalino Rocha, em 24 de dezembro de 2005, e Marçal Tupã, em novembro de 1983.

Após a tentativa de retomada, a Justiça Federal de Ponta Porã, através de decisão publicada ainda na quinta-feira (12), autorizou a atuação da polícia estadual para proteger a propriedade privada.

Campo Grande

Policiais encontram com foragido da Justiça R$ 38 mil, joias e bens de luxo

Os policiais estiveram nas ruas de Campo Grande, cumprindo mandados de busca e apreensão. Com um dos suspeitos, os federais encontraram R$38 mil em espécie, e diversas jóias e bens de luxo.

17/09/2024 18h30

Joias e bens de luxo foi encontrado com um foragido da Justiça em Campo Grande.

Joias e bens de luxo foi encontrado com um foragido da Justiça em Campo Grande. Divulgação/ Polícia Federal

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Os policiais estiveram nas ruas de Campo Grande cumprindo mandados de busca e apreensão. Com um dos suspeitos, foram encontrados R$ 38 mil em espécie, além de diversas joias e bens de luxo.

Agentes da Polícia Federal estiveram nas ruas de Campo Grande, nesta terça-feira (17), cumprindo quatro mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro. Um foragido da Justiça foi preso durante mais uma fase da Operação Serra Nevada II.

Os policiais estiveram nas ruas cumprindo mandados de prisão em aberto e apreenderam R$ 38 mil em espécie, além de diversas joias e bens de luxo.

Segundo a polícia, a primeira fase da Operação Serra Nevada II foi deflagrada em 2016 e visava combater uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de capitais.

De acordo com as investigações, o principal investigado fugiu do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul há pouco mais de dois anos e estava vivendo em um apartamento de luxo em São Paulo (SP).

 

Operações 

Os policiais federais estiveram também nas ruas de Ponta Porã em outras operações. 

A primeira delas foi a região de fronteira com o Paraguai em cumprimento de ordens judiciais após investigadores apontarem Tiago Godoy, de 26 anos, como membro importante do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira. 

Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava em cinco núcleos autônomos e teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.

Além de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, as operações aconteceram nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.

Outra ação da Polícia Federal foi na prisão de um casal de paraguaios em Ponta Porã por praticar o crime de falsidade ideológica, após declarar informações inverídicas sobre sua localização em uma unidade de migração da Polícia Federal, durante o processo de confecção da Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM). 

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Combate aos incêndios

Governo federal deve liberar R$ 550 milhões para o combate aos incêndios florestais

O valor será disponibilizado após a cobrança do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, e tem como objetivo combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal.

17/09/2024 18h00

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS.

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS. Foto: Governo de MS/Divulgação

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O governo federal deve divulgar, ainda nesta terça-feira (17), uma medida provisória de abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 550 milhões para combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal 

O país há meses enfrenta uma das piores secas já registradas. As chamas localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na Amazônia, na região de Rondônia e na caatinga, próximo a Brasília, geraram alerta

O cenário piorou ainda mais, quando a Capital do país não chove há mais de 110 dias. 

Apesar das chuvas no Pantanal sul-mato-grossense, o solo continua seco e os incêndios devem permanecer por mais tempo. 

Por causa dessas preocupações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reunido desde as primeiras horas desta terça-feira (17) com cúpulas e ministros de Estado para definir os próximos passos para enfrentar essa crise climática.

Ainda hoje, deverá ser anunciada uma autoridade climática que atuará como coordenador fiscal das medidas de enfrentamento das mudanças climáticas. A única dúvida é sobre a subordinação dessa pessoa.

Até o momento, as portas do Palácio do Planalto continuam fechadas, sem nenhum pronunciamento sobre as medidas. Isso porque o desafio de combater os incêndios pode impactar as contas da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento.

O recurso de R$ 550 milhões poderá ser disponibilizado após a cobrança do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, para que o Executivo tome ações mais efetivas. Dino autorizou, no domingo (16), o crédito extraordinário, que ficará fora do limite de gastos do governo federal.


Pantanal 

Após a queima de 1,76 milhão de hectares, o Ibama convocou a contratação de 145 novas brigadas para combater os incêndios florestais em quatro municípios pantaneiros de Mato Grosso do Sul. Até agora, o fogo já consumiu 1,76 milhão de hectares do bioma pantaneiro apenas em MS.

A autorização foi publicada no Diário Oficial da União, mas não existe data para que comecem a atuar. Com esses contratações, a estrutura do Ibama no Estado terá aumento de 100%, já que até agora o número de brigadistas é de 145. Eles foram contratados em maio.

A maior parte das contratações temporárias será em Porto Murtinho  e em Corumbá, com 44 contratações em cada município. Para Corumbá está prevista a contratação de dois chefes de brigada, seis chefes de esquadrão e 36 brigadistas para prevenção e combate aos incêndios. Estrutura parecida  está prevista para Porto Murtinho.

Conforme Diário Oficial  da União, serão duas duas equipes temporárias em Aquidauana e uma em Miranda. Cada uma terá 15 pessoas, sendo um chefe de brigada, dois chefes de esquadrão e  mais 12 brigadistas.


Além disso, o Ibama autorizou, ainda, que Mato Grosso do Sul contrate nove brigadistas de queima prescrita e três supervisores estaduais de brigada.

Por causa da frente fria, que trouxe chuva e frio no último sábado, os focos de incêndio foram extintos na região pantaneira. Mas como o volume de chuva foi baixo, de 6,8 milímetros em Corumbá, a tendência é de que os focos recomecem nos próximos dias. 

Para as próximas semanas não existe chuva nos radares dos institutos de meteorologia e a umidade do ar já está abaixo dos 30% em boa parte do bioma. Além disso, há previsão de fortes ventanias. Estes cenários facilitam a propagação do fogo.

Em maio, quando da primeira contratação, a remuneração variava de R$ 1.320,00 (brigadista) a R$ 5,28 mil (supervisor estadual). O período máximo do contrato foi de seis meses e os condidatos deviam ter entre 18 e 59 anos. 

 

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