Cidades

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Polícia Militar diz que fiscalizou protestos e busca diálogo com manifestantes na Duque de Caxias

Avenida está ocupada desde dia 31 de outubro e manifestantes continuam infringindo leis de trânsito

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Em ofício encaminhado pela Polícia Militar (PM) à Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), a corporação afirmou que sua função nos protestos bolsonaristas que acontecem em Campo Grande foram cumpridas dentro da lei e das determinações expedidas pelo Superior Tribunal Federal (STF).

O protesto que segue na avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, chegou a reunir, de acordo com a polícia, a 15 mil pessoas no feriado de Proclamação da República , e foi acompanhado por 22 dias, período em que fiscalizaram a movimentação e orientaram os manifestantes.

Segundo o relatado pelo PM, os manifestantes foram orientados para que a via ocupada não fosse interditada e o direito de ir e vir da população no geral fosse garantido, bem como para que os carros não fossem estacionados irregularmente.

No entanto, há diversos relatos de pessoas que tentaram passar pela avenida, mas foram impedidos diante do fechamento da via. Em outros momentos, o trânsito ficou lento por dias seguidos por conta da interdição de uma das faixas, deixando apenas um dos lados liberados.

Por outro lado, a polícia informou que os agentes permaneceram sem intervalos no local da manifestação até o dia 16 de novembro e fez um trabalho ostensivo para manter a ordem no local.

No documento, a corporação ainda lembra que a partir do dia 17 de novembro o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM) começaram a fazer a fiscalização do espaço.

A partir da atuação da Agetran e da GCM houve a sinalização da área em que os manifestantes estão reunidos com cones e cavaletes, bem como o aumento dos agentes que fazem a fiscalização.

Ainda segundo o ofício da PM, a fiscalização de circulação e estacionamento de veículos é de competência municipal. Ou seja, o controle teria que ser feito pela Agetran apenas com a cooperação da polícia militar.

Em outro ponto do documento, a polícia ainda fala que os manifestantes foram apenas orientados para que retirassem os carros que estavam estacionamento irregularmente nos canteiros, mas não deixa claro que houve expedição de multas.

A corporação ainda afirma que Agentes de Inteligência da PM colheram dados dos manifestantes para cumprir a determinação judicial expedida pelo ministro Alexandre de Morais para identificar os participantes dos protestos.

Por fim, a PM afirma que a manifestação, que acontece desde o dia 31 de outubro, é pacífica e a instituição não vê a necessidade do uso da força ou outros meios, já que os agentes foram orientados a manter o diálogo.

O Conselho de Intermediação de Conflitos Sociais e Situação de Risco já foi acionado pela corporação no dia 17 de novembro, para que danos físicos sejam minimizados caso seja necessário fazer a desocupação da via. 

Tudo por Like

Influencer "Cata Click" afirma ter caído em uma armação

Jovem que invadia comércios com a moto alega ter sido vítima de perseguição e promete provar na Justiça

20/09/2024 18h20

Reprodução: Instagram

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O motociclista e influencer que ficou conhecido por invadir lojas com sua motocicleta afirmou, por meio de suas redes sociais, ter sido vítima de uma tocaia.

Após ter sido abordado durante uma de suas “pegadinhas”, em que invadiu uma concessionária, Leonardo Coenga, conforme noticiado pelo Correio do Estado, foi abordado pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar. 

Para provar a teoria de que tudo não passou de uma armação, o influencer chegou a alegar que imagens das câmeras do circuito interno da concessionária eram instalações feitas para “pegá-lo no pulo”.

“Eles mesmos armaram o flagrante ‘contra mim mesmo’. E ainda as pessoas querem julgar, querem falar”, disse Leonardo e completou:

“Eu vou fazer um vídeo da reportagem que fizeram e vou desmentir todas as mentiras que falaram lá. Tanto do policial também, não tenho nada contra ele, mas das informações erradas que ele passou.”

O policial, segundo o influencer, teria dito que a moto estava com restrição de transferência e explicou que ainda está pagando prestações; portanto, está alienada em nome do banco.

O jovem manifestou chateação com a polícia nas palavras dele: “Eles podiam estar ocupados com ocorrências de tráfico de drogas, mas estavam ocupados com o influencer de 21 anos”.

Além disso, em dado momento, recordou ter combinado com uma conta que acreditou ser da concessionária sobre a invasão com a moto.

