Cidades

TRÁFICO DE DROGAS

Polícia apreende grande quantidade de cocaína em colchões falsos na Capital

Mais de 30 colchões foram apreendidos com droga escondida; cocaína seria levada para o exterior

Continue lendo...

A Polícia Civil, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) apreendeu grande quantidade de cocaína escondidas em colchões fake, em Campo Grande.

Um adolescente de 14 anos está entre os suspeitos e foi apreendido.

De acordo com a delegada titular do Dracco, Ana Cláudia Medina, equipe abordou um caminhão baú na noite dessa sexta-feira (30), durante fiscalização no bojo da Operação Hórus.

Questionado, o motorista disse que havia acabado de carregar o caminhão com colchões, em uma suposta empresa localizada na rua Filomena Segundo Nascimento, no Jardim Monumento.

No local apontado, no entanto, não havia nenhuma logo ou algo que identificasse se tratar de uma empresa, sendo uma espécie de galpão.

A equipe policial foi recebida por um homem, que se identificou como responsável por abrir e fechar o local, e pelo sobrinho dele, de 14 anos, que auxiliava no carregamento dos colchões.

A estrutura do local levantou suspeitas.

“Tinha uma estrutura muito grande ali, com alguns petrechos que não são comuns na fábrica de colchão”, disse a delegada.

A polícia constatou, por exemplo, que havia irregularidades na espessura e peso dos colchões, sendo alegados pelos suspeitos que seriam colchões magnéticos e ortopédicos.

Nos fundos do local, foram encontradas placas de isopores em formato de colchão, espumas, tecidos e máquinas de costura, que indicam que os colchões falsos eram fabricados de forma precária, com o objetivo de esconder as drogas.

A suspeita foi confirmada quando, em revista ao interior de um dos colchões, foram encontrados vários tabletes de cocaína.

Os falsos colchões e a droga foram apreendidos e, até a publicação desta reportagem, a polícia não tinha uma estimativa da quantidade e do valor estimado dos entorpecentes.

Também foram apreendidas uma arma calibre .38 e dois carregadores de pistola na residência do responsável pelo galpão.

A perícia criminal foi acionada para exame no local.

Ana Cláudia Medina explica que, além da droga apreendida, a movimentação no local é bem maior, pois ocorria há alguns meses.

"A gente tem informações de cerca de dez caminhões por semana que eram movimentados ali no local", disse.

O destino da cocaína seria São Paulo.

"Pela qualidade da droga a gente sabe que, com certeza, seria exportada, até porque ela está embalada novamente para meio marítimo", acrescentou.

Suspeitos

O homem que se apresentou como responsável por abrir e fechar o galpão afirmou que foi contratado para a função e que recebia um salário mínimo por mês.

Ele disse ainda que o sobrinho não tinha conhecimento da droga e apenas ajudava no transporte.

O homem disse ainda que a empresa não abria todos os dias e era utilizada apenas para carregamento dos colchões.

Além disso, ele afirmou que era o único com a chave do local e que o patrão entrava em contato eventualmente, por telefone, quando precisava abrir para fazer os carregamentos.

Já o motorista do caminhão alegou ter sido contratado através de um aplicativo de frete.

Segundo ele, essa foi a terceira vez em que foi contratado e que recebia a carga já embalada, em saco plástico, com nota fiscal, e não sabia que se tratava de droga.

'"Ele não fazia ele não fazia a a vistoria dar carga, até porque ele tinha aqueles condicionamentos que o aplicativo exige de não mexer, de trazer a carga da mesma forma. Então ele não participava da embalagem e nem do carregamento. Ele apenas chegava com o caminhão, os responsáveis carregavam", disse a delegada.

Desta forma, o gerente do depósito foi preso em flagrante por  por tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores (ECA) e posse irregular de arma de fogo, acessórios e munições, de uso permitido.

O menor e os responsáveis por ele foram ouvidos, enquanto o motorista, a princípio, não será autuado pois não há indícios de participação no esquema.

"As investigações continuam, mas a gente precisa preservar também os próximos passos da investigação pra que a gente não sofra prejuízo nenhum com isso", concluiu a delegada.

FAMÍLIA TENTOU IMPEDIR

Casal com deficiência consegue autorização judicial para namorar

Pais da jovem de 24 anos, que tem deficiência psicomotora, entraram na justiça para impedi-la de namorar um rapaz deficiente visual

20/09/2024 18h00

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual Foto: divulgação

Continue Lendo...

Um casal de jovens, sendo um rapaz de 22 anos com deficiência visual, e uma mulher de 24 anos com deficiência neuropsicomotora, conseguiram autorização judicial para namorar, após os pais da menina moverem ação para impedir o relacionamento.

De acordo com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o conflito começou quando a jovem saiu da aula e foi até a casa do namorado, quando deveria ter ido para a casa dos pais.

