Polícia

Operação Dakovo

Campo-grandense é preso em operação que investiga o tráfico internacional de armas

O sul-mato-grossense era responsável por comercializar armas da Europa para América do Sul

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Um campo-grandense de 39 anos, foi preso na tarde de ontem (5), pela Polícia Federal, apontado como responsável pela importação de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia para a América do Sul. O nome do sul-mato-grossense não foi divulgado.    


Conforme informações da Polícia Federal, as armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e novamente vendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosas do Brasil.  

Além da Polícia Federal, agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad/PY) e o Ministério Público do Paraguai, participaram na operação.  


De acordo com informações da Senad, o campo-grandense na hierarquia da organização criminosa era responsável por vender as armas ilegais para as facções criminosas brasileiras. Com o sul-mato-grossense, foram encontrados transações bancárias, um pen-driver e relógios de marcas famosas. 

Até o momento foram 13 pessoas presas, incluindo um general e um ex-funcionário da da Dimabel (Diretoria de Material de Guerra).

Conforme apurado pela reportagem do Correio do Estado, um dos presos nesta mega-operação é o General Arturo Javier González. Ele já foi presidente do Supremo Tribunal de Justiça Militar e se tornou comandante da Aeronáutica. Com Javier González, os policiais encontraram G.1.000 milhões.  

O general Arturo Javier Gonzáles em um evento na Força Aérea do Paraguai Crédito: Divulgação/Força Aérea do Paraguai

 

Outro militar preso na Operação Dakovo é o coronel Santiago Bienvenido Fretes, ex-diretor do Registro Nacional de Armas da Dimabel.

Segundo informações na Senad, a operação que aconteceu na região do Alto do Paraná, foram apreendidas 611 armas longas e 1.212 armas curtas (pistolas), totalizando 1.823 armas de fogo, no valor aproximado de US$5.200.000.

 Ainda durante as vistorias, foram encontrados 87.100 dólares em dinheiro, 96 mil dólares em cheques, relógios no valor de 250 mil dólares e canetas no valor de 50 mil dólares.


Senad e Polícia Federal em combate ao tráfico internacional de armas 


Na tarde de ontem (05), foi deflagrada uma mega-operação entre Polícia Federal, Senad e Ministério Público do Paraguai que desvendou uma complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo da Europa para a América do Sul. 

Conforme as investigações uma empresa sediada em Assunção, no Paraguai, era responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus

De acordo com órgãos nacionais do Paraguai e do Brasil, estima-se que desde o início das investigações, a empresa paraguaia importou cerca de 43 mil armas para o Paraguai, movimentando em 3 anos cerca de R$1,2 bilhão de reais. 

Neste período foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no Brasil. As apreensões foram realizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

Além da Polícia Federal, tiveram parceria com o Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad). A ação ainda contou com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

O processo das prisões está em curso da  2º Vara Federal de Salvador (BA), a qual expediu 25 mandados de prisões preventivas, 6 ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos. 

No território brasileiro, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).


Complemento

54 Mandados de Busca e Apreensão (MBA) expedidos:
17 MBA no Brasil
21 MBA no Paraguai
16 MBA não cumpridos por serem em locais conflagrados, com efeito colateral incontrolável


25 Mandados de Prisão Preventiva (MPP) expedidos:
8 MPP no Brasil 5 cumpridos
15 MPP no Paraguai 12 cumpridos
2 MPP nos EUA não cumpridos não houve tempo hábil para expedição dos mandados de prisão, de acordo com a lei daquele país

6 Mandados de Prisão Temporária (MPT) expedidos:
1 MPT no Brasil cumprido
5 MPT no Paraguai 1 cumprido

21 difusões vermelhas na Interpol

Bloqueio de Bens:
Determinação de bloqueio de 66 milhões em bens, direitos e valores no Brasil ainda sem informação de cumprimento
Pedido de cooperação jurídica internacional enviado ao Paraguai para bloqueio de bens, direitos e valores naquele país

Apreensões de hoje:
Grande quantidade de dólares (ainda não contabilizados)
Centenas de armas (fuzis e pistolas), na sede da empresa que enviava as mesmas ilegalmente ao Brasil

Observação:
Encontrado o local utilizado para fazer a raspagem das armas, a fim de dificultar o rastreamento das mesmas

 

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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