“Quando aconteceu lá, eu falei a todo momento: 'Senhor, está tudo combinado com o gerente da loja'. Um perfil fake falou que eu tinha autorização.”

Entenda

Após um comerciante que teve o espaço invadido registrar a placa da moto, o criador de conteúdo digital entrou no radar da polícia. Na manhã de terça-feira (17), após invadir uma concessionária de moto na Capital, ele sofreu uma abordagem.

O subcomandante Everton Miller Franco afirmou que, há 10 dias, a equipe vinha recebendo denúncias anônimas que contavam a mesma história: um motociclista invadiu comércios com a moto, gravando vídeos e fazendo brincadeiras, alegando ter confundido o local.

“Eu sou novo, tenho 21 anos. Meu público, você que tem 30, 40 ou talvez 50 anos que me assiste, quando tinha 20 anos, nunca fez bobagem na sua vida? Cara, eu estou em um processo de amadurecimento. Tenho 21 anos, isso que as pessoas têm que entender, têm que perceber que estou na fase de vivência”, justificou o influenciador.

** Colaborou Alicia Miyashiro

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FAMÍLIA TENTOU IMPEDIR

Casal com deficiência consegue autorização judicial para namorar

Pais da jovem de 24 anos, que tem deficiência psicomotora, entraram na justiça para impedi-la de namorar um rapaz deficiente visual

20/09/2024 18h00

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual Foto: divulgação

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Um casal de jovens, sendo um rapaz de 22 anos com deficiência visual, e uma mulher de 24 anos com deficiência neuropsicomotora, conseguiram autorização judicial para namorar, após os pais da menina moverem ação para impedir o relacionamento.

De acordo com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o conflito começou quando a jovem saiu da aula e foi até a casa do namorado, quando deveria ter ido para a casa dos pais.

Pai e mãe registraram boletim de ocorrência, alegando que a filha teria sido impedida de voltar para casa, e também moveram ação judicial questionando e pedindo a interrupção do namoro.

Quando os pais tentaram levá-la de volta para casa, ela expressou o desejo de ficar com o namorado. Mesmo assim, a família se recusou a recebê-la de volta caso o rapaz estivesse presente.

A filha, por sua vez, demonstrou receio de ser forçada a permanecer na casa dos pais e não conseguir voltar para o namorado, o que gerou um conflito que levou ao processo judicial.

Em decisão liminar, foi determinado que a jovem deveria obrigatoriamente retornar para a casa da família.

Decisão questionada

O rapaz, então, procurou a Defensoria Pública, após a‌ namorada ser retirada a força de sua residência.

Conforme a defensora pública da comarca, Janaína de Araújo Sant’Ana, responsável pela defesa do rapaz, disse que o caso se destaca por sublinhar a importância do respeito à autonomia das pessoas com deficiência.

“Não é um atendimento frequente em nosso cotidiano, por isso, demanda uma escuta com maior atenção, respeito e compreensão ao assistido e às peculiaridades do caso”, explicou.

A Defensoria apresentou uma contestação, destacando que a jovem havia ido à casa do namorado por vontade própria e que os pais dele a trataram com respeito, inclusive levando-a ao médico e cuidando de suas necessidades de saúde.

Diante disso, a Defensoria Pública solicitou uma reconvenção para regularizar o direito de convivência do casal, argumentando que o caso feria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante a autonomia e capacidade legal de pessoas com deficiência em condições de igualdade com os demais.

Em um laudo psicossocial, a jovem alegou que os pais não aceitavam o relacionamento devido à deficiência visual do namorado.

“Assim, após ouvir o assistido e analisar o caso concreto, (dois jovens, que se conheceram na escola, ele com 22 anos pessoa com deficiência visual, ela com 24 anos pessoa com atraso neuropsicomotor, alteração mecânica e de aprendizado que não a impede de manifestar sua vontade), foi possível perceber que os direitos do assistido e de sua namorada estavam sendo violados, e propor a medida judicial adequada”, disse a defensora Janaína Sant’Ana.

A Justiça reconheceu os direitos do casal e concedeu uma liminar permitindo que o casal se encontrasse nos fins de semana, com horários determinados.

No julgamento do mérito, uma sentença final ampliou o tempo de convivência e reconheceu o direito ao relacionamento entre os dois.

“A sentença é recente, mas antes, já tinha sido concedida a liminar, e os pais da moça, apesar de discordarem, estão cumprindo a liminar”, concluiu defensora Janaína.

* Com assessoria

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