Pai e mãe registraram boletim de ocorrência, alegando que a filha teria sido impedida de voltar para casa, e também moveram ação judicial questionando e pedindo a interrupção do namoro.

Quando os pais tentaram levá-la de volta para casa, ela expressou o desejo de ficar com o namorado. Mesmo assim, a família se recusou a recebê-la de volta caso o rapaz estivesse presente.

A filha, por sua vez, demonstrou receio de ser forçada a permanecer na casa dos pais e não conseguir voltar para o namorado, o que gerou um conflito que levou ao processo judicial.

Em decisão liminar, foi determinado que a jovem deveria obrigatoriamente retornar para a casa da família.

Decisão questionada

O rapaz, então, procurou a Defensoria Pública, após a‌ namorada ser retirada a força de sua residência.

Conforme a defensora pública da comarca, Janaína de Araújo Sant’Ana, responsável pela defesa do rapaz, disse que o caso se destaca por sublinhar a importância do respeito à autonomia das pessoas com deficiência.

“Não é um atendimento frequente em nosso cotidiano, por isso, demanda uma escuta com maior atenção, respeito e compreensão ao assistido e às peculiaridades do caso”, explicou.

A Defensoria apresentou uma contestação, destacando que a jovem havia ido à casa do namorado por vontade própria e que os pais dele a trataram com respeito, inclusive levando-a ao médico e cuidando de suas necessidades de saúde.

Diante disso, a Defensoria Pública solicitou uma reconvenção para regularizar o direito de convivência do casal, argumentando que o caso feria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante a autonomia e capacidade legal de pessoas com deficiência em condições de igualdade com os demais.

Em um laudo psicossocial, a jovem alegou que os pais não aceitavam o relacionamento devido à deficiência visual do namorado.

“Assim, após ouvir o assistido e analisar o caso concreto, (dois jovens, que se conheceram na escola, ele com 22 anos pessoa com deficiência visual, ela com 24 anos pessoa com atraso neuropsicomotor, alteração mecânica e de aprendizado que não a impede de manifestar sua vontade), foi possível perceber que os direitos do assistido e de sua namorada estavam sendo violados, e propor a medida judicial adequada”, disse a defensora Janaína Sant’Ana.

A Justiça reconheceu os direitos do casal e concedeu uma liminar permitindo que o casal se encontrasse nos fins de semana, com horários determinados.

No julgamento do mérito, uma sentença final ampliou o tempo de convivência e reconheceu o direito ao relacionamento entre os dois.

“A sentença é recente, mas antes, já tinha sido concedida a liminar, e os pais da moça, apesar de discordarem, estão cumprindo a liminar”, concluiu defensora Janaína.

* Com assessoria

Projeto de Lei

Governo Federal prepara medida para banir celulares nas escolas

Segundo o MEC, as medidas serão anunciadas em outubro. Em MS, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para estudos.

20/09/2024 17h32

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas Arquivo/ Correio do Estado

Continue Lendo...

Após a divulgação de um relatório das Nações Unidas alertando sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), está finalizando um projeto de lei com o objetivo de banir o uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A medida visa promover um ambiente de aprendizado mais saudável e menos distraído.

De acordo com a pasta, os estudos visam oferecer segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição de eletrônicos em escolas públicas. Ainda de acordo com MEC, as medidas serão anunciadas em outubro deste ano. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas está em fase de construção.

"Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma 'recomendação' seria muito frágil", afirmou Santana. 

Durante a conversa com a Folha de São Paulo, o ministro apresentou um relatório que defende restrições ou até proibições de aparelhos celulares nas escolas, devido à dificuldade de aprendizado e também às questões de saúde mental na adolescência.

"Os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores", argumenta Camilo. 

Em Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para fins pedagógicos. A medida visa criar um ambiente de aprendizado mais concentrado e produtivo para os alunos, evitando distrações causadas pelo uso inadequado de tecnologia no ambiente escolar.

Em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação), foi informado que, caso a medida de proibição de celulares seja implementada em todo o país, é improvável que altere as práticas já adotadas nas escolas do estado. Atualmente, o projeto de lei é incorporado ao regimento interno das instituições públicas e privadas de Mato Grosso do Sul, e, em caso de descumprimento, os pais ou responsáveis podem receber notificações, podendo até resultar em suspensão do aluno em caso de reincidência.

De acordo com o MEC, a data de divulgação do projeto de lei ainda não foi definida, pois o caso está em fase de preparação final.

Outros estados 

Enquanto o MEC finaliza o projeto de lei em nível federal, em São Paulo, o projeto que visa proibir o uso de aparelhos celulares dentro das escolas do estado está avançando na Assembleia Legislativa. 

Nas escolas do Rio de Janeiro, o uso de aparelhos celulares é proibido por decreto municipal.

 

*Informações da Folha de São Paulo 

Assine o Correio do Estado.

 

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).